My Love - Jihan

➳ chapter four

Jeonghan estava sentado em sua polida mesa de escritório, observando a cidade pela enorme janela de vidro. As luzes dos arranha-céus brilhavam ao longe, mas seus pensamentos estavam presos à noite anterior. O som dos gemidos e o rosto de prazer do Joshua ainda estavam na sua mente. Ele suspirou, tentando afastar a lembrança, quando a porta de sua sala foi abruptamente aberta, fazendo-o se virar bruscamente.

Um Ômega entra na sala com passos decididos, o ar carregado de uma autoridade que Jeonghan conhecia muito bem. Ele franziu o cenho, surpreso.

— O que houve? — Jeonghan perguntou, confuso, enquanto cruzava os braços. — Não esperava te ver hoje, Minghao.

Minghao fechou a porta com um leve clique, caminhando em direção ao sofá de couro preto que decorava o centro da sala.

— Me contaram que você foi em uma boate ontem à noite... e só saiu hoje de manhã — Minghao respondeu, jogando-se no sofá com um suspiro exagerado.

Jeonghan sentiu um peso conhecido em suas costas. Ele revirou os olhos, já sabendo onde aquela conversa ia parar.

— Meu pai está me seguindo de novo? — perguntou com uma ponta de irritação na voz.

— Não, eu — Minghao corrigiu, um sorriso discreto surgindo em seu rosto antes de se esticar no sofá com uma tranquilidade calculada.

— Ele manda você atrás de mim. — Jeonghan suspirou, passando as mãos pelos cabelos escuros. — Aquele velho não cansa de tentar controlar a minha vida?

— Quando ele se cansar, você não vai mais me ver por aqui. — Minghao respondeu de forma sarcástica, cruzando as pernas de maneira descontraída.

Jeonghan balançou a cabeça, sem paciência para o drama.

— Que drama, Minghao.

O ômega no sofá ergueu uma sobrancelha.

— Drama? — Minghao riu, ajustando-se em seu lugar. — Seu pai me faria em pedaços se eu não te vigiasse. Não é brincadeira, Jeonghan.

— Eu sei, eu sei. Fica tranquilo, eu vou resolver isso com ele. — Jeonghan se virou, tentando encerrar a conversa, mas ainda sentindo o peso da vigilância constante de seu pai.

Minghao se levantou devagar, ajeitando o casaco enquanto lançava um olhar casual para o amigo.

— Quando você conseguir conversar com ele direito, eu estarei por aqui. — Ele se dirigiu à porta, fazendo uma pausa antes de sair. — Só vim avisar que ele mandou você tomar vergonha na cara e parar de perder tempo em boates.

— A vida é minha, ele não manda nela. — Jeonghan retrucou, frustrado, mas já sabendo que essa era uma batalha longa e desgastante.

Minghao deu de ombros, abrindo a porta.

— Até mais, chefe. — Ele sorriu com uma ironia que apenas os dois entendiam, antes de desaparecer no corredor.

Jeonghan ficou parado por alguns segundos, os pensamentos voando para longe. E então, a imagem de alguém invadiu sua mente: o sorriso suave de um ômega, olhos brilhando em meio às luzes da boate. Ele fechou os olhos por um momento, respirando fundo.

“Por que aquele ômega ainda está nos meus pensamentos?” pensou Jeonghan, tentando afastar a imagem, mas falhando miseravelmente.

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Já era quase 23h. A boate estava começando a esvaziar, e Joshua, atrás do balcão, limpava calmamente as superfícies de mármore, enquanto Seungkwan, um ômega mais novo de cabelos loiros, organizava as garrafas.