Vigésimo

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O final de semana tão aguardado finalmente chegou, e a família de Anahí e Alfonso estava a caminho do rancho em Toluca. No carro, o entusiasmo das crianças era contagiante. Ana Paula, a mais velha, estava com o fone de ouvido, mas de vez em quando tirava um para participar das conversas animadas de seus irmãos mais novos, Manuel e Emiliano.

— Mãe, eu vou ser o primeiro a montar no cavalo! — exclamou Manuel, cheio de energia.

Emiliano não queria ficar para trás.

— Eu também! E eu quero ver os cachorros! — disse ele, mal conseguindo se conter de excitação.

Anahí riu, sentindo a alegria dos filhos, enquanto Poncho dirigia com um sorriso no rosto, aproveitando o momento tranquilo em família.

Ana Paula olhava pela janela enquanto as paisagens passavam rapidamente, sentindo a brisa fresca. Emiliano e Manuel continuavam a debater sobre quem iria montar primeiro no cavalo, suas vozes cheias de entusiasmo.

— E quem chegar primeiro até o lago ganha! — disse Manuel, cutucando Emiliano.

— Vocês dois estão muito competitivos — Anahí riu, virando-se para os meninos. — Lembrem-se que o mais importante é se divertir, não é uma corrida de verdade.

Poncho balançou a cabeça, sorrindo.

— É, nada de corridas com os cavalos sem a supervisão do papai, hein?

— Tudo bem, pai! — disseram os dois em uníssono, embora fosse claro que estavam prontos para competir assim que tivessem a oportunidade.

Anahí deu uma leve risada e olhou para Poncho, seus olhos brilhando de alegria.

— Eles estão tão animados. E você lembra quando a Ana Pau estava nessa idade? Ela corria atrás de todas as galinhas do rancho, e agora olha pra ela, toda quieta... quase uma adulta.

Ana Paula, ouvindo o comentário, olhou para frente com um sorriso tímido.

— Eu ainda gosto de galinhas, mãe. Só não corro atrás delas... tanto.

— Ah, então é isso? — Anahí brincou. — Quem sabe você e os meninos não fazem uma pequena corrida atrás delas quando chegarmos?

— Só se o papai correr também! — Ana Paula riu, lançando um olhar desafiador a Poncho.

Poncho fingiu considerar a ideia, franzindo a testa como se estivesse pensando seriamente.

— Bom, se vocês acham que conseguem me vencer, então talvez eu aceite o desafio.

As crianças explodiram em risadas, a ideia de correr pelo rancho ao lado do pai parecia perfeita para elas.

— Vai ser tão bom ficar lá, sem pressa, sem compromissos... — suspirou Anahí, aconchegando-se no banco e virando-se para Poncho. — E eu tô louca pra ver a reação deles ao novo quarto.

— E eu tô curioso pra ver sua cara quando ver o quarto o nosso quarto, que finalmente ficou pronto. — Poncho piscou para ela.

Anahí sorriu, visivelmente animada com a perspectiva de passar o final de semana em um lugar tão especial para eles.

— E o que acha de preparar aquele café da manhã que você faz tão bem? — sugeriu ela, lançando-lhe um olhar amoroso.

— Vai ser o primeiro pedido quando chegarmos — disse ele, sorrindo. — Rancho, natureza, crianças livres, e meu café da manhã especial. Fechado.

No meio da viagem, Anahí começou a se sentir desconfortável, fechando os olhos e respirando fundo. Poncho notou rapidamente e perguntou, preocupado:

— Está tudo bem, amor?

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