➳ Chapter Twelve

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Jeonghan abriu os olhos lentamente, tentando se ajustar à claridade que penetrava o ambiente. Seu corpo estava pesadamente acorrentado, e o desconforto era palpável. O frio metálico das correntes em seus pulsos o fazia sentir-se ainda mais vulnerável.

A voz áspera e rouca de seu pai, Jun-seo, cortou o silêncio, fazendo Jeonghan se sobressaltar.

- Você parece que não entende, garoto - disse Jun-seo, com um tom desdenhoso. - Eu te criei para ser meu substituto, para quando eu não puder mais estar no controle.

Jeonghan ergueu a cabeça, encarando seu pai sentado a alguns metros de distância, com um olhar de desprezo. O mais velho suspirou, sua presença imponente dominando o ambiente.

- O ômega que você estava cuidando é bem bonitinho - Jun-seo continuou, sua voz agora carregada de um tom mórbido. Jeonghan tentou se levantar, mas as correntes o mantinham preso com uma força implacável. - Fui fazer uma visitinha para ele e deixei um presente.

Jeonghan arregalou os olhos, sua mente correndo em pânico.

- Se você ousar tocar nele! - a voz de Jeonghan aumentou, refletindo a fúria e o medo que sentia. Seu lobo interior estava claramente agitado.

Jun-seo apenas riu, indiferente ao desespero do filho.

- Sua mãe me traiu tão bem que você é igualzinho àquele filho da puta.

Jeonghan, com a raiva fervendo, questionou:

- Você teve chances de me matar. Por que não fez?

Jun-seo o ignorou, respondendo com uma frieza calculada:

- Você sabe controlar seu lobo muito bem. Isso é bom para a máfia.

Jeonghan, frustrado, insistiu:

- Eu não sou mais uma criança para você me punir.

- E você não é mais, - Jun-seo respondeu, - mas suas atitudes ainda têm consequências.

Jeonghan franziu a testa.

- Como assim?

- Lembra daquela casa que você foi comigo, onde eu matei toda a família? - Jun-seo levantou-se, dirigindo-se para a porta. - Você estragou meu plano ao avisar aquele ômega para correr. Mas, por sua causa, eu o encontrei novamente.

Jeonghan olhou para o pai, confuso.

- Encontrou ele? Graças a mim?

Jun-seo sorriu cruelmente.

- Hong Joshua, ou melhor, Hong Jisoo. Obrigado por ter sido útil desta vez.

Ao ouvir o nome, Jeonghan sentiu um frio na espinha. O ômega que ele havia tentado proteger era, de fato, o mesmo que ele salvou naquele dia. A mente de Jeonghan estava girando enquanto ele lutava contra as correntes.

Em um momento de fraqueza, ele começou a sentir uma sensação estranha em seu pescoço, e logo depois, tudo ficou escuro.

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Jeonghan acordou novamente, desta vez com alguém dando leves tapinhas em seu rosto. Ele abriu os olhos e viu Minghao, que estava ao seu lado com um olhar preocupado.

- Aquele velho me manda pra puta que pariu só pra te aprisionar - Minghao disse, com um tom de raiva. Ele começou a cortar as correntes, libertando Jeonghan com uma destreza que mostrava sua experiência. - Vamos, preciso te levar para um lugar seguro.

Jeonghan, ainda confuso e debilitado, tentou falar.

- O Joshua, ele...

Minghao ajudou Jeonghan a se levantar, sua expressão era uma mistura de preocupação e urgência.

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