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Lorenzo insistia em levar Ana Lua ao hospital, seus olhos demonstrando uma preocupação silenciosa enquanto a segurava firmemente no banco de trás do carro. À frente, um dos soldados encarregado de dirigir, mantinha os olhos na estrada, atento e em silêncio.
— Eu preciso ter certeza de que você está bem, Ana. — Lorenzo falou suavemente, mas a tensão em sua voz era inconfundível.
Ana Lua, ainda fraca, encostou a cabeça no peito dele, sentindo o conforto no calor de seus braços. Mesmo com os eventos recentes gravados em sua mente, a presença dele trazia uma sensação de segurança que ela tanto desejava.
— Eu estou bem agora que estou com você, Lorenzo. Só quero ir para casa, tomar um banho e ficar com nossa filha. — Ela suspirou, como se aquelas palavras pudessem curar as feridas internas.
Lorenzo afagou seus cabelos, beijando sua testa com delicadeza.
— Quando chegarmos, eu vou preparar seu banho. Depois, ficaremos juntos... eu, você, e Isabella, como uma família. — Ele sussurrou em seu ouvido, uma promessa silenciosa.
— Isso é tudo que eu quero... só nós três. — Ana sorriu levemente, embora ainda cansada.
No banco da frente, Eduardo, o pai biológico de Ana Lua, observava pelo retrovisor a troca íntima entre o casal. Seu coração estava pesado com o dilema que o consumia. A filha que ele amava, mas que nunca conheceu verdadeiramente como pai, estava ali, a poucos metros de distância, sem saber a verdade.
"Como vou contar isso a ela?", Eduardo pensava, sua mente atormentada pela dúvida. "E se ela me rejeitar? E se me odiar por ter desaparecido de sua vida?" Seu estômago revirava, mas ele sabia que o momento da verdade estava cada vez mais próximo.
Assim que o carro parou na frente da mansão, Lorenzo saiu, ignorando qualquer protesto de Ana Lua, pegando-a cuidadosamente em seus braços.
— Lorenzo, eu posso andar... — Ela protestou, meio rindo.
Ele balançou a cabeça, determinado.
— Nem pensar. Você vai descansar. — Lorenzo caminhava com ela em direção à porta da mansão, seus passos firmes e rápidos.
Ao entrarem, ele subiu direto para o quarto. Ana Lua sabia que discutir com ele seria inútil, então se aninhou em seus braços, sentindo-se amada, protegida. Ao chegarem no quarto, Lorenzo a colocou suavemente no chão, já começando a preparar um banho para ela.
— Vou encher a banheira para você relaxar.
— Lorenzo, não precisa... — Ana Lua o interrompeu. — Um banho de chuveiro já está ótimo. Só quero me limpar e descansar.
Lorenzo a ajudou a despir-se com todo cuidado, como se estivesse lidando com algo frágil. Quando a deixou debaixo do chuveiro, ele foi ao closet buscar roupas confortáveis para ambos. Mas, quando voltou ao banheiro, ouviu o som abafado de um choro.
Seu coração apertou. Ele largou as roupas no chão e rapidamente entrou no box de vidro, deparando-se com Ana Lua esfregando a esponja com uma força quase dolorosa em sua própria pele. O desespero nos olhos dela o cortou como uma faca.
— Ana... — Lorenzo sussurrou, seus punhos cerrados ao lembrar do que Anthony tinha feito a ela.
O sangue de Lorenzo fervia ao imaginar as mãos de Anthony sobre o corpo de Ana. A raiva tomava conta de seus pensamentos. Ele sentia cada pedaço de sua alma gritar por vingança, por justiça. "Aquele desgraçado vai pagar caro por isso", ele pensou, seus olhos se enchendo de fúria. Mas ele sabia que agora, naquele momento, Ana precisava de sua gentileza, e não de sua raiva.
Respirando fundo, Lorenzo pegou delicadamente a esponja das mãos de Ana Lua.
— Deixa que eu cuido de você. — Ele falou baixinho, começando a ensaboá-la com uma suavidade que só ela conhecia, sem nenhuma intenção além de acalmá-la.
Ela soluçou, deixando as lágrimas escorrerem livremente pelo rosto.
— Ele... ele me tocou, Lorenzo. — A voz dela falhava, como se as palavras fossem uma luta. — Ele tocou meu corpo... beijou meu pescoço. — Ana fechou os olhos, como se revivesse o terror. — Quando ele tentou algo mais... eu enfiei uma tesoura nas costas dele.
Lorenzo parou, seus olhos se encheram de lágrimas de dor e raiva. Ele a puxou para seus braços, abraçando-a firmemente.
— Eu sinto muito, Ana. Me perdoa... eu falhei com você. Eu prometi te proteger e... não consegui.
Ana Lua, com os olhos ainda marejados, afastou-se um pouco, segurando o rosto de Lorenzo entre as mãos.
— Isso não foi culpa sua meu amor. Anthony faria isso a qualquer momento. Não há como prever um monstro.
Ele fechou os olhos, respirando fundo.
— Eu não te traí, mia rosa . Tudo aquilo com Paola foi armado. Anthony...
— Eu sei. — Ana o interrompeu, sua voz mais firme agora. — Paola estava lá. Eu a vi receber o dinheiro dele.
Depois do banho, Lorenzo a vestiu com roupas confortáveis e a colocou na cama. Ele então foi ao quarto de Isabella. Ao chegar, viu Felipe e Sara terminando de trocá-la. Ambos olharam para ele, claramente preocupados.
— E Ana? — Felipe perguntou.
— Ela está descansando. — Lorenzo sorriu, mas ainda carregava o peso da preocupação em seu semblante.
— Podemos vê-la? — Sara perguntou, ansiosa.
Lorenzo balançou a cabeça suavemente.
— Amanhã. Agora, ela precisa descansar. Vocês podem ficar com ela o dia inteiro depois.
Com Isabella nos braços, Lorenzo saiu do quarto e encontrou Eduardo no corredor, observando de longe. Eduardo, sem saber o que dizer, apenas assentiu.
— Pode dormir aqui esta noite, Eduardo. Já está tarde. — Lorenzo falou gentilmente.
— Obrigado... — Eduardo respondeu, antes de se virar para sair.
Lorenzo o chamou de volta, sua voz séria.
— E obrigado por tudo, Eduardo. — Seus olhos brilharam com uma gratidão silenciosa.
Eduardo respirou fundo, tentando controlar a emoção que o dominava.
— Eu faria qualquer coisa por minha filha.
Lorenzo apenas assentiu, antes de retornar ao quarto.
Quando Ana Lua viu Lorenzo entrar com Isabella nos braços, seus olhos se encheram de lágrimas. Lorenzo colocou a pequena nos braços dela, e Ana Lua a segurou com força, como se estivesse reconectando com a vida.
— Eu te amo tanto, minha princesa... — Ana Lua sussurrou entre lágrimas, beijando a testa da filha.
Ela levantou os olhos para Lorenzo, ainda emocionada.
— Tive tanto medo de não ver vocês de novo... — disse, a voz quebrada pela emoção.
Lorenzo a abraçou de novo, sentindo o peso daquele momento.
— Está tudo bem agora. Eu estou aqui. Nós estamos juntos.
Mais tarde, quando Ana e Isabella adormeceram em seus braços, Lorenzo ficou acordado, observando-as. O alívio por ter sua amada e sua filha de volta enchia seu coração, mas a raiva contra Anthony ainda queimava dentro dele. Ele sabia que não descansaria até vingar cada lágrima de Ana.
“Por cada dor, cada medo, cada lágrima que você derramou, Anthony vai pagar.”
E antes que o sono o vencesse, Lorenzo fez uma promessa silenciosa a si mesmo: ele não descansaria até que Anthony sofresse por tudo.
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Um Amor Para Um Italiano
FanfictionLorenzo Gambino um empresário e mafioso Ana Lua uma brasileira que mora em Roma dona de uma doceria Em uma noite em uma boate se encontram Lorenzo fica encantado pela doce brasileira , Ana sente uma forte atração pelo italiano de olhos azuis. Ela q...