Era uma bela manhã de sexta-feira, um dia antes da primeira saída de Harry ao povoado de Hogsmeade, e as coisas estavam relativamente calmas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Naquele momento, a maioria dos alunos e professores estava no Salão Principal desfrutando da primeira refeição do dia. E Harry, sentado à mesa das serpentes com seus amigos e seu irmão, sorria carinhosamente para o último, deixando-o colocar mais algumas panquecas com calda de caramelo em seu prato. Este agradável clima descontraído, no entanto, foi interrompido pela chegada do correio.

- O que é isso? – Harry perguntou curioso, olhando por cima do ombro de seu irmão a notícia estampada na primeira página do Profeta Diário.

- Eles foram vistos – murmurou Draco. E o burburinho já havia se espalhado por todo salão.

- Quem?

- Os foragidos de Azkaban – respondeu Tom – Cinco deles foram vistos num povoado muggle.

- Qual povoado? – perguntou Pansy.

- O mais próximo a Hogwarts.

Harry imediatamente sentiu um arrepio de medo percorrê-lo e não pensou duas vezes antes de agarrar a mão de Tom. Este, por sua vez, ignorou a presença de todos e puxou o menor assustado para os seus braços e jovem Gryffindor, com um suspiro satisfeito, escondeu o rosto em seu peito. Conhecendo a dinâmica dos irmãos Potter, ninguém estranhou a nova posição.

- O que eles podem querer em Hogwarts? – Adrian perguntou, ignorando pela primeira vez o livro de poções para se concentrar no jornal de Montague.

- Boa coisa não deve ser... – comentou Montague.

- Pela primeira vez, estou feliz com a presença dos Dementadores – disse Hermione e todos assentiram. Na mesa dos professores, até mesmo Dumbledore não conseguia esconder o semblante preocupado.

- Mesmo assim... – Harry murmurou silenciosamente, apenas para Tom ouvi-lo – Estou com um mau pressentimento.

- Não se preocupe, pequeno – sussurrou, acariciando os cabelos bagunçados – Eu não vou deixar ninguém machucá-lo.

- Eu sei.

- Eu vou matar qualquer um que ouse tocar em você.

- Eu sei – Harry sorriu e se aninhou nos braços fortes do irmão.

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Quando Tom o deixou na porta da sala de Defesa Contra as Artes Obscuras, Harry se sentia um pouco mais animado, pois aquela era sua aula favorita. O burburinho assustado também já havia diminuído e os alunos do terceiro ano agora olhavam com interesse para os guarda-roupas velhos que estavam distribuídos pela sala de aula no lugar das mesas e cadeiras. Com um sorriso tranquilo, Remus se colocou no meio da sala e solicitou que todos se aproximassem.

- Hoje teremos uma aula prática – anunciou, dando uma piscadela para Harry.

Um sorriso animado dançava nos lábios do jovem Gryffindor, que adorava as aulas de Remus.

- Mas antes de começarmos, alguém pode me dizer o que é um bicho-papão?

Hermione imediatamente levantou a mão.

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