45 O Resgate de Ana

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Algumas horas antes, Lorenzo, Pierre, Marco, Eduardo e alguns dos soldados de Lorenzo estavam a caminho da localização fornecida por Paola. À medida que se afastavam da cidade, a estrada de terra, ladeada por árvores densas, parecia se estender infinitamente. Lorenzo, perdido em pensamentos, sentia a tensão crescendo a cada quilômetro. Ele torcia para que sua amada estivesse bem, sem nenhum arranhão. Se algo acontecesse com ela, Anthony sofreria uma tortura que poderia durar meses, talvez mais de um ano.

Pierre chamou Lorenzo, interrompendo seus pensamentos. "Lorenzo, estamos chegando. Vamos descer aqui. Estamos a poucos metros do local."

Lorenzo assentiu, sentindo um nó no estômago. "Certo, vamos surpreender Anthony e seus homens. Precisamos garantir a segurança da minha esposa."

Eles se moveram pelas árvores, vestidos de preto e com silenciadores em suas armas, aproximando-se de uma casa de dois andares não muito grande. Pelo que puderam ver, havia cerca de oito homens no local. Anthony, aparentemente, não tinha muitos homens trabalhando para ele, apenas alguns mercenários contratados.

Lorenzo sussurrou para os outros, "Vamos nos dividir. Marco e Pierre, venham comigo por este lado. Eduardo, você e os soldados vão pelo outro."

Eles se moveram silenciosamente, eliminando alguns dos homens de Anthony no caminho. Lorenzo chegou até a porta da casa e percebeu que estava trancada. Com força, ele forçou a fechadura, conseguindo abrir a porta. Dentro da casa, eles se dividiram novamente.

Pierre e Marco subiram as escadas, enquanto Eduardo e Lorenzo ficaram no andar de baixo. Lorenzo ouviu uma voz familiar vinda de uma sala próxima. Era Anthony. Aproximando-se da porta, ele ouviu Anthony ameaçando Ana Lua. Isso fez seu sangue ferver.

Lorenzo abriu a porta abruptamente. Anthony virou-se, surpreso. "Você?" ele exclamou.

Lorenzo, apontando a arma para ele, perguntou friamente, "Onde está a minha mulher?"

Anthony, cheio de raiva, respondeu, "Ela não é sua mulher. Ana é minha, sempre foi minha desde que a vi pela primeira vez há três anos."

Lorenzo deu um passo à frente, os olhos cheios de determinação. "Você acha que sequestrá-la e machucá-la vai fazer com que ela te ame? Você está enganado, Anthony. Isso só a faz ter medo de você. Ela não te ama, não sente nada por você... E sabe por quê? Porque sou eu quem ela ama. Sou eu o homem que ela tem em seu coração. É comigo que ela dorme todas as noites. Do mesmo jeito que ela é minha, eu sou dela também."

As palavras de Lorenzo inflamaram ainda mais a raiva de Anthony. "Cala a boca! Você é muito corajoso com uma arma na mão, não é?"

Lorenzo riu ironicamente. "Não seja por isso." Ele levantou as mãos, segurando a arma em uma delas, e lentamente se abaixou para colocá-la no chão, empurrando-a para o lado do balcão. Ele havia percebido que sua amada esposa estava ali, e ao se abaixar, viu os pés de Ana. Ela estava apreensiva, com medo do que Anthony poderia fazer com Lorenzo.

Quando Lorenzo se levantou, Anthony avançou sobre ele. Os dois entraram em uma luta corporal intensa. Ana, nervosa, pegou a arma de Lorenzo. Ela não tinha muita experiência com armas, exceto pelo único treinamento que fizera com ele após o atentado na clínica da obstetra.

Enquanto os dois homens trocavam socos e chutes, Pierre chegou à cozinha e viu Lorenzo dominando Anthony, desferindo vários golpes em seu rosto. Anthony já estava desmaiado quando Pierre tirou Lorenzo de cima dele.

"Lorenzo, o homem já está desmaiado. Guarde essa fúria para depois" disse Pierre, segurando Lorenzo pelo ombro.

Lorenzo, ofegante, percebeu que, se continuasse batendo em Anthony, o mataria e não poderia cumprir a promessa de torturá-lo. Ele ouviu um choro baixo e lembrou que Ana estava ali. Correndo até ela, Lorenzo pegou delicadamente o rosto dela com suas mãos sujas de sangue e olhou em seus olhos.

"Mia rosa, você está bem? Está machucada? Ele te machucou?" perguntou, a voz cheia de preocupação.

Ana apenas sussurrou, "Desculpa."

Lorenzo franziu o cenho, tentando entender. "Desculpa pelo quê,meu amor?"

"Eu tentei levantar para atirar em Anthony enquanto vocês brigavam, mas travei. Tive medo de acabar acertando você," explicou Ana, as lágrimas escorrendo pelo rosto.

Lorenzo a abraçou, sentindo o alívio inundá-lo. "Amor, eu estou bem. Levei alguns socos durante a briga, mas ele saiu mais machucado ainda."

Ana olhou para ele, ainda com medo. "Mesmo assim, tive medo que ele te machucasse mais... ou algo pior. Não consigo me imaginar sem você e sem nossa filha, meu amor."

Lorenzo suspirou, sentindo o calor em seu peito ao ver o quanto Ana o amava. "Sempre estarei aqui por você e por nossa filha, meu amor, eu prometo." Ele tirou o casaco e colocou nos ombros de Ana. Quando se preparava para carregá-la, ela pediu que esperasse um instante. Retirando a gargantilha do pescoço, jogou-a de lado.

Lorenzo a pegou no colo, vendo Pierre. "Pode ir na frente. Já informei Marco para vir me ajudar aqui," disse Pierre.

Lorenzo assentiu e saiu da casa com Ana nos braços, sentindo-se mais tranquilo por tê-la salvo. Do lado de fora, Eduardo e Marco chegaram com os soldados, e Marco entrou na casa com mais dois homens.

Eduardo, apreensivo, perguntou, "Como Ana está?"

"Ela ficará bem," respondeu Lorenzo, firme.

Eduardo queria abraçá-la e revelar que era seu pai, mas sabia que aquele não era o momento. Seguiu Lorenzo até o carro. Eduardo sentou-se no banco da frente, enquanto um dos homens de Lorenzo dirigia. Lorenzo estava no banco de trás, com Ana em seu colo, segurando-a e sentindo a necessidade constante de tocá-la, temendo que tudo não passasse de um sonho.

Ana percebeu a ansiedade de Lorenzo e sussurrou, "Estou aqui, meu amor. Vou ficar bem."

Lorenzo lhe deu um sorriso fraco. "Eu sei. É só que... parecia um pesadelo estar longe de você, sabendo que você corria perigo nas mãos daquele maluco. Tive medo de te perder para sempre. Cada segundo longe de você parecia uma eternidade, mia rosa."

Ana Lua o beijou carinhosamente. "Agora estamos juntos, e assim ficaremos."

Lorenzo a segurou ainda mais forte, aliviado por finalmente estarem a salvo, juntos.
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Um Amor Para Um ItalianoOnde histórias criam vida. Descubra agora