CAPÍTULO 8

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B E A T R I Z   M O O R E

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B E A T R I Z   M O O R E

Olhei suas fotos, na maioria delas ele estava ao lado de uma bela morena muito elegante. Ela aparentava ser um pouco mais velha do que ele, eles se abraçam e faziam caretas juntos em outra foto.

Assim que nos aproximamos, as luzes coloridas do parque de diversões já brilhavam intensamente, criando um espetáculo hipnotizante no horizonte. A montanha-russa serpenteava pelo céu, a roda-gigante girava lentamente, e vários outros brinquedos se destacavam, cada um mais assustador que o outro. Meu coração acelerava só de pensar em subir em qualquer um deles. Sim, eu tenho medo de altura, medo de cair lá de cima.

— Vamos em qual primeiro? — perguntou Noah, voltando com as pulseiras. Seus olhos brilhavam de excitação enquanto ele me encarava, e eu fiquei paralisada, quase em choque. — Beatriz, o braço — murmurou, me fazendo esticar o braço. Meu Deus! Estou agindo como uma idiota na frente dele. Preciso me recompor.

— Obrigada — disse, observando enquanto ele colocava a pulseira no meu pulso. O contato da sua pele com a minha me fez arrepiar. — Eu tenho medo de altura... — confessei, minha voz saindo quase como um sussurro. Ele franziu a sobrancelha e me olhou com um sorriso divertido.

— Vem ao parque de diversões e tem medo de altura? — debochou, me fazendo encolher e assentir timidamente. — Garota, você é sempre surpreendente — falou, e seu tom de voz carregava uma pitada de malícia, ou será que era apenas minha imaginação?

— Do que você está falando, Noah? — questionei, caminhando ao lado dele em direção a um dos brinquedos do parque de diversões.

— Já sabe do que eu estou falando, não precisa fingir — sussurrou ele, em meu ouvido, puxando-me para a montanha russa. Fiquei tão confusa que nem percebi que estávamos entrando no brinquedo que eu mais temia. Fingir? Ele estava se referindo ao sonho? Ah, não, por favor, não me diga que eu gemi o nome dele...

— Eu não sei do que você está falando — menti. Mordi meu lábio inferior, sentindo seu olhar penetrante em mim.

Meu coração parecia querer saltar pela boca. Não sabia se era por estar no brinquedo, por estar ao lado de Noah ou por ter tido um sonho erótico com ele... O que ele já sabia, ou pior. Ele devia achar que eu me toquei pensando nele... Meu Deus, isso só piorava as coisas.

— Tem certeza que não sabe? Não é muito comum ficar gemendo o nome do tio, e depois ficar toda descabelada e suada... — disse ele, com um tom de voz que me fez arrepiar. Ele sabia. E não parecia irritado, pelo contrário. Estava se divertindo com a situação, com a cor vermelha das minhas bochechas. Eu estava morta de vergonha e não conseguia olhar para ele agora.

Meu grito abafou meus pensamentos turbulentos. Eu disse que odeio montanhas russas! O pavor tomou conta de mim, meu peito subia e descia sem ritmo. Minhas mãos tremiam, as gargalhadas de Noah me faziam ficar mais nervosa ainda.

Ele entrelaçou seus dedos nos meus e me fez encará-lo, me deu uma piscadela com um sorriso de lado. Fechei meus olhos com força, já sentindo um pouco do pavor passar. Parei de gritar e tentei colocar meus pensamentos no lugar, meu estômago com certeza já estava todo revirado.

— Foi legal, não foi? — questionou ele, assim que descemos, seu sarcasmo me fez revirar os olhos. Eu estava quase morrendo aqui, e ele veio perguntar se foi legal.

— Não foi legal! Foi horrível! — gritei, ficando em sua frente, tentando voltar ao normal. Mas minha respiração ainda estava ofegante e meu coração acelerado.

— Pelo menos você parou de gritar que nem uma doida — brincou, me fazendo sorrir. Só parei porque ele segurou a minha mão. Mas Noah não precisa saber disso.

Observei Noah se aproximar e continuei no mesmo lugar, com meu coração acelerando novamente. Olhei em seus olhos, sentindo seus lábios perto dos meus, seu hálito roçando na minha boca era o que me fazia ficar com mais vontade de beijá-lo. E ele sabe disso.

— Eu sonhei com você, mas foi apenas um sonho. E-eu jamais iria gemer seu nome estando acordada — falei tudo de uma vez, atropelando minhas próprias palavras. Com tanta vergonha que sentia meu rosto queimar.

— Tem certeza que jamais gemeria meu nome acordada, Bea? — O toque de seus dedos era suave, quase como uma brisa. Eu senti um leve arrepio quando ele deslizou a mão pelo meu rosto, pegando aquela mecha teimosa do meu cabelo que insistia em cair sobre os olhos. Ele a colocou atrás da minha orelha.

Ele está flertando comigo, eu não estou louca. Noah acabou de insinuar que me faria gemer seu nome.

Me inclino para mais perto dele, o calor que emana de seu corpo me esquenta. Tudo o que eu mais quero é sentir seus lábios nos meus. Meu coração bate descompassado, e ao mesmo tempo, há uma tranquilidade estranha em tudo isso, como se aquele momento fosse a única coisa certa no mundo.

— Eu acho que sim, Noah — sussurrei. A roda gigante com luzes coloridas ao fundo dava um destaque perfeito em seus olhos azuis intentos.

Meu estômago roncou alto, Noah abriu um sorriso. Um sorriso que me fez sorrir também . Começamos a rir, sua risada parecia preencher meu peito de alegria.

— Vamos lá, bebê. Você está com fome, não é? — ele perguntou, passando o braço por cima de meus ombros. Me levando em direção ao carro.

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