Angel Gardel, uma belíssima garota e carismática, com medo de decepcionar sua mãe narcisista e ser o maior desprezo para sua família. Angel é uma garota dedicada em seus estudos, educada com todos em seu redor, uma pobre garota medrosa e fã de livro...
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Milabem ficou completamente louca, ainda por culpa de um boca aberta. Milabem nunca foi uma garota emocionada, pelo fato dela mesma emocionar os outros. Tantos garotos bonitos e impressionantes que ela já ficou, agora ela se emociona por um bocó?
— Eu estou convidando Angel para dormir lá em casa. Se a senhora permitir, prometerei que irei cuida-lá adequadamente e sem perigo algum. — Milabem falou para minha mãe.
Não sei como começou esse momento constrangedor, só sei que nós três estamos paradas na cozinha de casa e eu estou nervosa. Minha mãe está na nossa frente, usando um vestido amarelado e de braços cruzados, encarando eu e Milabem seriamente.
Milabem apenas permanece parada do meu lado, com um sorriso convencido nos seus lábios carnudos e olhando para minha mãe, enquanto tenta convencê-la de permitir eu "dormir" na casa dela.
Madbom disse que seria melhor mentir para minha mãe, porque ela nunca iria permitir se contássemos a verdade. Por isso, Madbom teve a brilhante ideia de falar que eu iria dormir na casa dela, já que adormeci lá várias e várias vezes.
— Dia, horários e rotina. — Minha mãe respondeu sem pensar duas vezes, com seu típico interrogatório.
Ótimo, agora sim eu fiquei nervosa.
— Sábado. Mandarei todos os horários de rotina por mensagens. — Milabem respondeu com um sorriso leve. Não sei como ela consegue inventar mentiras na hora. Bem, ela vive inventando mentiras para mãe dela na hora de sair.
— Quero fotos também.
Milabem e eu engolimos o seco na hora, mas Milabem soube disfarçar melhor.
— Claro.
Sim, Milabem enlouqueceu.
— Olha para mim. — Mamãe disse, me encarando rígida. Engulo o seco, olhando-a logo em seguida e encolhida, minhas mãos trêmulas e os lábios secos.
— Voltará para casa no domingo, às 09:00 da manhã e sem atrasos. — Ordenou, apontando o dedo na minha cara.
Engulo secamente, concordando levemente com a cabeça, olhando o chão pelo medo. — Sim, prometo chegar na hora certa. — Respondo angustiada.
— Se você se atrasar, irei tirar você do estúdio de balé.
Meus lábios ficaram secos, tentava não demonstrar o medo e a nervosidade em seus olhos furiosos.
