Ilícito // condenado pela lei e/ou pela moral; proibido, ilegal.
Quando Noah Thompson bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Beatriz vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimento...
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B E A T R I Z M O O R E
Acordo sentindo minha cabeça girar e latejar. O som estridente do despertador me faz tapar os ouvidos com o travesseiro; a dor de cabeça é intensa e meu estômago está revirado.
— Filha, você vai se atrasar para a escola! — chama minha mãe, batendo na porta. Abro os olhos lentamente e solto um grito ao ver Noah ao meu lado. O que ele está fazendo aqui?
— Caramba, Bea! — resmunga ele, ainda sonolento. Não era minha intenção acordá-lo, mas não faço ideia do que ele está fazendo aqui. Meu Deus, será que nós transamos? Que horror! Ele nunca faria isso comigo.
— O que você está fazendo aqui? — sussurro, tentando não chamar a atenção da minha mãe. Acho que ela não ouviu meu grito. Levanto da cama e percebo que estou com a camiseta dele, e ela está virada do avesso. Não me lembro de ter trocado de roupa.
— Você não me deixou ir embora, lembra? — responde Noah com um tom sarcástico, me fazendo corar e desviar o olhar para o chão. Espero que eu não tenha dito tudo a ele... Tudo o que se passa na minha cabeça.
— Eu estava com outra roupa... — minha voz sai baixa e tímida, a vergonha me impede de encará-lo.
— Você tirou a roupa e esperou que eu te levasse ao banheiro para tomar banho, mas adormeceu. Então eu tive que colocar uma roupa em você — explica ele, sentando-se na cama e bocejando. Meus Deus! Ele me viu nua. Isso é muito constrangedor, acordar de ressaca ao lado do meu tio que trocou a minha roupa enquanto eu estava bêbada.
Os raios de sol invadem o quarto, forçando-me a apertar os olhos diante da claridade desnecessária. Entro no banheiro e tranco a porta, cansada de passar vergonha na frente dele. Não deveria ter aceitado aquele jogo ontem à noite. Nem lembro das perguntas feitas.
Visto uma roupa simples e desço as escadas, sentando-me à mesa para o café da manhã.
— Cadê o Noah? — pergunta minha mãe, que coloca os pratos com panquecas na mesa. Antes que eu possa responder, ele se pronuncia, descendo as escadas apenas de bermuda, com uma camiseta branca jogada no ombro e os cabelos úmidos e bagunçados.
— Procurando por mim? — questiona, colocando a camiseta, sentando-se à minha frente após beijar o rosto da minha mãe.
Tento recuperar minha sanidade ao vê-lo daquele jeito. Meu Deus, que tentação! Não deveria estar pensando nele. Mas ele realmente é irresistível, seu corpo é muito mais bonito do que no meu sonho. Seu braço direito e peitoral é coberto por tatuagens.
— Ficou fora de casa à noite? Não estava em seu quarto pela madrugada. — Me engasgo com o suco de laranja ao ouvir as palavras de minha mãe direcionadas a Noah.
— Entrou no quarto dele? — me intrometo na conversa, impedindo Noah de dar explicações falsas. Já sei que ele passou a noite ao meu lado.
— A porta estava aberta — responde. — Não tem problema e não precisa responder, irmão. Não quero me meter na sua privacidade, só fiquei curiosa para saber quem é a garota com quem você passou a noite.
— Lívia, uma amiga da Bea — murmura indiferente, dando uma garfada na panqueca. Encaro Noah com uma sobrancelha arqueada; ele nem lembra o nome dela.
— Olívia — corrijo em voz baixa, fazendo ele me encarar confuso. Como alguém assim pode ser da minha família? Eles são tão inteligentes.
— O quê? — pergunta, parando o garfo no caminho da boca, franzindo a testa e olhando para mim. Isso é ótimo, quer dizer que ele nem lembra o nome dela.
— O nome da garota, Noah. É Olívia e não Lívia. Não sabe o nome da sua própria namorada? — provoco, com um sorriso sacana. Minha mãe esconde uma risada e dá um gole do seu café, já gelado por conta da demora.
— Olívia e você não tinham parado de ser amigas? — questiona minha mãe enquanto olha as horas no relógio, sempre vidrada nesse relógio.
— Nós tínhamos, mas acho que o interesse dela no meu tio é maior do que a suposta traição. — Afasto o prato de panquecas e suspiro exausta. Infelizmente, essa é a verdade. Ela quer ele, não a minha amizade.
— Ah, que linda! — exclama minha mãe, me fazendo encará-la sem entender nada. — Chamou o Noah de tio, pela primeira vez! — A animação dela é notável, o que me deixa ainda mais furiosa.
Ela realmente não notou que era ironia.
— Mãe você me leva hoje? — perguntei, vendo ela concordar com a cabeça ao dar um último gole no café preto.
— Desculpe, querida. Tenho uma entrevista de emprego em vinte minutos — ela disse, beijando o topo de minha cabeça rapidamente. Verificando as horas no relógio de pulso. — Noah, pode levar a Bea? — ela perguntou, também deixando um beijo em sua testa. Ele concordou e ela sorriu, agradecendo. Logo, minha mãe estava fora do nosso campo de visão, entrando rapidamente em seu carro e dando partida.
— O que está acontecendo com ela? — pensei em voz alta, recebendo um olhar confuso de Noah.
— O que há de errado? — ele perguntou, colocando uma panqueca inteira na boca.
— Ela está mais... Viva? — fiz uma pergunta retórica, vendo o loiro arquear as sobrancelhas. Tenho quase certeza que minha mãe conheceu alguém, ela está saindo cedo, voltando tarde. Ontem dormiu na casa de um amigo. Que amigo é esse que eu não conheço?
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