Ilícito // condenado pela lei e/ou pela moral; proibido, ilegal.
Quando Noah Thompson bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Beatriz vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimento...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
B E A T R I Z M O O R E
A porta da frente foi aberta. Minha mãe entrou com um sorriso de orelha a orelha, com os lábios pintados de vermelho e os cabelos molhados. Aí tem coisa.
— Já está tarde, senhorita — avisei ela, que veio ao meu encontro e depositou um beijo em minha testa.
— Estava fazendo plantão, filha — disse, deixando sua bolsa ao meu lado no sofá. Logo ela tirou os sapatos e se aconchegou ao meu lado.
Minha mãe conseguiu emprego de enfermeira em um hospital. Ela era enfermeira antes, mas meu pai implicava com os horários. Ele morria de ciúmes dela, então mamãe deixou seu sonho de lado para ser dona de casa. Até o dia em que ele deu um pé na bunda dela.
— Nós somos amigas, mãe. Pode me contar qualquer coisa. — Observei seu semblante calmo. Seus olhos brilhando querem dizer alguma coisa.
— Estou saindo com um cara, ele é cinco anos mais velho do que eu. Ele me mandou mensagem no Facebook e começamos a conversar, marcamos um encontro e estamos ficando.
Mantive meu semblante tranquilo, apenas esbocei um sorriso. Eu já sabia que ela estava saindo com alguém.
— Isso é bom! Depois do papai, você merece alguém legal na sua vida. Espero que ele seja uma boa pessoa — falei, abraçando minha mãe. Ela está feliz, e eu estou feliz por ela.
— Obrigada, querida. Achei que você ficaria brava, achei que iria dizer que estou substituindo seu pai...
— Mãe, ele te traiu. Ele escolheu ir embora. Ele foi o errado da história, não você. Você precisa tentar ser feliz! — acabei interrompendo minha mãe. Eu não quero que ela pense em momento algum que sou contra a felicidade dela.
Após alguns minutos de conversa, ela foi para seu quarto tomar um banho. Enquanto eu fui até a cozinha preparar pipoca. Minha mãe voltou e perguntou se eu queria assistir um filme com ela, o que me deixou feliz. Estamos tão afastadas nos últimos dias que às vezes sinto falta dela.
— O que acha do Noah? Acha que fiz errado em pedir para ele morar conosco sem ao menos conhecê-lo? — perguntou, levando seu olhar para mim, que estava escolhendo um filme para assistirmos.
Por que essa dúvida agora?
— Eu gosto dele... — respondi, tentando parecer indiferente. A verdade é que eu gosto dele mais do que deveria, mas isso é algo que ela não precisa saber. — Por quê? Você parece tão feliz com ele aqui.
— E eu estou, mas quando pedi para o Noah morar aqui, esqueci de perguntar a sua opinião. Por muito tempo, fomos só nós duas, e de repente, coloco um homem estranho dentro de casa. Só queria saber se você está bem com isso. — Ela sorriu, e eu me senti feliz por ela se importar com a minha opinião. Mas também me senti culpada pelo sonho e pela minha aproximação com Noah. Eles são irmãos, não deveria trair a confiança da minha mãe dessa forma. Preciso parar com isso!