Capítulo 21 - Epílogo

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POV Narrador

Kerem estava relaxado em sua cadeira de couro, os pés apoiados sobre a mesa, quando ouviu duas batidas rápidas na porta.

— Pode entrar — respondeu despreocupado. Já havia finalizado as edições da última sessão fotográfica e sua próxima reunião seria só à tarde. O sucesso da Brightness havia disparado sob o comando de Hande. A revista batia recordes de vendas desde a última edição com o croqui de Ceylan Atinç na capa.

— Com licença, Sr. Bürsin — Bige, a nova secretária agora de Hande, entrou tímida, segurando um envelope.

— Kerem — corrigiu ele com um sorriso descontraído, apreciando como o rosto dela se corava.

— Certo... Kerem. — Ela devolveu, hesitante. — A senhorita Erçel pediu que lhe entregasse este documento.

— Documento? — Kerem franziu o cenho, pegando o envelope. Tinha certeza de que todos os contratos de uso de imagem estavam em dia. Mas quando abriu o papel e leu as primeiras linhas, seu rosto mudou instantaneamente. Nem precisou terminar de ler para sentir o sangue fervendo.

Com passos largos e determinados, ele marchou em direção à sala de Hande, ignorando os apelos aflitos de Bige para que ele esperasse.

— MAS QUE PORRA É... — A frase morreu em sua boca assim que abriu a porta.

Lá estava Hande, usando nada além de uma lingerie vermelha rendada que contrastava com sua pele pálida. Ela apoiou-se casualmente na mesa, exibindo-se com confiança.

— Não gostou da carta de demissão? — Ela arqueou uma sobrancelha, provocando, enquanto um sorriso malicioso curvava seus lábios. — Achei que você soubesse que sou uma mulher de palavra.

Kerem, normalmente afiado com suas respostas, ficou sem palavras. Aquela mulher era uma força da natureza, e naquele momento ele estava à sua mercê.

— Bige, não quero ser incomodada — disse Hande, inclinando-se sedutoramente sobre a mesa para pegar o telefone. O movimento deixava o bumbum dela deliciosamente empinado, e Kerem sentiu o corpo reagir, a tensão crescendo rapidamente em suas calças.

— Estou em uma reunião importante com o Sr. Bürsin — finalizou, lançando lhe um olhar provocante por sobre o ombro.

— Vai ficar só olhando? — Hande o desafiou, os olhos cravados nele como um convite.

O desejo explodiu em Kerem. Sem hesitar, ele avançou, agarrando-a pela cintura e a levantando sobre a mesa com facilidade. Os lábios se encontraram com urgência, a língua de Hande explorando a dele de forma feroz. O beijo era uma batalha intensa, uma luta de poder que ambos estavam determinados a vencer.

As pernas de Hande se apertaram em torno dele, puxando-o para mais perto, enquanto suas mãos pequenas e ágeis agarravam a bunda de Kerem, forçando seus corpos ainda mais juntos. Ele sentiu o quanto ela o queria, e seu membro endurecido pressionava exatamente onde ela o desejava.

— Para! — Hande interrompeu o beijo, afastando-se um pouco, mas mantendo os olhos nele.

— Tá de brincadeira, né? — Kerem sorriu, tentando retomar o controle, mas ela o empurrou novamente.

— Eu disse para parar. Eu mando, você obedece — Hande declarou, sua voz firme e autoritária.

Ele podia sentir a pulsação de desejo aumentando, o calor dominando cada parte de seu corpo. A postura dominadora de Hande o deixou ainda mais excitado. Ele estava pronto para seguir qualquer ordem.

— Tire a roupa — Hande comandou, cruzando as pernas lentamente, seus olhos nunca deixando os de Kerem.

Sem demora, ele obedeceu, primeiro tirando a camisa, depois as calças, até ficar apenas de cueca. Hande o observava com um sorriso provocador, claramente saboreando o poder que tinha sobre ele.

— Tudo — ela exigiu, e ele, sem questionar, retirou a última peça que o separava da nudez total.

— Agora, toque-se para mim. Quero ver você pensando em mim — ela ordenou, sua voz um sussurro carregado de desejo.

Kerem engoliu em seco, os olhos fixos nos dela, enquanto sua mão descia pelo abdômen até alcançar o membro pulsante. Ele começou a se tocar, o prazer imediato arrancando gemidos baixos de seus lábios. O olhar hipnotizante de Hande apenas aumentava sua excitação.

— Hande... — ele gemeu, seus movimentos acelerando.

— É assim que eu gosto de ouvir meu nome — ela provocou, inclinando-se um pouco mais sobre a mesa, o corpo em perfeita exposição.

Ele não aguentava mais aquela provocação. Abandonando todo o controle, Kerem a puxou com força, derrubando alguns papéis da mesa enquanto a colocava sobre a superfície fria de madeira. Com um movimento rápido, livrou-a da renda vermelha que ainda cobria parte de seu corpo, e em questão de segundos, estavam conectados.

A força com que ele a penetrava arrancava gemidos incontroláveis de Hande, que tentava abafar o som mordendo o lábio. O ritmo era selvagem, urgente. Kerem agarrou seus seios com firmeza, os dedos pressionando com precisão enquanto a empurrava cada vez mais contra a mesa.

— Mexe essa bunda pra mim — ele ordenou entre dentes, estapeando a pele exposta de Hande, que arqueou as costas em resposta ao prazer misturado à dor.

— FILHO DA PUTA! — Ela gritou, incapaz de conter a reação.

O clímax veio rápido e intenso para ambos, os corpos se contorcendo em sincronia enquanto o prazer os consumia. Ele sentiu seu próprio alívio transbordar, enquanto ela se desmanchava sob ele, ofegante e exausta.

Kerem, ainda sem fôlego, a ergueu nos braços e a levou até o pequeno sofá no canto da sala. O corpo dela relaxou contra o dele, os dois ainda pulsando com os resquícios do prazer.

— Isso foi... — Hande tentou dizer, a voz rouca.

— O melhor sexo da sua vida? — Kerem sugeriu, um sorriso satisfeito curvando seus lábios.

— Talvez... — Ela riu, claramente exausta, mas satisfeita. — Mas lembre-se: ainda vai ter castigo. Hoje à noite, na minha casa.

— Não vou me atrasar — ele prometeu, puxando-a para mais perto.

— Ótimo. Agora, vá trabalhar — ela ordenou, mas com um sorriso malicioso.

Ele levantou, vestindo-se lentamente, enquanto Hande recuperava a compostura, já pensando no que viria a seguir naquela noite.

Os jogos entre eles estavam apenas começando.

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