Um Amor Para Um Italiano

47 Um Novo Amanhecer e Promessas Não Ditas

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Lorenzo acordou sentindo algo úmido e macio em seu rosto. Ao abrir os olhos, deparou-se com sua filha, Isabella, sorrindo para ele, com uma de suas mãozinhas molhadas de baba tocando seu rosto e a outra enfiada na boca. Ao lado, Ana Lua dormia serenamente, o rosto tranquilo, como se, finalmente, tivesse encontrado a paz que tanto desejava.

— Bom dia, mia principessa — Lorenzo sussurrou para Isabella, sorrindo. Ele se levantou com cuidado, certificando-se de não acordar Ana, e foi ao banheiro rapidamente.

Ao voltar, Lorenzo pegou Isabella no colo e falou baixinho:

— Vamos deixar sua mamma descansar, enquanto eu cuido de você.

Lorenzo carregou Isabella até o quarto dela. Ele lhe deu um banho rápido, trocou sua roupa e a vestiu com algo mais confortável. Após isso, seguiu com a pequena em seus braços para a cozinha. Ao chegar, encontrou duas empregadas preparando o café.

— Poderiam preparar uma bandeja com tudo o que Ana gosta para o café da manhã? — pediu Lorenzo, enquanto segurava Isabella com uma expressão serena.

As empregadas imediatamente começaram a preparar a refeição. Lorenzo observava atento, ainda com a filha no colo. Nesse meio tempo, Eduardo entrou na cozinha, cumprimentando Lorenzo com um aceno de cabeça.

— Bom dia, Lorenzo.

— Bom dia, Eduardo.

Eduardo se aproximou, pedindo para Lorenzo conversar com ele um momento. Os dois se afastaram para um canto mais reservado da cozinha, enquanto Eduardo começava, hesitante:

— E a Ana Lua? Como ela está?

— Está descansando agora — respondeu Lorenzo, com um sorriso terno. — Ela precisa de tempo.

Eduardo suspirou, visivelmente preocupado.

— E Anthony?

Lorenzo endureceu o olhar.

— Está no galpão. Mais tarde, eu irei até lá.

— Eu vou com você. — Eduardo afirmou com convicção, seu olhar carregado de determinação.

Lorenzo olhou para ele por um momento, antes de perguntar:

— E sobre contar para Ana que você é o pai dela? Já decidiu quando vai fazer isso?

Eduardo baixou os olhos, respirando fundo.

— Não agora... Ela já passou por muito. Precisa de paz e descanso. Mas... — Eduardo hesitou, a voz vacilando. — Eu tenho medo de que ela me rejeite, de que não entenda por que eu deixei sua mãe.

Lorenzo colocou a mão no ombro de Eduardo, falando com firmeza:

— Minha mulher é a pessoa mais doce que você vai conhecer. Quando chegar a hora, ela vai entender. Talvez demore um pouco para aceitar tudo isso, mas ela nunca te rejeitaria.

Eduardo assentiu, tentando se acalmar.

— Espero que você esteja certo. — Ele murmurou, olhando para Isabella, que brincava tranquilamente no colo de Lorenzo.

Logo depois, Felipe entrou na cozinha, cumprimentando os dois com um sorriso.

— Bom dia, pessoal.

Lorenzo se virou para ele.

— Felipe, pode ficar com Bella um pouco? Preciso levar o café para Ana.

— Claro! — Felipe pegou Isabella, brincando com ela. — Olha só você, Bella, cada dia mais parecida com a sua mãe.