Quase uma da manhã quando estaciono o carro na garagem, ao lado do veículo do meu pai. A lembrança do que se passou na praia vem tão suave quanto encostar a cabeça no banco e fechar os olhos evocando os sentidos do olfato, do tato e paladar. Sinto o gosto dos lábios de Sakura abrirem o meu apetite, as mãos percorrerem possessivas o meu corpo, ao tempo que a audição ganha vida ao destravar a memória do ambiente ao lembrar do gemido baixo quando os nossos sexos roçaram e sarraram, o barulho da água batendo em pequenas ondas.
— Ah!
O meu membro fisga como se sentisse o cheiro da água salgada misturada com o perfume feminino e a minha língua se deliciar com o tanto da pele exposta ao luar, naqueles ombros finos, subindo pelo pescoço. O corpo todo abraçado pelo meu é uma sensação de prazer imensurável e o rebolado no sobe e desce me deixa irracional por apertar a sua carne nas nádegas e ajudá-la a se esfregar mais em mim, como se fosse possível uma fusão de corpos.
O ar falta por uns segundos até voltar ao estado presente e acompanhar o meu prazer jorrar forte, quente na minha mão e abdômen e somente perceber que eu estive com o meu pau para fora masturbando-me com as memórias de poucas horas atrás.
— Puta merda!
Sorri ao constatar a lambuzeira que fiz e ver o volante melado da porra expelida. Pego a minha camisa ainda molhada e me limpo, assim como o que melei. Abotôo a calça e saio do carro trancando-o e entro descalço pela casa a fim de ser furtivo e não acordar ninguém.
Dirijo-me direto a minha suíte, a fim de tomar um banho e tirar o sal do corpo, mesmo que isso signifique me desfazer do cheiro dela de mim, porém com os meus desejos reprimidos, agora aflorados, não resisto e preciso bater outra punheta fantasiando que estou com ela.
...
Não é todo dia que desço para tomar café, apenas realmente quando estou com fome, ou preciso trocar alguma palavra com o meu pai antes que ele vá para o seu escritório.
Hoje, desci devido a primeira opção. Estou faminto e nada melhor que a comida de Mary para começar bem o meu dia.
— Bom dia.
Sento-me à mesa e por algum milagre, o meu patriarca não está mexendo no seu iPad, apenas comendo e conversando com a nossa cozinheira.
— Bom dia, Kakashi.
Sirvo-me com ovos, bacon e torradas que parecem deliciosas. Mary se aproxima na minha lateral e despeja cuidadosamente o café na minha xícara. O líquido escuro e fumegante enchem as minhas narinas.
— Obrigado.
Tenho o meu cabelo assanhado por ela, é um hábito adquirido desde que voltei a morar com o meu pai. No início eu não gostava muito, mas Mary nunca pareceu se importar e no instante seguinte realizava o mesmo ato. Com o tempo parei de reclamar e posteriormente, me importar.
— Ô menino, o que é essa marca no seu pescoço? — grita, ou assim eu tenho a sensação, com a sua voz fina e alta ecoando próximo ao meu ouvido.
Não imaginei realmente procurar marcas visíveis no meu corpo, exceto a que já havia visto no meu ombro, mas pelo visto, Sakura deixou-me outra. Me repreendo por não haver prestado atenção e agora tanto a cozinheira, quanto o meu pai estão me encarando.
— Um homem não pode mais sair com uma mulher? Tenho que ficar me explicando? — Ameaço me levantar da mesa e deixar a comida praticamente intocada, mas Mary se apressa.
— Desculpe essa velha fofoqueira, meu menino. É que nunca vi em você a marca da depravação.
Meu pai gargalha com muita vontade e confesso que tenho a mesma vontade ao escutar Mary com as suas manias religiosas da época que frequentava o culto.
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أدب الهواةSakura é uma jovem mulher de 29 anos, viúva de Sasuke Uchiha, que mora numa casa bastante confortável. Desde a morte do seu marido, a Uchiha não conseguiu se reencontrar novamente, levando uma vida desorganizada: desde os seus relacionamentos casuai...