CAPÍTULO 2

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B E A T R I Z  M O O R E

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B E A T R I Z  M O O R E

— Aqui é o quarto de hóspedes — abri a porta, dando espaço para que o loiro entrasse e observasse o local. — Meu quarto é o do lado, e o de Lilian é no final do corredor. Ele voltou se olhar para mim, colocando as mãos nos bolsos.

— Vou ir até a casa dos meus pais pegar umas roupas. Que vir comigo? — Noah perguntou. Fiz uma careta, não claro que não. Eu não queria nem que ele estivesse em minha casa, não tenho certeza se ele é uma pessoa confiável ainda.

Dei dois passos em sua direção, cruzando os braços na altura do peito. Tentando deduzir o que há em seu olhar calmo e cativante.

— Por que eu iria com você, Noah? — questionei, vendo um esboço de sorriso em seus lábios. Ele me olhou brevemente, antes de pegar seu celular do bolso e checar as horas. — Nada contra você, apenas não nos conhecemos bem.

— Exatamente por isso, Beatriz. Você é minha sobrinha, quero te conhecer melhor. Quero conhecer a Lilian melhor também, podemos ser uma família.

— Você não vai conseguir recuperar vinte e um anos perdidos, tio — falei, o tom de voz carregado de ironia.

Ele deu de ombros, pegando as chaves do carro de seu bolso. Logo, passando por mim. Segui Noah, que descia as escadas lentamente. Fingindo nem perceber minha presença.

— Eu vou — avisei, deixando a curiosidade falar mais alto. Pode ser legal passar um tempo com uma pessoa que não seja minha mãe. Ela só sabe falar de como estamos no fundo do poço e de como queria que meu pai e minha tia Clara morressem.

Olívia era minha melhor amiga, até o ano passado. Quando brigamos por causa do namorado dela, o garoto me beijou bem na hora que ela chegou na sala de aula. Se ele queria uma desculpa para terminar o namoro, deveria ter dito sem prejudicar minha amizade com Olí. Tentei me explicar, mas percebi que a nossa amizade não era tão forte e seria levada por um idiota qualquer cheio de hormônios.

Minha outra tia, Vivian. Brigou com minha mãe há alguns anos, então minha mãe passou a fingir que ela não existia. A briga foi idiota, foi por minha causa. Minha tia queria me ensinar ética e educação, então me bateu com uma cinta enquanto cuidava de mim. Minha mãe ao ver as marcas no meu corpo, perguntou o que havia acontecido e ela falou. Foi aí que elas brigaram e nunca mais se falaram novamente.

Nós fomos até minha mãe na cozinha, Noah disse que iria me levar para sua casa para que eu ajudasse a pegar algumas  roupas dele. Logo, minha mãe deixou um beijo em sua testa e disse para que ele cuidasse de mim.

Caminhamos em direção a porta de saída, onde havia um carro vermelho estacionado do lado de fora. Acho que esse é o carro mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. É uma Lamborghini com listras brancas no capô.

— Entra aí, bebê — falou ele, abrindo a porta da Lamborghini. Minha boca se abriu em um “O” ao observar o carro por dentro.

Noah fechou a porta, fez a volta e sentou-se no lugar do motorista. Ligando o carro e arrancando em segundos.

— Minha família acabou de se mudar para cá, então ignora a bagunça da casa. Eles se mudaram para que eu pudesse conhecer você e sua mãe, eles sabem o quanto isso significa para mim. — Ele olhou para mim. Abri um sorriso, sentindo pena dele. Se essa história toda é real, eu realmente sinto muito por ele. Mas fico feliz que ele tenha uma família que faz de tudo por ele. — Eles vão te fazer milhares de perguntas, principalmente a minha mãe. Ela ainda não aceita que eu encontrei a minha família biológica. Então não precisa responder nada, ela fala demais e se você der liberdade, ela vai perguntar até a cor da calcinha que você está usando agora — Ele diz, me deixando corada, acho que era para soar engraçado.

— Azul... — murmuro em voz baixa, mordendo o lábio inferior. Virando rapidamente meu rosto para a janela. Ouço Noah engasgar e tossir para disfarçar.

— Desculpas, o que disse? — questiona ele, olho para o loiro de canto de olho e o vejo abrir um sorriso ladino. 

— Não falei nada, acho que você deve ter escutado apenas o rádio. — minto, ele concorda sem acreditar e volta a olhar para a estrada.

Aumento o rádio e apoio a cabeça na janela. Por que eu falei isso? Acho que tentei soar engraçada também, não sei muito bem. Realmente não pensei antes de falar. Foi algo espontâneo.

Mas eu amei vê-lo engasgar, ver o sorriso ladino se formar em seus lábios.

Depois de alguns minutos, chegamos em frente a um grande portão duplo. O portão abriu assim que Noah apertou um botão no controle remoto. Ele dirigiu até uma mansão, onde estacionou o carro bem em frente. Essa não pode ser a casa dele. É cinco vezes maior do que a minha!

Um mordomo abriu a porta do carro para mim, logo estendendo a mão para me ajudar a sair da Lamborghini. Agradeci com um sorriso envergonhado.

— Você vem? — Noah perguntou. Fazendo com que eu desviasse meu olhar das árvores grandes, flores e enfeites de jardim. Esse lugar é simplesmente maravilhoso, eu amei.

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