Nota: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling.
(2) – Essa é uma história Slash, ou seja, relacionamento Homem x Homem, e PseudoIncest, ou seja, o casal principal possui uma relação de pseudo (falso) parentesco. E ainda, indício de Lemon (sexo explicito entre os personagens) no começo deste capítulo. Se não gosta ou se sente ofendido, é muito simples: Não leia.-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
Suas mãos deslizavam habilmente pelo corpo pequeno e macio que estremecia a cada toque. O silêncio do aposento era quebrado por leves gemidos ofegantes, que escapavam dos lábios rosados. E o olhar esmeralda, nublado de luxúria e silencioso desejo, implorava por mais: mais toques, mais beijos, mais carícias... mais...
- Tom, por favor...
- O que você quer, Harry?
- Você. Eu preciso de você, por favor.
Com um sorriso de satisfação, Tom deslizou os lábios pelo pescoço alvo do menor, deixando marcas possessivas e arrancando pequenos gemidos de seu irmão até chegar à boca rosada, úmida e convidativa, que estava claramente à sua espera. E a qual ele se pôs devorar febrilmente. Harry gemeu em seus lábios, as línguas irmãs numa dança sensual, seguindo o ritmo de seus próprios corpos. E sem conseguir se conter por mais tempo, sem desejar se conter, Tom posicionou as pernas finas e trêmulas de seu irmão menor ao redor da cintura e de uma única estocada viu-se deliciosamente engolido por aquele lugar quente e apertado.
Um gemido de puro êxtase escapou de seus lábios, no momento em que Tom abriu os olhos e, ofegante, viu-se na tranqüilidade de seu próprio quarto, em sua cama, com Harry dormindo ingenuamente ao seu lado.
- Um sonho... – murmurou, tentando normalizar a respiração –... Foi apenas um sonho.
Ao seu lado, Harry estremeceu em seus próprios sonhos e se aconchegou melhor contra o calor do corpo do irmão. Tom, por sua vez, engoliu em seco e se colocou a observar detalhadamente o pacífico semblante do menor: os olhos cerrados, os lábios entreabertos, ligeiramente úmidos, rosados e convidativos – tão parecidos aos lábios que havia saboreado apaixonadamente há alguns minutos em seu sonho – o peito subindo e descendo lentamente por baixo do pijama azul marinho com desenhos de pomos-de-ouro que o deixavam ainda mais adorável. Tão puro. Tão pequeno. Tão vulnerável... Como um filhote de coelho, pequeno e macio, e alheio à perigosa serpente que o espreitava.
Tom amaldiçoou a si mesmo em pensamentos, irritado e ao mesmo tempo confuso por pensar no próprio irmão desta forma, mas, contra a sua vontade, a imagem refletida pelo espelho de Ojesed voltou a assombrar sua mente:
Era um a cena terna e familiar a princípio.
Ele e Harry abraçados, sorrindo e acenando através do espelho.
Ele e Harry trocando um olhar afetuoso, uma carícia pequena e íntima.
Um beijo suave...
...Um beijo que se aprofundou, intenso e apaixonado. E quando os dois se separaram, um olhar de desejo brilhava nas belas esmeradas, olhar este que acompanhou um gemido pequeno e suave no momento em que Tom havia começado a lhe saborear o pescoço alvo.
- "Você é meu" – Tom murmurou na imagem refletida pelo espelho, sem sair som de seus lábios, abraçando possessivamente a estreita cintura de Harry, que sorriu, concordando com um leve aceno de cabeça.
- Droga! – De volta à realidade, Tom suspirou irritado, balançando a cabeça para se desfazer da imagem. E então, as palavras de Dumbledore voltaram para assombrá-lo:
- "- Ah, o espelho de Ojesed – o maldito diretor ainda havia sorriso enigmaticamente para lhe responder: – Ele nos mostra nada mais nada menos que o desejo mais íntimo, mais desesperado de nossos corações".
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