Um Amor Para Um Italiano

18 Flores e Promessas

Um mês havia se passado desde que Ana saíra do hospital. Todos os dias, Lorenzo lhe enviava um buquê de rosas azuis. No primeiro dia, o buquê veio com um cartão explicando o significado delas: "As rosas azuis são dadas como presente para presentear sentimentos bons, admiração, amor eterno e raro." Nos dias seguintes, cada buquê vinha acompanhado de um bilhete expressando o quanto ele a amava ou relembrando algum momento especial que haviam compartilhado juntos.

Hoje seria a primeira ultrassonografia de Ana. Lorenzo fez questão de acompanhá-la. Ele esperava ansioso na entrada do prédio. Quando a viu sair, sentiu uma emoção muito forte e uma grande saudade. Eles se cumprimentaram educadamente, sem trocar muitas palavras, embora ambos quisessem se abraçar e se beijar até saciar toda a saudade. Ana se conteve porque ainda estava magoada com Lorenzo; Lorenzo se conteve porque sabia que precisava reconquistá-la aos poucos.

No consultório, a recepcionista os guiou até a sala de espera. Eles permaneceram em silêncio, mas Lorenzo não conseguia deixar de observar Ana Lua. Ana percebeu que ele a olhava, mas não teve coragem de retribuir o olhar. Ela sabia que, se o fizesse, não resistiria e se jogaria nos braços do homem que tanto amava.

Não demorou muito para que a médica os chamasse. Ela verificou os exames de Ana Lua e, em seguida, começou a explicar detalhadamente.

— Ana, seus exames de sangue mostram que você está com níveis ótimos de ferro e vitamina D, o que é excelente para o desenvolvimento do bebê. — A médica, Dra. Caterina, sorriu. — Vamos continuar monitorando esses níveis ao longo da gravidez.

Ana assentiu, um pouco nervosa.

— E sobre o bebê? Está tudo bem com ele? — perguntou Lorenzo, tentando esconder sua ansiedade.

— Sim, o bebê está bem. — Dra. Caterina assegurou. — Agora, Ana, vamos fazer o ultrassom para verificar o desenvolvimento do bebê.

Dra. Caterina preparou o equipamento e começou o ultrassom. A tela mostrou uma imagem clara do bebê.

— Aqui está ele. — A médica apontou para a tela. — O bebê está com aproximadamente 12 semanas de gestação. Tudo parece perfeito. E agora, vou deixar vocês ouvirem o coraçãozinho.

Quando o som do coração do bebê encheu a sala, Lorenzo e Ana ficaram emocionados. Lorenzo segurou a mão de Ana, e ela não se afastou.

— É incrível... — Ana murmurou, com lágrimas nos olhos.

— Sim, é um som maravilhoso. — Dra. Caterina sorriu. — O coração do bebê está forte e regular, o que é um ótimo sinal. Vamos continuar monitorando o crescimento e desenvolvimento, mas até agora, tudo está indo muito bem.

Depois de saírem do consultório, ainda no carro, Ana pediu para Lorenzo parar.

— Você está bem? — Lorenzo perguntou, preocupado.

— Estou. É que estamos passando perto de uma gelateria que eu amo e... — ela sorriu timidamente — me deu muita vontade de tomar um gelato.

Lorenzo sorriu de volta e estacionou o carro. — Claro, minha rosa. Vamos lá.

Eles entraram na gelateria. Ana pediu um gelato de Stracciatella (baunilha com pedaços de chocolate) e outro de Frutti di Bosco (frutas vermelhas). Lorenzo a observava enquanto ela tomava o gelato.

— Quer um pouco? — Ana ofereceu, estendendo o gelato para ele.

— Não, estou bem. — Ele hesitou, mas ao ver a insistência dela, cedeu e provou um pouco do gelato. — Está delicioso.

— Eu sei — ela disse com um sorriso.

Depois do dia maravilhoso que tiveram, Lorenzo foi para a casa de Pierre. Desde que tudo acontecera, ele evitava ir para a mansão por conta das lembranças dolorosas. Ele havia feito um juramento para si mesmo: só voltaria para lá com sua Ana Lua nos braços, e ele estava determinado a cumprir essa promessa.