42 Medo e Desespero

28 4 1
                                    

💜💜💜**

Anthony começou a se aproximar de Ana, que recuava até encostar-se à parede. Mesmo tomada pelo medo, Ana conseguiu falar:

"Afaste-se de mim, Anthony!"

Anthony soltou uma risada irônica. "Esperei por esse momento por muito tempo," disse ele, seus olhos brilhando com uma obsessão assustadora.

Ana franziu a testa, confusa. "O que você está falando?"

Anthony então revelou: "A primeira vez que te vi foi há três anos, quando você ainda começava sua vida em Roma como garçonete, ao lado de Felipe. Assim que te vi na cafeteria, achei que estava diante de um anjo. Desde então, passei a acompanhar tudo sobre você, desde a conquista da doceria até as vezes que você saía com outros homens."

Ana arregalou os olhos. "Você é louco!"

"Você me deixa louco," Anthony respondeu, a voz carregada de desejo. "Fiquei com tanta raiva de ver Lorenzo ao seu lado. Só não o eliminei como fiz com os outros homens porque ele é poderoso, diferente dos outros."

Ana estava em choque.

Anthony tentou pegar a mão de Ana, mas ela se afastou, encostando-se ainda mais na parede. Ele a prendeu, cheirando seu pescoço, causando-lhe repulsa. "Você foi feita para ser minha," sussurrou.

De repente, flashes do dia em que foi sequestrada invadiram a mente de Ana. O toque nojento era o mesmo do homem que rasgou sua blusa e quebrou seu braço. Ela começou a se debater nos braços de Anthony, gritando:

"Você! Você é o desgraçado que me sequestrou!"

Anthony riu. "Pensei que nunca se lembraria de mim, minha rainha. Ainda guardo a sua blusa como lembrança."

Ana começou a chorar e implorar: "Por favor, me solte."

Anthony acariciou seu cabelo, fazendo-a se encolher ainda mais. "Fique tranquila, meu amor. Você só será punida se não me obedecer. Naquele dia, não medi minha força e acabei quebrando seu braço porque você me deixou com tanta raiva por preferir Lorenzo."

Ana, com a voz trêmula, implorou: "Por favor, Anthony, deixe-me ir. Tenho uma filha que ainda é um bebê, ela precisa de mim."

Anthony respondeu friamente: "Se quiser, posso mandar buscá-la da mansão."

Desesperada, Ana gritou: "NÃO!"

Anthony sorriu, satisfeito. "Ótimo, meu amor. Não quero dividir sua atenção com ninguém, nem mesmo com sua filha. Pelo menos Lorenzo terá alguma lembrança sua."

Ana sentiu uma ânsia de vômito, a repulsa tomando conta de seu corpo. Nesse momento, alguém entrou na sala. Anthony, contrariado, se afastou para ver quem era. Ana sentiu um alívio momentâneo ao ver Paola, a secretária de Lorenzo.

Paola falou com desdém: "Cumpri meu serviço. Estou aqui para buscar a outra parte do pagamento."

Anthony, visivelmente irritado, disse: "Espere na sala. Vou buscar o dinheiro. E não chegue perto de Ana."

Paola soltou uma risada. "Não ganho nada com isso. Meu serviço já foi feito."

Anthony saiu, deixando as duas sozinhas. Ana, tentando entender, perguntou: "Quem é você, Paola?"

Paola respondeu friamente: "Sou contratada para fazer alguns serviços sujos."

Ana, com nojo, perguntou: "Como você consegue dormir à noite, sabendo que tem sangue nas mãos?"

Paola riu. "Durmo muito bem, enrolada em lençóis de seda e dinheiro. Neste mundo, compaixão é fraqueza."

Ana a olhou fixamente. "Sabe qual a diferença entre mim e o Anthony e Lorenzo? Eu não me apaixono. Apaixonar-se te deixa burro e fraco. E veja só, dois homens poderosos se tornaram burros e fracos. Enquanto isso, eu fico mais rica. Um dos dois, ou até mesmo os dois, acabarão morrendo por causa desse sentimento ridículo."

Ana se aproximou de Paola e sussurrou: "Se dinheiro é o que te move, por favor, encontre Lorenzo e diga onde estou. Em troca, peça que ele te pague."

Paola riu, mas antes que pudesse responder, Anthony voltou com um envelope de dinheiro. "O que está acontecendo aqui?" ele perguntou.

Ana rapidamente respondeu: "Nada."

Anthony, desconfiado, entregou o envelope a Paola, que saiu da sala. Anthony se voltou para Ana. "Meu amor, suba para o quarto, tome um banho e desça para o jantar. Estarei te esperando."

Ana tentou recusar. "Estou sem fome."

Anthony se aproximou, sua voz calma, mas ameaçadora. "Ana, suba, tome um banho e desça para o jantar. Ou eu mesmo subirei e te darei um banho."

Com medo, Ana subiu para o quarto. No banheiro, começou a chorar, sentindo-se presa e desamparada.

💜💜💜💜

Um Amor Para Um ItalianoOnde histórias criam vida. Descubra agora