Tom abriu lentamente os olhos, sentindo-se inexplicavelmente contente e revigorado, como se fosse o homem mais feliz do mundo naquela manhã de Natal. E ao olhar para o lindo rosto do menino adormecido em seus braços, o jovem Slytherin teve a certeza de que era, de fato, o homem mais feliz e sortudo da face da Terra. Não havia sido um sonho, mais um de seus sonhos vívidos e apaixonantes, mas a realidade: seu doce e amado Harry se entregara a ele na noite passada. E Tom tinha absoluta certeza de que nem Salazar Slytherin ou o próprio Merlin haviam experienciado uma explosão de energia mágica como aquela, que pareceu entrelaçar sua própria alma à de Harry durante o ápice do prazer de seus corpos, os quais se uniram com perfeita harmonia, entrelaçando suas almas, sua magia e seus corações.
- E nada poderá nos separar... – sussurrou, acariciando os cabelos bagunçados do menino em seus braços, enquanto observava as suaves características do belo rosto que ainda conservava traços infantis com um olhar cheio de adoração.
Um olhar que estava reservado unicamente para seu irmão.
Os minutos se passaram e Tom não conseguia desviar o olhar, levantar-se da cama, ou apenas cessar as carícias nos cabelos de Harry. Ele permanecia hipnotizado pela bela imagem do pequeno anjo em seus braços.
Finalmente, pouco mais de quarenta minutos depois, Harry começou a despertar, franzindo ligeiramente o cenho e fazendo um adorável muxoxo, como desde os três aninhos costumava fazer.
- Hey... – Harry sorriu docemente ao olhar para o irmão. Mas, ao tentar mudar de posição, um leve sinal de dor se desenhou em seu rosto corado.
Imediatamente, Tom se preocupou:
- Você está bem, pequeno?
- Sim, eu só...
- Eu machuquei você, não foi? Droga! Eu sabia que deveria ter esperado mais tempo...
- Tom, não seja bobo – suspirou, buscando os lábios do maior para acalmá-lo – Eu estou bem, é só um pequeno desconforto. Você não fez nada de errado, pelo contrário.
- Mas...
- Por favor, acredite em mim – implorou, esquecendo completamente seu desconforto para abraça-lo com força – Eu não poderia estar mais feliz.
A expressão do Slytherin, então, suavizou:
- Eu te amo, pequeno, e não quero machucá-lo jamais.
- Eu sei – sorriu – Você nunca irá me machucar. E tenho certeza de que nas próximas vezes este pequeno desconforto irá desaparecer...
- Próximas vezes? – perguntou com malícia, adorando a cor avermelhada que imediatamente se apoderou das bochechas de Harry.
- Bem... Hum... Quero dizer... A menos que você não queira...
- É claro que eu quero – disse Tom, apaixonadamente, puxando-o para um beijo longo e preguiçoso – Eu poderia morrer contanto que tivesse você em meus braços.
- Eu gosto de você vivo, muito obrigado.
Os dois riram.
Instantes depois, logo após divertidos momentos na banheira da suíte de Slytherin, Tom convocou um elfo doméstico e ordenou que este trouxesse waffles, panquecas, suco de laranja, bolo de chocolate e de todas as delícias que Harry estava com vontade de comer no café da manhã, mesmo sendo tecnicamente hora do almoço. Os dois então decidiram que poderiam muito bem passar o resto do dia na câmara, trocando carícias e beijos preguiçosos, sem se preocupar com o resto do mundo.
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Destinos entrelaçados
Roman d'amourTodos ou créditos e direitos autorais são de @tassyriddle