My Love - Jihan

➳ Chapter Seventeen

Jeonghan estava em sua sala, revisando papéis importantes, quando o toque inesperado de seu celular pessoal chamou sua atenção. Era raro aquele número tocar, o que o fez franzir a testa antes de atender. 

— Alô, Yoon Jeonghan falando. — Sua voz saiu calma e firme, mas no instante seguinte, ao ouvir quem estava do outro lado, sua expressão mudou completamente. 

— Jeonghan, precisamos conversar. 

A voz de Joshua, tão suave e hesitante, percorreu Jeonghan como um choque. Ele congelou por um momento, antes de largar os papéis sobre a mesa e se levantar, os olhos fixos no horizonte através da grande janela. 

— Me diga onde você está, que eu vou até você. — Sua resposta saiu imediata, quase urgente. 

— Eu... estou no cemitério. Vim visitar minha família. Será que você poderia vir me buscar? 

Jeonghan sentiu um aperto no peito ao ouvir isso, mas não hesitou.

— Claro, me diga o endereço. Estou a caminho. 

Enquanto Joshua fornecia o local exato, Jeonghan já pegava o blazer pendurado em sua cadeira, deixando para trás os compromissos do dia sem pensar duas vezes. 

— Eu estarei aí em breve. — Ele garantiu, antes de desligar a ligação. 

Ao sair apressado de sua sala, Jeonghan sinalizou para seu secretário:

— Cancele o restante da minha agenda. Não volto hoje. 

Sem esperar uma resposta, ele seguiu direto para a garagem. Localizando rapidamente seu carro, entrou e ligou o motor. Enquanto ajustava o GPS com o endereço do cemitério, um turbilhão de pensamentos inundava sua mente. 

O que Joshua queria conversar? Por que parecia tão abatido? O simples fato de ouvi-lo dizer aquelas palavras mexeram com algo profundo em Jeonghan, algo que ele não sabia explicar completamente, mas que sabia que não poderia ignorar. 

Ele apertou o volante com força e acelerou em direção ao cemitério, o coração batendo mais rápido a cada quilômetro que o aproximava do ômega. 

Após chegar ao destino, Jeonghan avistou Joshua em frente ao cemitério, com uma expressão pensativa. Ele estacionou o carro próximo ao ômega e baixou a janela.

— Oi, entra — disse com um pequeno sorriso. 

Joshua hesitou por um segundo, mas logo abriu a porta e se acomodou no banco do passageiro. 

— Algum lugar em mente para conversarmos? — perguntou Jeonghan, ajustando o cinto. 

— Você escolhe — respondeu Joshua, com um tom calmo, mas carregado de curiosidade. 

Jeonghan concordou com um aceno, ligou o carro e começou a dirigir. O silêncio que se instalou entre eles não era desconfortável, mas sim envolto em uma estranha sensação de paz. Ambos pareciam absorvidos pelos próprios pensamentos, até que Joshua resolveu quebrar a quietude. 

— Estive pensando... Talvez pudéssemos nos ver com mais frequência — disse ele, sem desviar o olhar da paisagem pela janela. 

Jeonghan sorriu, um sorriso que misturava diversão e interesse. 

— Já está querendo encontros? 

— Quero te conhecer melhor — confessou Joshua, com sinceridade evidente na voz. 

— Então eu faço suas vontades, príncipe. Se você me pedisse para me ajoelhar por você, eu faria sem pensar duas vezes — respondeu Jeonghan, com uma brincadeira suave que carregava um toque de provocação.