⁸ Desculpa atrapalhar

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Priscila Caliari

Acordei na manhã de sábado ansiosa para falar com a Carolyna.

Por mim teria ligado logo que acordei, mas achei que talvez ela não fosse gostar.

Logo ao acordar fiz a minha higiene e fui a academia do prédio malhar um pouco.

Nessa hora a academia ainda está parcialmente vazia, por isso deu pra malhar sem interrupções.

Depois de cerca de uma hora voltei pra casa. Fui tomar um banho, vesti uma roupa qualquer e fui fazer e tomar o café da manhã.

Sábado e domingo são os únicos dias da semana que a minha casa fica vazia. Porque eu prefiro assim.

Cheguei na cozinha coloquei um chá pra aquecer, fiz umas torradas, tirei algumas frutas da geladeira. Eu até faria mas alguma coisa mas acho que isso basta.

Se o meu tio visse isso diria: Isso não é comida minha filha. O meu tio faz falta assim como Ela também. Mas foi o melhor pra todos e espero que estejam bem.

Depois de lembrar do passado decido tomar logo o café.

Depois de terminar meu café, fui ao escritório pegar o computador pra responder alguns e-mails. Uma hora depois peguei meu celular e conferi as horas 10:14

Acho que já posso tentar falar com a Carolyna.

Ligo e ela atende no terceiro toque ofegante

- Alô Carolyna? É você? Desculpa atrapalhar - digo desligando com raiva

Ela parecia tão ofegante, será que está com alguém? Será que ela tem namorado ou namorada? Não pode ser - digo pra mim mesma

Ela não atenderia o celular estando com alguém. Ou sim? Estou confusa.

Logo depois meu celular toca ainda na mão, é ela. Será que atendo? Vou atender

- A.... - ela não me deixa terminar

- Olha aqui sua babaca, se não queria falar comigo porque ligou? - pergunta enfurecida e nem me deixa responder, continua - Vai tomar no seu orifício anal e nunca mas liga pra mim - desliga sem me deixar falar.

Parece que está com o diabo no coro - deixo escapar uma risada com esse meu pensamento

Fico imaginando ela irritada. Deve ser a coisa mais linda desse mundo.

Ela parece bem furiosa, acho que me precipitei - falo sozinha

Tento ligar pra me desculpar mas o celular não completa a ligação.

- Droga - digo furiosa atirando o celular no sofá e passo a mão na nuca em sinal de nervosismo.

- O que vou fazer? Não posso simplesmente ir até a casa dela, aí sim que vou piorar as coisas - digo me acalmando

Vou ligar pra alguém que pode me ajudar.

O celular chama e quando estou desistindo ele atende com uma voz embolada.

- oi putinha - diz

- Oi gayzinha preciso da sua ajuda - digo com pressa para Gabriel

- Bom dia pra você também e obrigado por me acordar tão cedo no sábado - diz irónico

- Desculpa, mas preciso de ajuda - falo

- Tá bom, fala logo que a minha cabeça está estourando - diz impaciente

- O que eu faço pra ter o perdão de uma mulher, o que elas gostam? - pergunto ansiosa e ele demora mais que o normal pra responder - Está aí? - pergunto preocupada com o seu silêncio

All of me - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora