13 Despertar Doloroso

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Felipe chegou ao hospital logo pela manhã, ansioso para ver sua amiga. Ao entrar no quarto de Ana, encontrou-a acordando, os olhos ainda pesados pela dor e confusão. "Querida, você está bem?", perguntou, a voz cheia de preocupação.

Ana virou-se para ele, o olhar triste e distante. Antes que Felipe pudesse falar mais, ele chamou uma enfermeira que estava por perto. "Vou chamar o doutor," disse a enfermeira antes de sair apressada.

Felipe segurou a mão de Ana, sentindo a fragilidade e a tensão nela. "O que você tanto pensa?", perguntou suavemente.

Ana suspirou profundamente. "Não quero mais ter nada com Lorenzo," disse, sua voz carregada de tristeza.

Felipe franziu o cenho, surpreso. "Mas você estava completamente apaixonada por ele, Ana. O que aconteceu?"

Antes que Ana pudesse responder, o médico entrou no quarto. Ele se aproximou, começando a examiná-la com cuidado. "Você lembra de alguma coisa do sequestro?", perguntou o médico, a voz calma e profissional.

Ana balançou a cabeça. "Tenho alguns flashes de memória, mas tudo é muito confuso."

O médico assentiu, compreensivo. "Isso é normal. Seu corpo e mente passaram por um grande trauma. Não force sua memória agora, você precisa evitar fortes emoções."

Felipe, percebendo a seriedade da situação, perguntou: "Por quê? O que está acontecendo?"

O médico olhou para Felipe e depois para Ana. "É por conta da gravidez. Está ainda no início, e você precisa de repouso e calma."

Ana arregalou os olhos, tentando assimilar a notícia. Ela começou a chorar silenciosamente, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Felipe a abraçou firmemente. "Vai ficar tudo bem amiga. Eu estou aqui com você, não vou te abandonar."

Naquele momento, Lorenzo entrou no quarto, o rosto marcado pela preocupação e pelo cansaço. Ele se aproximou rapidamente, mas o médico interveio. "Preciso fazer mais alguns exames," disse, olhando para Ana.

Ela enxugou as lágrimas e, com voz firme, falou: "Eu só vou fazer os exames depois que Lorenzo sair. Não estou com cabeça para conversar agora."

Lorenzo parou, confuso e ferido. "La Mia Rosa per favore..."

Ana levantou a mão, interrompendo-o. "Por favor, Lorenzo. Não agora. Só saia."

Felipe ficou ao lado de Ana, olhando fixamente para Lorenzo. "Acho melhor você respeitar a vontade dela."

Lorenzo hesitou, a dor evidente em seus olhos, mas finalmente assentiu. "Está bem. Eu vou sair. Mas estarei aqui fora, esperando."

Ele saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Ana respirou fundo, tentando acalmar-se. O médico se aproximou novamente, falando com a mesma calma de antes. "Vamos continuar os exames, Ana. Precisamos garantir que você e o bebê estejam bem."

Ana assentiu, sentindo o apoio de Felipe ao seu lado. Apesar da dor e da confusão, ela sabia que não estava sozinha. E isso, por enquanto, era o que mais importava.

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