Angel Gardel, uma belíssima garota e carismática, com medo de decepcionar sua mãe narcisista e ser o maior desprezo para sua família. Angel é uma garota dedicada em seus estudos, educada com todos em seu redor, uma pobre garota medrosa e fã de livro...
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— Dan? — Pergunto outra vez, sem tirar a expressão confusa do rosto.
Fui surpreendida ao ver o Dan pular da minha janela e aparecer do nada no meu quarto, como se fosse o Batman. Droga, meu rosto deve estar todo vermelho por causa do choro.
— Caceta, Angel. — Ouço a voz rouca, em um tom de sussurro.
Dan não me deixa explicar, se aproximando de mim, abaixando o tronco para conseguir ficar do meu tamanho e acariciar o meu rosto molhado. Suas mãos grandes faziam um carinho leve nas minhas bochechas molhadas e rosadas, deixando a pele quente ao seu dispor. Os olhos negros não desfocavam dos meus olhos claros, analisando cada pedacinho do meu ser.
— O que aconteceu, meu amor?
Meu amor.
Essa não, eu não posso contar a verdade, Dan iria surtar na hora. Eu conheço ele, a raiva dele é absurda, principalmente o seu instinto protetor. Irei inventar alguma mentira, é a melhor opção.
— Nada. — Sorrio levemente, admirando a sua beleza.
Ele é tão lindo.
— Pequena, eu sei que aconteceu alguma coisa com você. Me conta, eu quero saber. — Disse, paciente.
Tenta inventar uma mentira, Angel.
— Eu andei distraída e a porta acabou batendo na minha cara, apenas isso. — Olho para o lado, não encarando os seus olhos no momento que eu menti.
Muito inteligente, Angel Gardel, muito inteligente. Nem uma criança de cinco anos acreditaria na sua mentira esfarrapada.
Engulo o seco ao notar Dan travar a mandíbula. Lahham estava ficando irritado, ele havia notado que eu estava mentindo na cara dura. Se fosse qualquer pessoa mentindo para ele, Dan não esperaria um minuto para gritar na cara da pessoa. Mas, como era eu mentindo, ele parecia se segurar para não gritar comigo, não querendo me deixar assustada por culpa dele.
— Princesa, eu sei quando você está mentindo. — Cochichou, aproximando sua face da minha.
Sua respiração quente atravessava no meu rosto avermelhado, me dando arrepios inexplicáveis no corpo. Sua mão direita desce para a minha cintura fina, enquanto a mão esquerda continua acariciando o meu rosto com graciosidade.
— Eu não estou mentindo. — Discordo, não acreditando nas minhas próprias palavras.
