➳ Chapter Ten

13 2 0
                                    

Era de madrugada quando Jisoo acordou, sentindo-se um pouco melhor.

Ele levantou-se da cama com dificuldade, seus músculos ainda doloridos e sua mente em desordem. O silêncio da casa parecia mais profundo e opressivo do que o habitual. Com um suspiro, Jisoo decidiu ir até a cozinha para beber um copo d'água, na esperança de que a simples ação ajudasse a clarear seus pensamentos.

Ao caminhar pela casa, Jisoo notou a ausência de som. A casa, que costumava ser preenchida pelos risos e conversas animadas de seu irmão, agora parecia vazia e sombria. Cada canto parecia ter sido consumido pelo luto, como se a alegria tivesse sido sugada e deixado apenas a melancolia. A luz fraca da madrugada entrava pelas janelas, lançando sombras longas e distorcidas sobre os móveis.

Ele se dirigiu à sala de estar e olhou ao redor. O ambiente estava imerso em uma tristeza silenciosa. Cada objeto parecia ter perdido sua cor e significado, cada lembrança uma agulha de dor no coração. O retrato da família na parede, uma recordação de momentos felizes, agora parecia um lembrete doloroso da perda.

Jisoo se sentou no sofá, o peso da dor pressionando seus ombros. O silêncio parecia estar carregado de memórias, e ele podia quase ouvir os sussurros das paredes oferecendo palavras de conforto que seu coração não conseguia alcançar. Ele fechou os olhos e permitiu que as lágrimas começassem a escorrer, cada gota uma liberação da dor acumulada.

Enquanto as lágrimas caíam, Jisoo sentia a presença de seu irmão, como se ele estivesse ali, observando e protegendo. Essa sensação, embora reconfortante, não aliviava o vazio que a ausência de Yeosang deixara. No entanto, Jisoo sabia que, com o tempo, a dor se transformaria em saudade. Ele levantou-se, olhando ao redor e começando a ver a casa não apenas como um espaço vazio, mas como um lugar cheio de amor, lembranças e histórias.

Com um suspiro profundo, ele se dirigiu à sacada. A noite fria envolvia a cidade em um manto de silêncio. As luzes dos postes iluminavam a rua deserta, e os prédios ao redor estavam mergulhados na escuridão. Para Jisoo, essa quietude parecia oferecer um conforto estranho, uma paz que ele não conseguia explicar completamente.

Ele se encostou na sacada, sentindo a brisa gelada em seu rosto. A sensação era ao mesmo tempo revigorante e dolorosa. Jisoo refletia sobre a fragilidade da vida, sobre como os momentos de felicidade eram efêmeros e preciosos. Ele sabia que deveria valorizar cada instante com aqueles que amava, mesmo que a saudade ainda doesse.

Enquanto olhava para o horizonte, uma realização repentina o atingiu: Jeonghan não estava no apartamento. O pensamento causou um frio na espinha de Jisoo.

— Isso é estranho, eu juro que quando fui dormir ele estava aqui! — murmurou para si mesmo, preocupando-se com a ausência do Yoon. Ele rapidamente se afastou da sacada e foi até a escrivaninha, onde encontrou um papel deixado por Jeonghan.

Jisoo pegou o papel e leu a mensagem com atenção:

Tive que sair, espero que se cuide. Não sei se vamos nos ver tão cedo. Então, até lá, se cuide.
Ass: Jeonghan.”

A visão das palavras escritas à mão deixou Jisoo com um misto de sentimentos. Ele sentiu uma onda de frustração e confusão. Ele não deveria ter se envolvido com Jeonghan, não deveria ter confiado tanto em alguém que parecia ser tão incerto. Mas, em um momento de fragilidade, acabou permitindo que o Yoon entrasse em sua vida.

Jisoo lutava internamente, dividido entre o desejo de se afastar e a necessidade de se aproximar mais de Jeonghan. Era uma guerra silenciosa dentro de si, e ele não sabia qual caminho seguir. Ele deixou o papel sobre a escrivaninha, a dúvida e a inquietação pesando sobre seus ombros.

Com um último olhar para o ambiente agora mais familiar e menos assustador, Jisoo voltou para o quarto. Naquela noite silenciosa, ele se deitou na cama e fechou os olhos, desejando que o próximo dia trouxesse algum alívio, uma maneira de voltar à sua rotina e, eventualmente, encontrar a felicidade novamente.

Enquanto adentrava o sono, Jisoo refletiu sobre como a vida poderia ser cruel e imprevisível, e como a dor de perder alguém especial parecia ser um fardo insuportável. Ele adormeceu com um sentimento de esperança minguante, aguardando um novo amanhecer que prometesse algum tipo de cura.

 Ele adormeceu com um sentimento de esperança minguante, aguardando um novo amanhecer que prometesse algum tipo de cura

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Notas da Autora
Até a próxima!

Votem, comentem e compartilhem!

Redes sociais

Spirit| @Mgypalletyy e @Lovelyduda
Tiktok | @_mariaromanoff_ e @Lovelyduda

My Love - Jihan Onde histórias criam vida. Descubra agora