➳ Chapter Eleven

14 3 0
                                    

Quatro dias depois

Já haviam se passado quatro dias desde a morte de Yeosang, e a rotina de Jisoo começava a voltar ao normal, embora uma sensação de vazio ainda o perseguisse. Ele estava na boate onde trabalhava, movendo-se entre os clientes e servindo bebidas, tentando distrair-se da dor. A rotina estava quase mecânica, até que Mingyu, um dos seguranças da boate, se aproximou com um olhar preocupado.

— Jisoo Hyung, falaram para você ir ao quarto 23 — disse Mingyu, sua voz carregada de urgência.

Jisoo levantou uma sobrancelha, surpreso.

— Falaram o motivo?

Mingyu balançou a cabeça. — Não disseram, mas, se quiser, posso ir com você — ofereceu o alfa, notando a expressão preocupada do ômega.

Jisoo hesitou por um momento. O desconforto se manifestava em sua expressão, mas ele forçou um sorriso.

— Não precisa, Mingyu. Deve ser algo simples. — Saiu do balcão e se dirigiu para o corredor, seus passos ecoando em um som monótono. — Quarto 23, certo?

— Isso mesmo. Tome cuidado, Jisoo — disse Mingyu, antes de voltar ao seu posto, observando-o partir com um olhar inquieto.

Jisoo caminhou pelos corredores escuros da boate, o cheiro de álcool e perfume barato misturado ao aroma adocicado e enjoativo que lembrava de sua última experiência naquele lugar. Ao chegar na porta do quarto 23, ele hesitou. O cheiro era forte e desagradável, e uma sensação de desconforto tomou conta dele. No entanto, ele respirou fundo e bateu na porta.

Para sua surpresa, a porta se abriu sozinha, rangendo levemente, como se alguém estivesse esperando por ele. Jisoo entrou no quarto, seus passos cautelosos, e encontrou um espaço vazio. O cheiro nauseante se intensificava, e ele começou a procurar por qualquer pista de quem poderia tê-lo chamado.

Seu coração acelerou quando um barulho fraco e abafado veio do banheiro. Jisoo se aproximou, seu instinto lhe dizendo que algo estava terrivelmente errado. Ele hesitou por um momento antes de abrir a porta, e o que viu deixou seu sangue gelado. Um ômega estava caído no chão, pálido e contorcido de dor, uma cena que parecia quase surreal.

— Ah, meu Deus! — Jisoo gritou, correndo para o corpo caído. — Alguém, por favor, ajude!

A ajuda chegou rapidamente, e Jisoo foi cercado por policiais e paramédicos. Ele respondeu às perguntas com a mente em turbilhão, sua voz tremendo de preocupação e estresse. Depois de fornecer as informações necessárias, Jisoo foi liberado, mas sua mente continuava em um estado de confusão e desamparo.

Seungkwan se aproximou, seu olhar preocupado fixo em Jisoo. — Isso tudo é muito estranho. Como alguém pode morrer aqui e nós não percebemos?

— Talvez alguém tenha trazido o corpo para cá e nós não vimos — Jisoo sugeriu, seu tom cheio de incerteza.

Mingyu, ainda visivelmente abalado, falou. — Eu sempre tomo cuidado com cada pessoa que entra. Meu instinto lupus geralmente me avisa se algo está errado.

Jisoo deu de ombros, pensativo. O estresse e a falta de sono estavam começando a afetá-lo visivelmente. Seungkwan notou a expressão abatida de Jisoo.

— Você não está bem para estar trabalhando, Hyung — disse Seungkwan, preocupado.

— Eu... eu só preciso ir para casa — respondeu Jisoo, tentando se manter firme.

Mingyu, ainda preocupado com o estado de Jisoo, ofereceu.

— Quer que eu te leve?

Jisoo balançou a cabeça, sua expressão pálida e seus olhos cansados.

— Não, eu consigo ir sozinho — insistiu, levantando-se com dificuldade. Sua cabeça estava latejando e seu corpo se sentia fraco.

Ele deu alguns passos em direção à saída, mas logo começou a sentir tonturas e sua visão turvou. Antes que pudesse reagir, seu corpo cedeu, e ele desmaiou no corredor. Mingyu conseguiu pegá-lo a tempo, evitando uma queda no chão.

Jisoo foi levado às pressas para o hospital, onde foi recebido com urgência. Exames mostraram que ele estava desnutrido e com uma infecção grave, provavelmente resultado de má alimentação e estresse prolongado. O quadro clínico de Jisoo era alarmante, e os médicos trabalharam rapidamente para estabilizá-lo.

Enquanto Jisoo estava internado, ele recebeu visitas de amigos e familiares preocupados. Seungkwan, Mingyu, Wonwoo e Jun estavam presentes, cada um expressando sua preocupação de maneiras diferentes.

Jun, com seu tom irritado, dirigiu-se a Jisoo.

— Você precisa cuidar da sua saúde. Tudo isso aconteceu porque você não está descansando o suficiente — falou, sua frustração evidente.

Jisoo, com um sorriso cansado, respondeu.

— Eu entendi, Jun.

Jun continuou, seu tom crescendo em intensidade. — Entendeu? Não tá entendendo porra nenhuma! E olha que o taehyun e a Hua, que tem 5 anos, é mais responsável que você. — Comparou com seus filhos, sua voz carregada de exasperação.

— Amor, vamos manter a calma. Tenho certeza de que Jisoo Hyung entendeu. - tentando acalmar a situação, interveio

— Eu sei que se preocupa, Jun. Obrigado. - olha para Jun com gratidão.

Jun, sem ceder, insistiu.

— Você morando sozinho não está funcionando. Deveria voltar a morar com a gente.

Jisoo tentou protestar.

— Wonwoo, diga ao seu marido que não sou uma criança. Aliás, sou mais velho que ele.

Jun retrucou.

— É exatamente por isso que você não está escutando ninguém.

Jisoo revirou os olhos, exausto com a discussão.

— Quero dormir um pouco — disse, fechando os olhos e tentando se acomodar na cama.

Wonwoo, com um olhar compreensivo, puxou Jun para fora do quarto.

— Vamos deixar Jisoo descansar — disse, guiando seu marido para fora.

Jisoo respirou fundo, seu corpo cansado e sua mente carregada de culpa e desespero. Ele se lembrou de quanto tempo havia negligenciado a si mesmo e como havia se deixado levar pelos problemas.

— Talvez eu mereça morrer — pensou, enquanto o sono o envolvia. Ele mergulhou em um descanso perturbador, seu estado de saúde e seu estado mental se confundindo em uma névoa de sofrimento e arrependimento.

 Ele mergulhou em um descanso perturbador, seu estado de saúde e seu estado mental se confundindo em uma névoa de sofrimento e arrependimento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Notas da Autora
Até a próxima!

Votem, comentem e compartilhem!

Redes sociais

Spirit| @Mgypalletyy e @Lovelyduda
Tiktok | @_mariaromanoff_ e @Lovelyduda

My Love - Jihan Onde histórias criam vida. Descubra agora