Nota: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling.
(2) – Essa é uma história Slash, ou seja, relacionamento Homem x Homem, e PseudoIncest, ou seja, o casal principal possui uma relação de pseudo (falso) parentesco. Se não gosta ou se sente ofendido, é muito simples: Não leia.

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Ao ingressar no Salão Principal de Hogwarts, Tom não pôde deixar de perceber o quão esplêndido o local parecia, iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. Em cada mesa estavam dispostos pratos e taças douradas. E no outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores, onde Tom reconheceu seu padrinho sorrindo para ele com o semblante um pouco cansado, pois a lua cheia fora há alguns dias.

Olhando para o teto aveludado e negro salpicado de estrelas, enfeitiçado para parecer o céu lá fora – segundo lera em Hogwarts, uma história – Tom pensou em seu irmão, pois sabia que Harry ficaria encantado com a bela visão. Ao pensar no menor, porém, o coração pareceu apertar em seu peito e um pequeno suspiro entristecido escapou de seus lábios no momento em que a professora Minerva McGonagall colocava um banquinho de quatro pernas logo à frente da fila de alunos do primeiro ano com um chapéu remendado e esfarrapado em sua superfície.

O chapéu seletor.

Tom reconheceu das histórias de seu pai.

- Quando eu chamar os seus nomes, vocês colocarão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção – anunciou a professora, desenrolando um pergaminho comprido – Roger Davies.

Um garoto alto e magricela de cabelos escuros saiu da fila, sentou-se no banquinho e esperou a professora colocar o chapéu em sua cabeça, que lhe afundou direto até o os olhos. Uma pequena pausa e então...

- Ravenclaw! – anunciou o chapéu.

A mesa a direita bateu palmas e deu vivas quando Roger Davies foi se sentar à mesa Ravenclaw. Nesse momento, Tom viu o fantasma de uma mulher de semblante melancólico fazer uma pequena reverência para o recém chegado à sua casa. A dama cinzenta, Helena Ravenclaw, Tom reconheceu de seus livros.

- Penélope Clearwater.

- Ravenclaw! – anunciou o chapéu outra vez, e a menina loura de olhos azuis saiu depressa para se sentar ao lado de Davies.

- Cedric Diggory.

- Hufflepuff!

Dessa vez foi a segunda mesa à esquerda que aplaudiu e o menino alto de cabelos e olhos castanhos foi se juntar eles. Oliver Wood foi o escolhido para Gryffindor e a mesa na extrema esquerda explodiu em vivas. Dafne Greengrass, com seus cabelos louros e olhos cinzentos cheios de superioridade acabou em Slytherin, assim como Marcus Flint.

Tom já estava começando a ficar impaciente, uma mistura de irritação pela demora e tristeza ao pensar outra vez nas lágrimas deslizando dos olhos de seu irmão, e sua atenção pouco estava focada na seleção, quando, de repente, seu nome foi chamado:

- Thomas Potter.

Quando Tom se adiantou ao banquinho e o chapéu foi colocado em sua cabeça, este lhe afundou ao meio dos olhos e a escuridão tomou conta:

- Há talento, sem dúvida alguma, sede de poder e conhecimento... – ressoou uma voz em sua cabeça – Astúcia e coragem, mas não está disposto a se arriscar por qualquer um... Não, há apenas uma pessoa em seu coração... Oh, mas não restam dúvidas quanto à casa a ser escolhida... Sim, sim, o herdeiro deverá permanecer em seu legado...

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