Capítulo X

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Jungkook

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Jungkook

- Rápido, vamos para a sala de cirurgia. - A voz parecia estar longe, mas sentia meu corpo sendo movido rapidamente.

Tentei abrir meus olhos, mas não consegui. Sinto meu corpo pesar e logo tudo escurece; minha mente fica turva e eu apago.

- Bip, bip, bip. - O som da máquina ligada ao meu corpo me fez acordar. Abri meus olhos lentamente, tentando reconhecer o local em que estava. - Onde você está? - Sussurro procurando pelos olhos verdes que me perseguem desde o meu acidente. Não sei de quem são, mas foram aqueles olhos que foram a minha luz, que me fizeram sair da minha escuridão.

- Que bom que acordou. - Vejo meu tio Seokjin ao lado da minha cama. - Como se sente?

- Onde estou? - Minha voz sai fraca. - O que aconteceu?

- Você sofreu um acidente, dormiu por cinco dias. - Minha cabeça dói; levo minhas mãos até a faixa que cobre meu ferimento.

A porta se abre e minha família entra por ela. Minha mãe sorri e me abraça. Ela olha para todos e, atrás dela, vejo um ômega que me observa apreensivo. Ele vem até mim e me abraça, mas não tenho reação alguma. Empurro seus braços, segurando seu pulso.

- Quem é você? - pergunto, olhando para meu pai e querendo uma explicação.

- Você não lembra de mim? - O ômega me olha e seus olhos se enchem de lágrimas.

- Vou chamar o médico. - Meu tio corre e logo o médico aparece, me examinando.

Depois de alguns exames, o doutor constatou que minhas memórias mais recentes foram deletadas da minha mente, mas, com o tempo, elas podem voltar; pode levar semanas, meses ou até anos.

- Quer dizer que você lembra da sua família, mas não lembra do seu ômega? - Yoongi, que não estava entre eles antes, chega e essa é a primeira pergunta que me faz.

- Eu me recuso a aceitar que tenho um ômega. Como você, meu primo, que sempre me acompanha em tudo, me deixou participar dessa loucura?

- Jungkook, devagar nas palavras. - O olhar de Yoon corre entre mim e o ômega.

- Quantos anos ele tem? - Minha voz é raivosa, olhando para ele. - Responda.

- Dezenove. - Sua voz sai baixa e chorosa.

- Dezenove? Onde eu estava com a cabeça para aceitar isso? Ele não tem cacife para andar ao meu lado na máfia. No que estava pensando, Jeon Namjoon? - Meu pai vem até mim, me fuzilando com os olhos.

- Cale a porra dessa boca. Ele não tem cacife, mas tem um sobrenome que vale ouro. Então fique quieto. - A repressão do meu pai me fez ficar com mais raiva.

- Não, eu sou o chefe. - Sou direto e meu pai aperta minha boca.

O ômega se levanta do sofá e vai até a porta; seu olhar está cansado e minha mãe o abraça. Taehyung se junta a eles e suas mãos vão até as costas do ômega. Rosno baixo; não sei por que, mas encarei firme a mão do meu irmão que subia e descia por suas costas.

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