"SOMBRAS DE UM FANTASMA "

"Revelações Finais"

Capítulo 23: Revelações Finais

A sala de reuniões da delegacia estava cheia de tensão. Hadassa e Quillan se sentaram à mesa com outros membros da equipe, seus rostos iluminados por uma série de monitores que exibiam imagens de vítimas e locais de crime. O clima era sombrio, mas agora havia um novo senso de urgência no ar. A revelação do Fantasma ecoava em suas mentes, e a equipe precisava processar o que havia acontecido durante o interrogatório.

— Precisamos falar sobre o que o Fantasma disse — Hadassa começou, sua voz firme. — Ele mencionou um "legado" e insinuou que havia outros como ele.

A equipe trocou olhares preocupados, enquanto Quillan se inclinava para frente, observando os rostos de seus colegas.

— O que ele queria dizer com isso? — Quillan questionou, seu tom desafiador. — Era apenas mais uma de suas manipulações?

— Não acho que ele estava apenas brincando — Hadassa respondeu, balançando a cabeça. — Havia algo em seus olhos, uma convicção de que seu trabalho não havia terminado. Precisamos descobrir se há mais pessoas envolvidas.

Um dos agentes, uma mulher chamada Clara, que até então estava quieta, decidiu intervir.

— Na verdade, fiz algumas pesquisas. Ele pode não estar mentindo. Olhei para os dados dos casos anteriores e encontrei algumas ligações incomuns — disse ela, colocando uma pasta sobre a mesa. — As vítimas têm conexões entre si que vão além de coincidências.

Todos se inclinaram para olhar, as tensões crescendo ainda mais.

— O que você encontrou? — Hadassa perguntou, analisando as informações.

Clara abriu a pasta, revelando gráficos e fotos de arquivo. As imagens mostravam várias vítimas, todas com um elemento comum: elas haviam participado de um programa de reabilitação ou eram ligadas a serviços de apoio social.

— Todas essas pessoas tinham conexões com um mesmo grupo de apoio, e todas se afastaram repentinamente — Clara explicou, apontando as informações. — Isso pode significar que o Fantasma estava se vingar de um sistema que ele acreditava estar "corrompido".

Hadassa franziu a testa, a revelação começando a tomar forma.

— Então, ele estava punindo as vítimas por algo que, na mente dele, justificava seus crimes — Quillan disse, com um tom de indignação. — E se ele não estiver sozinho nisso?

— Precisamos investigar esses grupos de apoio — Hadassa disse, a determinação crescendo dentro dela. — Se houver outros envolvidos, precisamos encontrá-los antes que eles possam agir.

À medida que a equipe discutia as próximas etapas, Hadassa se lembrou das palavras do Fantasma. "A caçada está apenas começando." A pressão estava aumentando, e o verdadeiro jogo de poder entre eles havia sido revelado.

A equipe se dividiu para começar a investigação, com Hadassa e Quillan liderando o caminho. Eles se dirigiram ao primeiro grupo de apoio mencionado nos dados de Clara, uma pequena organização sem fins lucrativos que oferecia assistência a pessoas em recuperação. Assim que chegaram, foram recebidos por um homem chamado Mark, o diretor da organização.

— O que vocês querem saber? — Mark perguntou, claramente nervoso.

— Estamos aqui para investigar a conexão de algumas das suas vítimas — Hadassa respondeu, observando a reação dele. — Sabemos que algumas delas estavam em contato recente com o Fantasma.

Mark palidificou, a expressão em seu rosto mudando rapidamente de nervosismo para preocupação.

— Eu… eu não sei o que posso dizer. Estávamos preocupados com a segurança delas, mas não tínhamos como saber que algo assim poderia acontecer.

Hadassa se aproximou, determinada.

— Precisamos saber se você tem alguma informação sobre outras pessoas envolvidas. Você conhece alguém que poderia ter se ligado a esse… “legado” que o Fantasma mencionou?

Mark hesitou, mas a pressão estava evidente em seus olhos.

— Bem, havia uma pessoa… um ex-membro do grupo. Ele foi expulso por comportamento violento e tinha uma obsessão estranha com a ideia de "justiça" — Mark confessou, parecendo desconfortável. — Ele acreditava que precisava "corrigir" aqueles que não seguiam o caminho que ele considerava correto.

Hadassa trocou um olhar com Quillan, percebendo que estavam chegando mais perto de entender a verdadeira natureza do Fantasma e de seu grupo.

— Precisamos saber quem ele é e onde podemos encontrá-lo — Hadassa disse, com um novo senso de urgência.

Mark hesitou, mas finalmente forneceu o nome e o último endereço conhecido do ex-membro. Com essa nova informação, Hadassa e Quillan saíram da organização, determinados a desvendar o que estava realmente acontecendo.

Corta para a cena seguinte:

Com o endereço em mãos, Hadassa e Quillan dirigiram-se a uma casa isolada em um bairro afastado. O céu começava a escurecer, e a atmosfera estava carregada de uma tensão palpável. Eles se prepararam para entrar.

— Está pronto? — Quillan perguntou, sua mão em sua arma.

— Sempre. Lembre-se, isso pode ser mais do que apenas uma conversa — Hadassa respondeu.

Enquanto eles se aproximavam da porta, Hadassa sentiu uma mistura de ansiedade e determinação. O que quer que encontrassem ali poderia mudar tudo. Mas uma coisa era certa: elas estavam prestes a descobrir as revelações finais sobre o legado do Fantasma e o que realmente estava em jogo.

Com um golpe firme, Hadassa bateu na porta, e o tempo pareceu parar enquanto esperavam pela resposta. As peças do quebra-cabeça estavam se juntando, e a verdade estava prestes a ser revelada.