005- Mason Mount

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Mason Point of View

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Mason Point of View

O barulho abafado do chuveiro no vestiário quase silenciava os meus pensamentos, mas não o suficiente. Sentado no banco de madeira, ainda sentia o peso do jogo nas pernas e, de certa forma, no coração também. Havíamos vencido o Aston Villa por 3 a 0, com dois gols meus. Era para ser um dia perfeito — e, para o clube e os torcedores, foi. Mas para mim, tinha algo além das quatro linhas que me consumia, algo que não podia ignorar, mesmo depois do apito final.

Duda estava grávida.

O simples fato de pensar nisso fazia meu estômago dar voltas. Quando ela me contou, algumas semanas atrás, foi como se o mundo tivesse parado por um segundo. Senti um misto de alegria, surpresa e, logo em seguida, uma avalanche de inseguranças. Ser pai? Estava mesmo pronto para isso? Em uma carreira onde cada dia pode trazer mudanças inesperadas, onde o foco é absoluto, a paternidade parecia um território desconhecido, e, para ser honesto, assustador.

Desliguei o chuveiro e saí, tentando afastar esses pensamentos enquanto me secava. Meus colegas passavam por mim, uns rindo, outros discutindo lances do jogo. A atmosfera do vestiário sempre foi algo que amei no futebol — a camaradagem, a sensação de pertencimento. Mas naquele momento, me senti um pouco distante, como se estivesse em outra frequência. Meu corpo estava ali, mas minha mente estava em outro lugar. Em outro país, para ser mais específico.

Duda estava em Buenos Aires, a trabalho, e com quase cinco meses de gravidez. Mesmo de longe, eu sabia que ela não parava. Essa era uma das coisas que eu mais admirava nela — a determinação, a vontade de não ser apenas "a namorada do Mason Mount". Ela tinha sua própria carreira, seu próprio caminho. Quando ela aceitou o trabalho com a Tini, fiquei feliz por ela, mas, ao mesmo tempo, o velho sentimento de ciúme voltou. Saber que ela passava tanto tempo cercada por outras pessoas famosas, especialmente em um mundo tão diferente do meu, era difícil. Não era algo que eu falasse em voz alta, mas estava sempre lá, no fundo da mente.

Vestindo uma camisa limpa, peguei o celular e vi a notificação de uma mensagem dela.

"Parabéns pelos gols, babe. Arrebentou! Te amo💘."

Sorri. Ela sempre fazia isso — me fazia sentir que tudo ficaria bem, mesmo quando minhas dúvidas me diziam o contrário. Ela sabia exatamente o que dizer, mesmo a milhares de quilômetros de distância. Respondi rapidamente, antes que me perdesse em mais pensamentos:

"Obrigado, gorgeous. Estou com saudades. Te amo mais."

Bloqueei a tela e respirei fundo. Saí do vestiário com a cabeça ainda cheia. Era uma vitória, mas sentia como se estivesse jogando um jogo muito maior, um jogo que eu ainda não sabia como vencer. Lutar para manter o relacionamento funcionando, estando longe, com as responsabilidades crescendo a cada dia... tudo isso estava começando a me esmagar de maneiras que eu não esperava.

Entrei no carro e comecei a dirigir para casa. A estrada estava vazia, a cidade brilhando sob o céu noturno. Olhei para as luzes da cidade de Londres, tentando imaginar o futuro. Meu contrato com o Chelsea estava acabando, e as conversas sobre uma possível transferência para o United estavam se intensificando. Outra mudança. Mais uma coisa para lidar. Duda ainda nem sabia dos detalhes, e eu já conseguia sentir a pressão aumentando. Como ela reagiria? Como seria viver em outra cidade com um bebê a caminho?

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