Vigésimo Oitavo

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Anahí acordou na manhã seguinte com os primeiros raios de sol entrando pelas cortinas brancas de linho do quarto. O aroma suave de café fresco invadia o ambiente, misturado com o som de uma música italiana tocando ao longe, algo leve e melódico, que parecia se fundir perfeitamente com o cenário paradisíaco da Costa Amalfitana. Ela piscou lentamente, ainda sentindo o resquício de sono, mas também uma sensação de calma que há muito não experimentava. Ao se virar na cama, seus olhos pousaram em Alfonso, que estava na varanda, montando cuidadosamente a mesa de café da manhã.

A mesa, simples e elegante, estava repleta de delícias locais: pães artesanais, queijos frescos, figos maduros e uma jarra de suco de laranja espremido na hora. Alfonso, ainda com os cabelos bagunçados do sono, trajava uma camiseta branca desleixada e shorts. Ele parecia estar imerso na preparação, arrumando cada item com carinho, como se estivesse criando uma cena de filme, ou quem sabe, como se quisesse fazer daquele momento algo inesquecível.

Quando Anahí finalmente se levantou, envolvida no suave aroma e na música que preenchia o ar, Alfonso virou-se e a viu. Seu rosto se iluminou imediatamente com um sorriso.

— Bom dia, bella — disse ele, a voz doce e carregada de afeto.

Anahí sorriu de volta, um sorriso calmo e sincero, algo que ela sentiu vir de dentro, profundo e verdadeiro. Ela se aproximou, os pés descalços roçando o chão frio, e se sentou na cadeira de vime disposta na varanda, observando o mar logo à frente, que cintilava sob o sol matinal. Aceitou a xícara de café que Alfonso lhe ofereceu, segurando-a com as duas mãos enquanto inspirava o aroma quente e familiar. Não havia necessidade de palavras naquele momento. A conexão entre os dois parecia ter sido renovada de forma tão natural que até o silêncio era bem-vindo, quase como uma linguagem própria.

Eles ficaram assim por alguns minutos, saboreando o café e o ambiente ao redor, até que Anahí quebrou o silêncio com uma voz suave.

— O que vamos fazer hoje? — perguntou ela, seus olhos fixos no horizonte, mas sua mente já começando a imaginar os planos.

Alfonso, que parecia estar esperando por essa pergunta, sorriu de maneira travessa.

— Tenho algumas ideias — disse ele, puxando a cadeira ao lado dela para se sentar. — Pensei que poderíamos explorar Positano pela manhã. Caminhar pelas vielas, ver as lojas, talvez comprar algumas lembranças... Depois, eu reservei um passeio de barco particular pela costa. Podemos parar onde quisermos, nadar, relaxar, só nós dois e o mar.

Anahí sorriu com a ideia, seu coração batendo mais rápido. A promessa de navegar pelas águas azul-turquesa da Costa Amalfitana, longe de tudo e de todos, parecia perfeita. Fazia tempo que ela não se sentia tão leve, e a ideia de passar o dia ao lado de Alfonso, descobrindo novos lugares e curtindo a companhia um do outro, fez com que um calor gostoso se espalhasse por seu peito.

Depois de se arrumarem, com Anahí optando por um vestido leve e sandálias confortáveis, os dois saíram do hotel. Positano os recebeu com suas ruas íngremes e charmosas, ladeadas por casas coloridas e cobertas de buganvílias. A cidade, com suas ruelas estreitas e cheias de lojinhas, parecia um labirinto encantado. As lojas de cerâmica e tecidos finos chamavam a atenção de Anahí, que olhava cada detalhe com encantamento.

— Olha isso! — disse ela em determinado momento, apontando para uma vitrine cheia de pratos e vasos pintados à mão, todos com desenhos que lembravam o mar e os limoeiros ao redor.

Alfonso, sempre observador, aproveitava para registrar cada reação de Anahí com o celular. Ele tirava fotos dela disfarçadamente, enquanto ela sorria e se encantava com cada nova descoberta.

— Pare de me fotografar! — reclamou Anahí em tom de brincadeira, tentando escapar das lentes.

— Eu não consigo evitar. Você está linda demais — respondeu ele, rindo.

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