O Mistério da Ilha

5 1 0
                                    

O vento soprava firme nas velas do Fúria dos Ventos e do Tempestade Negra, enquanto as duas embarcações cortavam as águas tranquilas em direção ao próximo destino. O sol já estava alto no céu, mas tanto Daniel quanto Lindsay estavam dentro da cabine de navegação, concentrados nos mapas esparramados sobre a mesa. Ambos estudavam as rotas com seriedade, discutindo pontos de parada e possíveis perigos.

— Esta rota aqui... — Daniel apontou com o dedo, a voz baixa, quase distraída. — Parece a mais segura. Menos risco de encontrar qualquer interferência, mas também nos afasta de qualquer ilha que possamos usar para reabastecimento.

Lindsay observava o mapa atentamente, o cenho franzido.

— Sim, mas há algo que não me agrada nessa região — ela apontou para um ponto ao sul da rota que Daniel sugerira. — Tem uma ilha próxima, que não estava nos mapas mais antigos. Não parece ser grande coisa, mas... sinto que estamos ignorando algo importante.

Daniel olhou para a ilha que ela mencionava. Era pequena e discreta, quase escondida entre as correntes de vento e mar. Ele deu de ombros.

— Não é nosso destino. Pode ser só uma rocha sem importância.

Lindsay assentiu, mas ainda parecia pensativa.

— Talvez. Mas algo me diz que deveríamos ficar atentos. Por ora, vamos focar em nossa rota.

Do lado de fora, a tripulação aproveitava o tempo livre enquanto os capitães estavam concentrados no trabalho. Ely e Leoni, no entanto, não pareciam tão satisfeitos em descansar. Sentados próximos à borda do navio, os dois trocavam olhares cheios de curiosidade, enquanto conversavam em sussurros.

— Você também viu, não é? — começou Ely, olhando de relance para a ilha no horizonte. — Aquele pedaço de terra ali, meio que do nada. Não está nos mapas.

Leoni, sempre o mais cauteloso, coçou o queixo antes de responder.

— Sim, vi. Mas se os capitães não estão preocupados, talvez devêssemos ignorar também. Não quero problemas, Ely.

— Ah, vamos lá, Leoni! — Ely deu um soco leve no braço do amigo. — Onde está sua sede de aventura? Nós somos piratas, lembra? E essa ilha... pode ter algo interessante. Algo que ninguém nunca explorou.

Leoni suspirou, mas a verdade é que ele também estava curioso. A ilha parecia calma, e havia algo intrigante nela, como se guardasse segredos que ainda não tinham sido descobertos. Ely já tinha um plano em mente.

— Se vamos explorar — disse Leoni, com um tom de derrota —, pelo menos precisamos de reforços. Não vamos sozinhos. Precisamos de gente confiável.

Ely sorriu com satisfação.

— Eu já pensei nisso. Vamos levar Bia e Raul. Bia pode nos proteger se algo der errado, e Raul é ótimo com trilhas. Vamos só... dar uma olhada rápida. Os capitães nem vão perceber que saímos.

— Ok... Espero que isso dê certo afinal — Diz Leoni com receio deste plano

~~~

Logo depois, eles encontraram Bia afiando sua adaga perto do mastro, e Raul, sempre com seu ar de cautela, estava revisando a rota com os outros tripulantes. Leoni e Ely trocaram olhares antes de se aproximarem.

— Bia, Raul... precisamos falar com vocês — começou Leoni, com uma expressão que tentava parecer séria, mas o brilho nos olhos entregava sua excitação.

Bia levantou os olhos por um segundo, ainda concentrada na adaga.

— Se isso tem a ver com bebidas ou confusões, estou fora — ela disse secamente.

Amor e Sangue no MarOnde histórias criam vida. Descubra agora