Anna 🩸Acordei com minha cabeça explodindo, minha visão estava turva, e aos poucos foi se adaptando a luz que entrava no quarto. Olhei para minha mão e ela estava cheia de acessos. Olhei para cima e tinha uma moça, baixa, com o cabelo preso em um rabo de cavalo baixo, mexendo nos acessos em minha mão. Sua aparência era de cansada, claramente era uma humana. Aquilo era reconfortante, ver um rosto humano.
- Finalmente acordada. – A moça falou ao me perceber acordando.
- O que houve? – Disse com dificuldade, tentando me recordar do que tinha acontecido.
- Você não se lembra? – Ela olhou pra mim, e percebeu que eu estava com um semblante confuso. – Você basicamente lutou com o rei. Ele te machucou bastante, você fraturou uma costela, teve várias feridas pelo corpo. Ficou apagada por dois dias. Você teve perca de sangue antes, isso só colaborou em te de deixar mais fraca.
- Mas que droga – falei apertando meus olhos pela dor de cabeça, que latejava.
- Mas olha, foi impressionante. Você conseguiu machuca-lo também. Ele ficou transtornado. Não sei como ele não te matou. Estão todos falando de você aqui na mansão. – ela disse empolgada.
Sorri em agradecimento pelo elogio dela.
- Você vai se recuperar 100% daqui a uns dias, vou tirar a sonda agora que está no seu nariz, para ver se você consegue se alimentar direito.
- Obrigada – eu dei um sorriso sincero a ela.
Logo em seguida ela retirou minha sonda, só ali eu reparei o quanto aquele negócio no meu nariz incomodava. Ela disse que eu precisava ficar de repouso e logo saiu. Para buscar algo para eu me alimentar. Tentei me sentar, mas parecia que um trator havia passado por cima de mim.
Aos poucos fui me recordando da luta com o rei. Por que esse desgraçado ainda me mantém viva depois de tudo que fiz com ele? Realmente ele era extremamente forte, e se eu queria mata-lo precisaria usar mais minha inteligência do que força.
A porta do quarto se abriu, pensei que fosse a moça que estava cuidando de mim, mas era aquele brutamonte do Blake. Ele entrou no quarto, sem emoção no rosto.
- Espero que tenha se recuperado. – Ele disse sério.
- Realmente espera isso? – Questionei ele.
- Não humana, eu não tenho o menor interesse na sua vida. Mas acho que você será de grande valor pra mim. – Ele disse com um sorriso maldoso.
- O que você quer dizer com isso? – perguntei confusa.
- Quero dizer, Anna Capell, que você vai fazer tudo que eu mandar, e será uma ótima garota daqui pra frente. – Ele colocou as duas mãos no bolso da sua calça, e me lançou um olhar de superioridade. Eu já havia entendido tudo que ele estava querendo dizer. Eu não havia falado meu nome pra ele em nenhum momento, e agora com certeza ele sabe quem eu sou, e principalmente, de quem eu sou filha.
- O que você quer de mim? – perguntei com meus olhos marejados de raiva.
- Ai está, minha boa garota. Sabe Anna, você caiu de paraquedas, como um presente pra mim. Eu nunca havia pensado no fato de sequestrar a filha do homem que matou meu pai. Mas agora, isso é genial! – Ele falava andando de um lado para o outro do quarto. – Eu não te sequestrei, eu te comprei, você agora pertence a mim, e ele não pode fazer nada contra isso.
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O vampiro rei
VampireUma guerra civil aconteceu há 18 anos, entre humanos e vampiros. Nem as forças armadas foram capazes de deter esses monstros, eles se voltaram contra nós depois que meu pai, farto de ver pessoas desaparecidas na cidade dele, no qual ele governava, m...