"um assassinato invisível"

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Capítulo 7: Um Assassinato Invisível

O telefone de Hadassa tocou em plena madrugada. O tom urgente na voz do chefe de polícia não deixava dúvidas: o Fantasma havia feito sua jogada mais ousada. Um novo corpo, mas desta vez em um local que deveria ser impossível. Um empresário influente foi encontrado morto em seu apartamento, no topo de um arranha-céu luxuoso, com segurança 24 horas e câmeras por toda parte. No entanto, assim como nas cenas anteriores, o assassino parecia invisível. Nenhuma câmera capturou sua entrada ou saída, e as portas e janelas estavam trancadas por dentro.

Ao chegar à cena do crime, Hadassa encontrou um ambiente macabro e perturbador. A vítima estava sentada à mesa, como se estivesse jantando, o corpo perfeitamente posicionado. Nenhum sinal de luta. Nenhum sinal de entrada forçada. Era como se o Fantasma tivesse entrado e saído sem sequer tocar no ambiente ao redor.

Enquanto os técnicos forenses tentavam decifrar o que havia acontecido, Hadassa começou a circular pelo apartamento. Algo não estava certo. Havia uma precisão cirúrgica no crime. O Fantasma não só sabia exatamente como se mover sem ser visto, mas também parecia brincar com as leis da lógica e da física. Para os outros, parecia um assassinato impossível; para Hadassa, era uma provocação. Ele estava dizendo que podia estar em qualquer lugar, a qualquer hora, sem que ninguém o visse.

Havia, porém, um detalhe que chamava a atenção de Hadassa. Na mesa de jantar, entre os talheres perfeitamente alinhados, estava uma taça de vinho com uma marca de batom. Era um detalhe que não combinava com o restante da cena. O empresário vivia sozinho, e a taça não pertencia a ele. Hadassa se aproximou e, com luvas, inspecionou o objeto mais de perto. Gravado de forma sutil na base da taça, havia um símbolo. Um pequeno círculo cortado por uma linha vertical, semelhante a um antigo símbolo esotérico.

Isso não era apenas um assassinato. Era uma mensagem. O Fantasma deixava pistas de propósito, testando Hadassa e sua capacidade de decifrar o enigma.

Enquanto voltava para a delegacia, Hadassa não conseguia parar de pensar no símbolo e na taça de vinho. O Fantasma, de alguma forma, estava ligado a algo maior. Seus crimes não eram apenas aleatórios – havia um padrão escondido nas sombras, algo que Hadassa ainda precisava desvendar.

E o mais perturbador: ele parecia sempre estar um passo à frente. O assassinato invisível no apartamento de luxo era uma prova de sua habilidade, mas também de sua obsessão. Hadassa não sabia até onde ele iria, mas uma coisa era certa: o jogo estava apenas começando.

Determinada, ela sabia que estava cada vez mais próxima de descobrir quem era o Fantasma. Mas, ao mesmo tempo, ela também sentia que ele estava mais perto dela do que nunca – invisível, observando, esperando o momento certo para fazer sua próxima jogada.

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