⁹ Mulher da boate

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Carolyna Borges

Jesus amado.

A Priscila já desceu a alguns minutos e eu continuo aqui parada sem conseguir mencher os pés direito.

- Que mulher! - Murmuro lembrando dela lambendo a minha orelha, sussurrado ao meu ouvido e a mão dela apertado a minha cintura.

Estou tão excitada que até dói. Eu estava com tanta raiva dela, mas até esqueci de tudo depois do que aconteceu aqui.

Melhor eu ir me recuperar em casa. - penso caminhando até minha casa.

Chego e encontro a Malu me esperando sentada no sofá.

- Senta aqui e conta quem é aquele mulherão da porra. - Fala apontado o lugar ao lado dela no sofá.

Faço o caminho até o sofá. Sendo seguida pelo olhar curioso de Maria Luiza. Sento no sofá e espero o interrogatório com as pernas cruzadas.

- Desembucha. - Diz ansiosa.

- É a Priscila, aquela que me salvou do quase atropelamento. - Digo. - Mas hoje ela foi uma grossa comigo. - Continuo. - Ela só veio me pedir desculpa.

- Então porque demorou tanto lá fora? - Pergunta - Deu uns amassos na menina? - Completa ansiosa.

Começo a rir de nervoso.

- Eu conheço esse sorriso, safada! Você deu uns amassos nela! - Completa levantando toda feliz.

Quem a visse assim pensaria que eu não beijo ninguém.

- Conta tudo! - Diz voltando a sentar.

- Ah, Malu, você não imagina o que eu senti com aquela deusa. - Digo fechado os olhos.

- Sua safada, deu pra ela no corredor! - Diz rindo e me fazendo abrir os olhos.

- O que é isso, Maria Luiza!? - Pergunto.

- Tá bom, tá bom. Eu exagerei agora mas pode continuar. - Pergunta e continua - Como é o beijo da ruiva? - Pergunta ansiosa.

- Não sei - Respondo

- Como assim, mulher? - Pergunta confusa.

- Não teve beijo. - Digo.

- Como não? Você chegou toda destruída! Como se um trem tivesse passado por cima. - Diz me olhando

- Nossa, Malu! Eu não tô destruída. - Respondo.

- Tá, tá! Mas mesmo assim eu não entendi. Como ela não te beijou? - Pergunta.

- Quando ela foi me beijar as senhoras do apartamento ao lado saíram do elevador. - Digo chateada.

- Que sorte a sua - Diz ironicamente.

- Eu que o diga. - Digo.

- Mas o que aconteceu pra te deixar assim? - Pergunta.

- Ela me pegou pela cintura, falou coisas instigantes ao meu ouvido. A mão dela me tocando... - Digo lembrando - Fiquei molhada, amiga.

- Amiga, tu tá com um fogo no rabo, hein. - Diz rindo.

- Por aquela benção não tem como não ficar. - Digo.

- Você quer ela? - Pergunta.

- Sim, quero, e muito. - Respondo feliz.

- Então vai contudo pra cima dela, menina! - Diz sorrindo.

- Claro, mas não é tão fácil. Ela parece uma daquelas que ficam com mulheres diferentes toda hora. - Digo pensativa.

- Essas são as piores. Mas... eu sei que você vai saber lidar com isso! - diz sorrindo

All of me - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora