"A Armadilha"

0 0 0
                                    

Capítulo 19: A Armadilha

Depois da revelação chocante de que o Fantasma estava ciente de que estava sendo monitorado, Hadassa e Quillan sabiam que não poderiam mais agir sozinhos. Era hora de trazer a equipe. A captura do Fantasma agora exigia uma operação maior, coordenada e precisa.

Quillan, ciente da gravidade da situação, contatou os melhores agentes especializados em operações de campo, enquanto Hadassa preparava o plano com todos os detalhes. Eles precisariam agir rapidamente, com cada movimento cronometrado para evitar que o Fantasma escapasse novamente.

— Sabemos que ele está ciente de nossa vigilância. Isso significa que não temos mais a vantagem do elemento surpresa. Mas ainda temos algo a nosso favor — Hadassa começou, reunindo a equipe em torno da mesa de operações. — Ele não sabe que estamos prontos para atacá-lo com força total. Este será o nosso único tiro.

Quillan completou a linha de raciocínio de Hadassa, exibindo as localizações e padrões identificados com o percevejo que haviam colocado.

— Conseguimos rastrear algumas rotinas dele. Apesar de sua vigilância, ele tem um local de refúgio que usa com frequência. É lá que armaremos nossa emboscada — Quillan explicou, mostrando o mapa de Los Angeles. — Um armazém abandonado na periferia da cidade, onde ele realiza encontros com seu círculo íntimo.

A equipe, composta por especialistas em táticas de campo, peritos em tecnologia e investigadores de inteligência, se preparava para a missão final. Tudo tinha que ser impecável. Hadassa sabia que, mais do que nunca, esse era um jogo de paciência e precisão.

— Precisamos estar um passo à frente. Ele é imprevisível, e qualquer hesitação pode significar o fracasso — alertou Hadassa. — Eu estarei no campo com vocês, mas Quillan vai coordenar a operação daqui. Temos que ser rápidos e silenciosos. Esta será nossa única chance.

Na noite marcada, o plano foi colocado em ação. A equipe se infiltrou nos arredores do armazém. Equipados com dispositivos de vigilância e armas não letais, estavam prontos para uma abordagem que não deixaria o Fantasma escapar.

Hadassa, vestida para se misturar ao ambiente, liderava o grupo pelo perímetro. O coração batia forte, sabendo que o Fantasma era imprevisível, mas também confiando na equipe que haviam reunido. Quillan, no centro de operações, monitorava cada movimento com atenção.

O armazém estava quieto demais. A tensão era palpável, e todos sabiam que o confronto estava próximo. Quillan falou pelo rádio, alertando a equipe:

— Ele está se movendo. Recebemos uma confirmação do percevejo. Ele deve estar chegando em breve.

Hadassa sentiu a adrenalina correr por seu corpo. O momento que tanto esperavam estava próximo. Cada membro da equipe se posicionou conforme o plano. Eles estavam prontos para cercá-lo, para pegá-lo de uma vez por todas.

Mas então, em um instante, tudo mudou.

Uma explosão ecoou pelos fundos do armazém, seguida de um apagão repentino. Hadassa instintivamente levou a mão ao rádio.

— Quillan, o que está acontecendo?

A linha estava muda por alguns segundos antes de Quillan responder:

— Ele… ele sabia! Ele armou uma armadilha para nós. Está tentando nos dividir!

O caos se instaurou. O Fantasma havia previsto o movimento deles e plantado explosivos no local. Agora, não era apenas uma questão de capturá-lo; era uma questão de sobrevivência.

Hadassa e a equipe se espalharam, tentando se reagrupar em meio à confusão, mas sabiam que estavam em desvantagem. O Fantasma não era apenas um assassino; ele era um estrategista cruel que gostava de brincar com suas presas.

"SOMBRAS DE UM FANTASMA "Onde histórias criam vida. Descubra agora