Era a 422ª Copa Mundial de Quadribol, sediada ao norte do País de Gales, e, obviamente, James Potter e seus filhos não poderiam perdê-la. Para exasperação de Lily, que via aquele evento como "apenas mais um jogo", seu marido e seus filhos estavam acampados há mais de duas semanas, na companhia de Remus e Sirius, assistindo a todos os jogos que podiam, enquanto a bela bruxa permanecera no sossego de Godric's Hallow colocando as leituras em dia.

Infelizmente, para desolação de James e dos outros, a Inglaterra havia sido eliminada depois de perder para a Espanha nas quartas de final, mas, sem perder a animação, eles resolveram destinar sua torcida para uma das duas equipes finalistas:

- Não seja cabeça dura, Prongs, a Bulgária é muito melhor.

- Do que você está falando, Padfoot? Está na cara que a Irlanda irá ganhar.

- Impossível! Eles não têm Victor Krum!

- O melhor apanhador do século! – acrescentou Harry, ostentando a camiseta do apanhador búlgaro com orgulho.

- Exatamente! Toca aqui, campeão – Harry e Sirius deram um high-five sob o olhar indignado de James e os sorrisos divertidos de Remus e Tom.

- Mas o time irlandês é muito melhor! – protestou James.

- Isso é o que nós vamos ver essa noite! Bulgária! Bulgária!

Os gritos em coro de Harry e Sirius logo se misturaram aos gritos de "Irlanda! Irlanda!" de James, Remus e Tom. E os gritos não demoraram a se transformar em gargalhadas e provocações hilárias que ecoavam pela barraca, a qual, na verdade, mais parecia um duplex de luxo super equipado.

Situada na parte nobre do acampamento, isto é, onde apenas as famílias de sangue-puro mais tradicionais se encontravam, as quais pagaram verdadeiras fortunas pelos melhores ingressos dos jogos, a barraca havia sido um "perfeito investimento", pelo menos fora o que James dissera a uma consternada Lily quando esta vira a quantidade de galeões dispensados àquela barraca. Todavia, os quatro quartos com suíte, mais dois lavabos, jardim de inverno, sala de estar íntima, cozinha panorâmica gourmet, área de serviço, deck e churrasqueira, todo o piso em mármore travertino e granito além da maravilhosa decoração em ébano e inúmeros equipamentos eletrônicos muggles como TV de plasma 60 polegadas, home theather com DVD Blue Ray, salão de jogos e uma adega garantiam a excelência daquele investimento que, visto do lado de fora, parecia ser apenas uma simples barraca negra com detalhes dourados.

- Vamos logo, Remus! Não podemos nos atrasar para a final!

- Mas só começa daqui quatro horas – o lobisomem suspirou, guardando seu novo livro sobre feitiços defensivos.

- Eu quero pegar bons lugares!

- Os lugares são marcados, pai – lembrou Tom – No camarote do Ministro da Magia, se bem me lembro.

- Apenas vamos logo!

Todos riram, mas seguiram James para fora da barraca, onde inúmeros magos e bruxas já seguiam para o estádio vestidos de verde e branco ou preto e vermelho. O gigantesco estádio logo se viu acomodando quase cem mil pessoas que circulavam pelas escadas púrpuras brilhantes e iam tomando seus lugares. Porém, pouco antes de James e os outros chegarem aos portões dourados do estágio uma animada voz chamou o patriarca da família Potter:

- Hey, Potter!

- Diggory! Weasley! Como vocês estão?

- Muito bem!

- Melhor agora que veremos a Irlanda ganhar – comemorou Arthur Weasley. Ao seu lado, os gêmeos discutiam alegremente sobre qual jogador seria o primeiro a desmaiar em campo. Rony, por sua vez, lançava olhares de soslaio, venenosos, aos irmãos Potter e a jovem menina Weasley não parava de sorrir tentando chamar a atenção de Harry.

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