¹⁶ Força divina

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Quando eu não estou aqui, você está sozinho
Você consegue caminhar sozinho?
Não minta
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Carolyna Borges

Fico dois minutos vendo se esqueci alguma coisa. Olhei se esqueci alguma coisa na carteira. Celular okay, dinheiro okay, batom okay, identidade okay, camisinha?

Eu não coloquei isso Aqui. Deve ter sido a safada da Malu - penso rindo.

Depois de tomar coragem sai do quarto e andei pelo corredor até chegar na sala onde encontrei uma Priscila linda de mais. Ela está sentada no sofá conversando com a minha melhor amiga.

Ela está com uma jaqueta de couro preta, com uma camisa branca e com uma calça jeans preta. Essa mulher é um pecado de Jaqueta de couro!

Tomara que Malu não tenha ameaçado ela. Algo que seria bem normal vindo dela. Mas eu sei que é cuidado e eu faria o mesmo por ela.

Agora voltando a falar dela... a beleza dessa mulher não é desse mundo. Quando ela me nota fica de pé e me olha de uma maneira desconcertante, com um misto de sentimentos que não consigo descrever e sorri.

Vejo a Maria Luiza levantando do sofá e saído de fininho. Logo depois a Priscila se aproxima sem desgrudar os olhos dos meus me fazendo estremecer. O perfume dela preenche o ambiente. É um perfume bem forte mas com um toque doce que não consigo identificar.

Quando já está perto segura a minha mão, a beija e logo depois com a voz mais grossa que o normal começa a falar.

- Boa noite, princesa. Você está maravilhosa - diz me olhando por inteiro me fazendo arrepiar com o seu olhar sobre o meu corpo.

- Obrigada. Você também está linda - digo ficando tímida com o olhar dela.

Deus, me ajuda.

- Podemos ir? - pergunta depois de um tempo.

-Claro. Só um minutinho - digo virando em direção a cozinha e sinto o olhar dela sobre mim.

Vou até a cozinha mas sei que a Maria estava espiando.

- Estamos indo, Malu - digo quando encontro ela sorrindo na cozinha.

-Se divirta amor e use camisinha - diz com um olhar malicioso.

- Aí irmã é só um jantar - digo e ela me acompanha até a sala onde a Priscila me espera.

Chegamos e ela segura minha mão me acompanhando até a porta onde saimos depois de nos despedir de Maria Luiza.

Caminhamos de mãos dadas e entramos no elevador. O cheiro dela preenche o ambiente me deixando atordoada e embriagada. Ela fica me olhando o tempo todo. Não tô acostumada.

- Não me canso de admirar você - diz agora passando a mão na minha bochecha me deixando com vergonha - não vejo a hora de beijar você - completa e logo depois o elevador abre me salvando de ter um taquicardia.

Quando passamos pela portaria o Seu Jorge nos deseja boa noite. Chegamos no carro dela e como uma boa moça educada abriu a porta pra mim e depois entrou no banco do motorista.

- Vou te levar a um restaurante que eu adoro - diz enquanto liga o carro.

- Tenho certeza que vou adorar - digo sorrindo pra ela e fico olhando a paisagem pra manter a sanidade perto dessa mulher.

O carro fica em completo silêncio, mas é um silêncio bom, um silêncio confortável! O silêncio com ela não me incomoda..

quando eu sinto sua mão tocando a minha que está em cima da minha coxa.

All of me - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora