Angel Gardel, uma belíssima garota e carismática, com medo de decepcionar sua mãe narcisista e ser o maior desprezo para sua família. Angel é uma garota dedicada em seus estudos, educada com todos em seu redor, uma pobre garota medrosa e fã de livro...
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Depois de ontem à noite, Dan foi embora e se despediu com um beijo lindo e profundo, saboreando cada gostinho da minha boca carnuda. Ele prometeu que iria na biblioteca comigo depois das aulas, mesmo detestando livros.
Tadinho, não consigo esquecer do seu passado sombrio, não consigo imaginar a dor que ele sofreu, tendo apenas sete anos de idade e perdendo a própria mãe na sua frente.
— Terra chamando Angel. — Milabem estala os dedos perto do meu resto, me puxando de volta para realidade.
Pisco os olhos, tirando a mão do queixo e encarando Milabem, as sobrancelhas levantadas pela confusão.
— Você anda bem distraída ultimamente. Aconteceu alguma coisa? — Perguntou curiosa, a cabeça inclinada para o lado.
Não sei. Talvez?
Droga, é claro que eu ando distraída nesses últimos dias, isso tudo por não conseguir tirar um certo encrenqueiro na mente.
— Não, apenas pensando sobre o balé. — Dou um risinho descontraído, tentando não ser descoberta pelos olhares desconfiados da Mad.
— Hum, sei. — Olhou desconfiada, mas parou após uns segundos.
Ufa. Ainda bem
— Enfim, continuando. — Suspirou. — Maicon e eu vamos em uma festa de piscina, vai ser neste domingo. Você quer ir também? — Disse alegremente, batendo as palmas animada.
Não!
— Endoidou?!
— Não? Bom, talvez. — Soltou uma risadinha de criança afrontosa. — Vamos lá, Angel. Prometo não deixá-la mais sozinha em lugares assim, deixe-me recompensar depois daquela vez horrível.
Ficou com um biquinho, as mãos juntas como uma forma de oração e os olhos piscando repetidamente. Essa não, ela está fazendo a carinha de arrependimento e imploração.
Como dizer não para essa carinha?
Solto um suspiro, concordando levemente com a cabeça e revirando os olhos.
— Tudo bem, Milabem. Mas você que terá que insistir pra minha mãe deixar. E nem pense em me deixar sozinha como naquela vez. — Aponto o dedo indicador nela, cedendo o seu pedido.
Milabem pula da cadeira animadamente, batendo suas mãos igual uma criança comemorando a festa de aniversário. Sua saia azul batia até seus joelhos; vestida com um suéter branco e curto, deixando a barriga escura evidente. Seus cabelos agora estão como dreads com as cores azuis. Ela mesma faz com sua mãe, sua mãe já foi trancista.
