"Nos rastros do fantasma"

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Capítulo 5: Nos Rastros do Fantasma

Com a primeira pista nas mãos, Hadassa sentia que finalmente havia encontrado o fio que poderia levá-la ao Fantasma. As câmeras de segurança alteradas e o comportamento suspeito no café eram sinais de que o assassino estava mais próximo do que ela imaginava. Agora, a missão era seguir seus rastros, por mais sutis que fossem.

De volta ao café, Hadassa pediu acesso ao histórico de clientes e descobriu algo interessante: uma pequena lista de pessoas que frequentavam o local regularmente, todas anônimas. Uma delas chamou sua atenção. Um homem que pagava sempre em dinheiro, nunca permanecia mais do que alguns minutos e estava presente nas mesmas datas que as vítimas. O problema era que ele nunca aparecia nas gravações das câmeras, graças às falhas misteriosas no sistema de segurança.

Com a ajuda de especialistas em tecnologia, Hadassa conseguiu recuperar parte das imagens corrompidas. O rosto do homem ainda estava oculto pelo capuz, mas sua postura, seu jeito metódico e calculista revelavam mais do que sua aparência. Ele sempre se posicionava de maneira estratégica, observando as pessoas, e parecia saber exatamente quando as câmeras seriam desligadas. Era claro que estava manipulando tudo à sua volta, movendo-se nas sombras, invisível aos olhos comuns, mas não aos dela.

Hadassa montou um plano. Sabia que o Fantasma gostava de jogar com suas vítimas, e que de alguma forma ele sempre estava um passo à frente. Então, decidiu criar uma armadilha. Ela começou a frequentar o café, seguindo a mesma rotina das vítimas, esperando que ele a notasse. Cada dia parecia mais tenso, com a sensação constante de que estava sendo observada, mas nada acontecia.

Até que, uma semana depois, ao sair do café, ela notou uma presença. Uma figura sombria a seguia pelas ruas de Los Angeles. O coração de Hadassa acelerou, mas ela se manteve firme, fingindo não perceber. De repente, uma mensagem apareceu em seu telefone: "Você é diferente, Hadassa. Mas não vai me pegar."

A confirmação que ela precisava. O Fantasma sabia quem ela era, sabia que estava sendo caçado, mas ao invés de fugir, ele estava jogando com ela. Hadassa parou abruptamente, virando-se, mas a rua estava vazia. Ele era rápido, astuto, e sempre um passo à frente.

Agora, a caçada havia se tornado pessoal. Ela tinha algo que ninguém mais tinha conseguido: um rastro, por mais frágil que fosse. O Fantasma não era apenas uma sombra distante, ele estava ali, perto, observando cada movimento. Hadassa sabia que capturá-lo seria mais difícil do que jamais imaginara, mas também sabia que, pela primeira vez, o assassino havia deixado suas pegadas à mostra.

E assim, a caçada continuava, nos rastros do Fantasma, uma perseguição entre luz e escuridão, onde cada passo poderia ser o último.

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