Nota: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling.
(2) – Essa é uma história Slash, ou seja, relacionamento Homem x Homem, e PseudoIncest, ou seja, o casal principal possui uma relação de pseudo (falso) parentesco. Se não gosta ou se sente ofendido, é muito simples: Não leia.

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O lugar era frio, escuro e sem vida, mas não menos impressionante, como um museu visto na calada da noite, no qual as obras de arte se destacam em meio às sombras: assustadoras, mas magníficas. E nada descreveria melhor o local em que Harry, Tom e Nagini se encontravam agora do que a combinação obscura e indubitavelmente Slytherin de beleza e trevas.

Seguindo por uma câmara muito comprida e mal iluminada, destacavam-se altas colunas de pedra entrelaçadas com cobras em relevo sustentando o teto que se perdia na escuridão, projetando longas sombras negras na luz estranha e esverdeada que iluminava o lugar. Seus passos ecoavam nas paredes sombreadas à medida que avançavam por entre as colunas serpentinas, observando que no final daquele enorme corredor havia um rosto gigantesco talhado em pedra.

O rosto de Salazar Slytherin.

Os irmãos, portanto, logo puderam concluir que aquele era o aposento pessoal e secreto de Salazar Slytherin. Em seguida, circulando pelas paredes de pedra e corredores que se perdiam de vista, Harry e Tom descobriram vários aposentos curiosos, pois em meio a cada coluna de pedra serpentina encontrava-se uma habitação diferente. Eram mais de quinze divididas em quatro salas elegantemente decoradas, três quartos com camas enormes e confortáveis, cinco banheiros forjados inteiramente em mármore com enormes banheiras que saíam do piso, três laboratórios para preparo de poções que contavam com ingredientes que o professor Snape sequer poderia sonhar e é claro, o cômodo pelo qual Tom havia se apaixonado instantaneamente: uma enorme biblioteca, equivalente a da própria escola, que, no entanto, possuía um acervo de livros de conteúdo "duvidoso" – ou seja, magia das trevas – que sequer a Sessão Reservada possuía.

- Esse lugar é incrível – afirmou Tom, rodeado por uma pilha de livros que jamais estariam expostos na Floreiros e Borrões, talvez nem mesmo nas livrarias da Travessa do Tranco, nas quais, diga-se de passagem, seus pais não o permitiam ir.

- Salazar tinha bom gosto – concordou o menor, recostado numa elegante poltrona de couro ao lado de seu irmão. Nagini, por sua vez, tirava um merecido cochilo no tapete felpudo em frente à lareira de pedra.

- Eu me pergunto como ninguém descobriu este lugar antes.

- Nagini nos disse que apenas um falante de Parsel poderia entrar. Talvez Salazar só gostasse daqueles que pudessem falar a língua das cobras, como ele mesmo.

- Talvez – murmurou, lembrando-se das palavras do Chapéu Seletor mais uma vez:

"O herdeiro...".

Será?

- Hermione e Draco vão adorar essa biblioteca também. E Pansy, é claro, vai se apaixonar pela decoração, já estou até vendo.

- Você pretende trazê-los aqui? – o maior questionou com uma pontada de aborrecimento em sua voz.

- Humm... Sim?

Contudo, ao notar a contrariedade óbvia nas feições de seu irmão, Harry repensou sua resposta:

- Você preferia que eu não os trouxesse aqui? – perguntou suavemente.

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