3 A Caçada Começa

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Lorenzo acordou na manhã seguinte determinado a encontrar Ana. Ele não era homem de deixar as coisas pela metade, e aquela noite havia sido apenas o começo. Com o bilhete dela ainda em mãos, ele ligou para seu consigliere e melhor amigo, Pierre.

Pierre chegou ao apartamento de Lorenzo em questão de minutos. Um homem elegante e sagaz. "Lorenzo, você me acorda cedo num domingo, deve ser importante," ele disse, sorrindo enquanto se sentava no sofá.

"É muito importante," Lorenzo respondeu, entregando o bilhete a Pierre. "Preciso encontrar essa mulher."

Pierre leu o bilhete, levantando uma sobrancelha. "Ana Lua... Um nome bonito. Parece que você teve uma noite interessante."

"Foi mais do que interessante," Lorenzo murmurou, seu olhar distante. "Ela é diferente, Pierre. Eu quero mais do que uma noite com ela. Eu a quero para sempre."

Pierre olhou para seu amigo, percebendo a seriedade em seus olhos. "Muito bem, vamos encontrá-la. O que você sabe sobre ela?"

Lorenzo começou a listar os detalhes que havia descoberto na noite anterior. "Ela é brasileira, dona de uma doceria aqui em Roma. Mencionou um amigo chamado Felipe. Isso é tudo que eu tenho."

Pierre assentiu, já começando a traçar um plano em sua mente. "Isso é suficiente para começar. Vamos encontrar essa doceria e ver onde isso nos leva."

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Enquanto Pierre começava suas investigações, Lorenzo não conseguia deixar de pensar em Ana. Ele se via constantemente distraído, imaginando seu futuro ao lado dela.

Lorenzo se pegava sonhando acordado, visualizando cenas surreais de seu futuro com Ana. "Eu posso vê-la na cozinha, preparando doces deliciosos enquanto nossos filhos brincam ao redor," ele pensava, um sorriso tolo surgindo em seus lábios.

"Senhor Gambino, você está bem?" perguntou um de seus soldados ao vê-lo perdido em pensamentos.

Lorenzo balançou a cabeça, voltando à realidade. "Sim, sim. Apenas pensando."

"Em negócios, claro," o soldado respondeu, presumindo a seriedade de seu chefe.

"Negócios... Claro," Lorenzo respondeu, mas por dentro ria de si mesmo. "Negócios de amor, talvez."

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Depois de algumas horas de investigação, Pierre voltou com boas notícias. "Encontrei a doceria. É um lugar charmoso, bem movimentado. E sim, há um tal de Felipe que parece ser muito próximo de Ana."

Lorenzo sentiu um alívio e uma excitação crescerem dentro de si. "Ótimo. Vamos lá agora."

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Quando chegaram à doceria, Lorenzo parou na porta, observando Ana através da janela. Ela estava atrás do balcão, rindo de algo que Felipe havia dito. O coração de Lorenzo bateu mais rápido, e ele respirou fundo antes de entrar.

Ana estava atendendo um cliente quando viu Lorenzo entrar. Seu coração disparou, mas ela manteve a compostura. "Bom dia, senhor Gambino," ela disse formalmente, embora seus olhos mostrassem uma mistura de surpresa e emoção.

Lorenzo sorriu, aproximando-se do balcão. "Bom dia, Ana. Vim provar seus doces. Me disseram que são os melhores de Roma."

Felipe, percebendo a tensão, sorriu de maneira travessa. "Ah, então é você o famoso Lorenzo. Ana não parou de falar sobre você desde ontem."

Ana deu uma cotovelada em Felipe, corando. "Felipe!"

Lorenzo riu, gostando da amizade entre eles. "É um prazer conhecê-lo, Felipe. E Ana, não sabia que eu tinha causado tanta impressão."

"Você é inesquecível," Ana murmurou, desviando o olhar.

Lorenzo aproveitou a oportunidade para explorar mais. "Ana, podemos conversar? Gostaria de saber mais sobre você, além dos seus talentos como confeiteira."

Ana hesitou, mas o olhar sincero de Lorenzo a convenceu. "Claro, podemos conversar. Felipe, você cuida da loja por um tempo?"

"Com prazer," Felipe respondeu, piscando para Ana.

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Sentados em uma mesa no fundo da doceria, Lorenzo e Ana começaram a conversar. Lorenzo foi honesto sobre seus sentimentos, sua determinação em vê-la novamente e o desejo de conhecer mais sobre ela.

Ana, embora cautelosa, começou a relaxar ao perceber que Lorenzo estava realmente interessado nela e não apenas em uma aventura. "Você é muito determinado, Lorenzo."

"Quando eu quero algo, vou atrás," ele disse, segurando a mão dela. "E eu quero você, Ana. Não apenas por uma noite, mas para sempre."

Ana sentiu um arrepio ao ouvir aquelas palavras. Havia algo em Lorenzo que a atraía profundamente, uma mistura de força e vulnerabilidade que a fazia sentir-se segura e desejada.

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Enquanto conversavam, Lorenzo se via imaginando cenas cotidianas com Ana. "Imagino nós dois indo ao mercado juntos, brigando por qual molho de tomate comprar," ele pensou, rindo internamente. "E depois fazendo as pazes com um beijo."

"Você está sorrindo de novo," Ana comentou, curiosa. "O que está pensando?"

"Em nosso futuro," Lorenzo respondeu sinceramente. "Um futuro onde estamos juntos, enfrentando tudo, inclusive as escolhas difíceis de molho de tomate."

Ana riu, sentindo-se mais à vontade. "Você é um sonhador, Lorenzo."

"Talvez," ele disse, apertando a mão dela levemente. "Mas sonhadores fazem o impossível se tornar realidade."

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A busca de Lorenzo por Ana não era apenas um esforço para conquistar uma mulher. Era uma jornada para encontrar algo que ele nem sabia que estava procurando: um amor verdadeiro e uma vida completa. Com  a sua determinação inabalável , ele estava determinado a fazer Ana ver que eles estavam destinados a estar juntos.

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Um Amor Para Um ItalianoOnde histórias criam vida. Descubra agora