A noite estava silenciosa, exceto pelo barulho abafado de uma discussão acalorada que vinha do andar de baixo. Joshua despertou com o som, o coração acelerado. Ele se levantou com dificuldade, o corpo ainda fraco, e caminhou até a escada, a curiosidade e a preocupação estampadas no rosto.
Com cuidado, ele desceu os degraus, o som dos passos abafado pelo carpete. O que ele viu na sala de estar o deixou em choque. Um homem de terno escuro, com cabelos pretos e bem arrumados, estava de pé ao lado de um jovem com cabelos longos e negros. A tensão no ar era palpável, e seus pais estavam claramente agitados.
— Vocês acham que têm o direito de simplesmente invadir uma casa de família e fazer ameaças? — a voz de sua mãe, Layla, estava carregada de indignação.
— Foi o seu marido quem nos procurou. Eu quero meu dinheiro de volta! — o homem de terno retrucou, a frieza em seu tom.
— Eu prometi pagar, estou juntando o dinheiro. Por favor, só mais um pouco de tempo — implorou seu pai, Sang-hun, a voz desesperada.
— Já esperamos demais! — a voz do homem se elevou, e ele se virou para o jovem ao seu lado. — Yoon, vá para o carro!
O garoto, que parecia ter a mesma idade de Joshua, olhou diretamente para ele. Com um gesto quase imperceptível, seus lábios se moveram em um sussurro silencioso: "Corra".
O coração de Joshua disparou, e ele se viu voltando rapidamente para o presente, o som da discussão e o olhar do garoto ainda frescos em sua mente. Ele acordou suado, o pesadelo de uma memória dolorosa ainda o assombrando. Olhando para o braço arranhado, ele murmurou para si mesmo:
— Pesadelo com aquele dia? Sério?!
Ele se levantou do chão com esforço, o corpo pesando. Dirigiu-se ao banheiro para um banho rápido, tentando se recuperar da noite tumultuada. O espelho refletia um homem esgotado, com olheiras profundas e uma expressão de derrota.
— Eu só queria ser feliz, pelo menos uma vez na vida. Será possível? — sussurrou Joshua, a voz cheia de desespero e cansaço.
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Naquela manhã, Jeonghan estava parado na frente da casa de seu pai, a sensação de ansiedade se misturando com a determinação. Ele respirou fundo, tentando reunir coragem.
— Coragem, Yoon Jeonghan! — murmurou para si mesmo antes de atravessar o portão e entrar na casa.
Ele caminhou pelo corredor com firmeza, suas passadas decididas ressoando no piso polido. Ao chegar no escritório, ele abriu a porta com uma mão firme e encontrou seu pai sentado atrás da mesa, uma expressão imperturbável no rosto.
— Resolveu vir me visitar, filho? — Jun-seo perguntou, um sorriso irônico nos lábios.
— Mande o Minghao parar de me seguir — Jeonghan começou, a voz dura e autoritária.
— Tenho que ficar de olho no futuro dono da máfia — Jun-seo respondeu, a calma em seu tom contrastando com a frustração de Jeonghan.
— Eu não vou assumir esses negócios. Cuidarei apenas da empresa! — Jeonghan declarou, a determinação clara em cada palavra.
— Por que não quer assumir? — Jun-seo indagou, o tom de curiosidade misturado com uma pitada de desdém.
— Aos meus 16 anos, você me manipulou para ir com você naquela casa. O senhor matou a família inteira — Jeonghan falou, a voz carregada de amargura.
— Não matei a família inteira, um dos filhos deles sobreviveu — Jun-seo respondeu com uma calma inquietante.
— É uma ordem, não quero Minghao me seguindo e não vou assumir a máfia — Jeonghan exigiu, o olhar firme.
— Não se esqueça que sou seu pai. Não pode simplesmente me dar ordens — Jun-seo disse, a voz um misto de autoridade e desafio.
— Você não está em perfeito juízo para fazer isso, pai. E, por favor, mantenha o Hyungwon longe da minha casa — Jeonghan respondeu, a raiva contida e a dor evidente em sua voz. Com isso, ele se virou e saiu do escritório, o som dos seus passos ecoando pelo longo corredor até a saída.
Ao sair, ele olhou para o jardim e uma memória dolorosa ressurgiu, como um eco distante.
— Não quero que você tenha o mesmo destino que seu pai, Hannie — a voz suave de sua mãe, Soo-min, reverberava em seus ouvidos, enquanto ela acariciava a cabeça do filho. — É muito ruim?
— Você tem apenas 7 anos, não sabe o que realmente é ruim na máfia. Mas um dia você descobrirá e verá que é a pior coisa.
Jeonghan fechou os olhos, suspirando profundamente. Sua mãe havia morrido por causa das ações de seu pai, e ele lutava para se manter afastado das sombras da máfia. Mas era uma luta difícil, quase impossível de vencer.
Notas da Autora
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My Love - Jihan
ФанфикHong Joshua, ou Hong Jisoo, como poucas pessoas o conheciam por esse nome, era um Ômega que trabalhava em uma boate chamada "I Love Drinks". Joshua, por ser um ômega extremamente sensível e especial aos olhos do casal de donos do estabelecimento, se...