Capítulo 10: Bailarina.

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Eu enlouqueci?!

Sério, eu beijei Dan Lahham perto das prateleiras daquela biblioteca, nos seus braços fortes e arranhando sua nuca. Não foi um beijo calmo ou um simples selinho, foi um beijo selvagem e ofegante. Ele apertou meu traseiro de uma forma agressiva, também parecia meio obsessivo. Suas mãos não tremeram em nenhum segundo, haviam veias soltas em suas mãos gloriosas e sedentas.

Angel Gardel, qual o seu problema?

Não irei conseguir olhar para a cara dele, sentirei vergonha pelo resto da vida. Na minha mente, eu perderia o BV em um momento romântico, sei lá, talvez numa praia ensolarada; um túnel do amor, cheios de corações flutuantes e mágicos; talvez na varanda, segurando buquês de rosas lindíssimas, ou até mesmo no meu quarto, beijando em cima da cama com os travesseiros macios. Eu imaginava tudo isso, menos beijar o delinquente em uma biblioteca da escola.

Não tivemos paixão. Tivemos química, uma química maior que a tabela periódica.

Sim, estou exagerando. Mas não me culpem! Eu acabei de beijar o garoto que todo mundo sente medo. Pode ser até errado, porém, não posso negar o quanto eu gostei dos seus lábios nos meus. Agora eu entendo sua fama com às garotas, ele sabe beijar perfeitamente, imagina na cama.

Espera, não! Angel Gardel, você endoidou?!

Depois daquela ligação tremenda com a mamãe, eu segurei o choro o resto da caminhada de volta para casa. Estou andando na rua fria, segurando os meus livros contra o peito, a bolsinha de balé sendo segurava pelas alças nos ombros finos. Estava abalada. Penso que nestas horas eu poderia estar dançando magicamente no estúdio.

Paro de andar ao escutar a musiquinha do Justin Bieber sendo tocada pela ligação, o celular vibrava na bolsa da saia. Eu suspiro, lendo o nome da minha professora de balé, quer dizer, ela não é mais minha professora de balé, já que eu saí do estúdio.

— Angel Gardel. Por que não chegou no estúdio?! — Ela fala alto na ligação.

Eu amo ela, porque ela sempre me apoia em tudo.

— Mamãe não vai mais pagar o estúdio, lembra? — Falo cabisbaixa.

— Querida, estou confusa.

Franzo as sobrancelhas confusamente, perguntando logo em seguida:

— Por que?

— Angel, um garoto chamado Dan Lahham pagou sua parte hoje. — Suspirou levemente. — Chegue logo, ok? Está 15 minutos atrasada. — Assim, sem mais nem menos, ela desliga a ligação.

Eu seguro o celular no lado dos meus quadris, sendo segurada pela mão direita. Fiquei cinco minutos parada no meio da rua e com os olhos arregalados, sem acreditar naquilo. Não pensei que ele havia falado sério naquela hora, pensei que tinha saído da boca pra fora.
Meu celular captava uma mensagem, era um número desconhecido. Mas eu sabia quem realmente era, percebendo só pela simples mensagem:

LahhamOnde histórias criam vida. Descubra agora