You Don't Own Me (Você não me possui)

o casamento

Erick se jogou no chão, seus músculos tensos e seus olhos cheios de desespero. Ele estava completamente sozinho. Ele estava completamente perdido. Sua fúria, antes tão implacável, se transformou em um vazio gélido. A imagem de Martina, aprisionada e à mercê de Romanov, o torturava. Ele havia fracassado. Ele a havia deixado para trás.

Mas Erick não era um homem que se deixava abater. Ele era o Lobo Negro, e o Lobo Negro nunca se curvava. Ele se levantou, sua mente trabalhando em um plano. Ele não sabia como, mas ele encontraria Martina. Ele a resgataria. Ele destruíria Romanov.

Ele reuniu seus homens e ordenou que retornassem para a Fortaleza do Leão Negro. Ele precisava se recompor,  reavaliar  sua  estratégia  e  planejar  seu  próximo  movimento.  Ele  não  tinha  tempo  a  perder.  Romanov  estava  se  preparando  para  se  casar  com  Martina,  e  ele  tinha  que  impedir  isso  a  todo  custo.

 

Enquanto isso, no castelo de Romanov, os preparativos para o casamento estavam a todo vapor.  O  castelo  estava  adornado  com  bandeiras  e  flores,  e  os  guardas  se  movimentavam  com  rapidez  e  eficiência.

Romanov  estava  radiante.  Ele  não  conseguia  esconder  sua  satisfação.  Ele  tinha  conseguido  o  que  queria.  Ele  tinha  Martina  em  suas  mãos.  Ele  tinha  a  mulher  que  ele  desejava,  a  mulher  que  o  faria  ainda  mais  poderoso.

Ele  se  olhava  no  espelho,  admirando  sua  própria  imagem.  Ele  era  um  homem  bonito,  com  cabelos  escuros  e  olhos  azuis  penetrantes.  Ele  era  alto  e  forte,  e  ele  era  um  líder  nato.  Ele  tinha  tudo  o  que  queria.  Exceto  pelo  amor  de  Martina.  Mas  ele  sabia  que  ela  acabaria  o  amando.  Ela  não  tinha  escolha.  Ela  se  tornaria  sua  esposa.  Ela  se  tornaria  sua  rainha.

Ele  se  vestiu  com  uma  túnica  de  seda  bordada  com  ouro,  e  colocou  uma  coroa  de  ouro  em  sua  cabeça.  Ele  se  olhou  no  espelho  mais  uma  vez,  satisfeito  com  sua  aparência.  Ele  estava  pronto  para  o  casamento.

Martina  foi  levada  para  o  altar,  cercada  por  guardas.  Ela  estava  vestida  com  um  vestido  branco  de  seda,  mas  seus  olhos  estavam  cheios  de  tristeza  e  desespero.  Ela  não  queria  se  casar  com  Romanov.  Ela  não  o  amava.  Ela  o  odiava.

Ela  se  recusava  a  olhar  para  Romanov.  Ela  se  recusava  a  se  render  a  ele.  Ela  se  recusava  a  deixar  que  ele  a  fizesse  sua  esposa.

Romanov  se  aproximou  de  Martina,  seus  olhos  brilhando  com  malícia.  "Você  é  linda",  disse  ele.  "Você  vai  ser  uma  rainha  maravilhosa."

Martina  se  recusou  a  responder.  Ela  se  mantinha  firme,  seus  olhos  fixos  no  chão.

"Não  tenha  medo",  disse  Romanov.  "Eu  vou  cuidar  de  você.  Eu  vou  fazê-la  feliz."

Martina se encolheu, seus músculos tensos. Ela não conseguia acreditar que estava ali, prestes a se casar com o homem que havia matado seu irmão e que a havia sequestrado.  Ela sentia um aperto no peito, uma mistura de medo e raiva que a consumia.  Mas  ela  não  demonstrava  fraqueza.  Ela  não  o  deixaria  ver  que  ele  a  tinha  quebrado.

Romanov,  entretanto,  se  deleitava  com  sua  angústia.  Ele  se  aproximou  dela,  seu  sorriso  arrogante  a  enjoando.

"Não  se  preocupe",  disse  ele,  sua  voz  suave  mas  ameaçadora.  "Eu  vou  fazer  você  me  amar."

Ele  a  pegou  pela  mão,  seus  dedos  frios  e  escorregadios.  Ela  se  recusou  a  olhá-lo,  mas  ele  forçou  sua  cabeça  para  cima,  seus  olhos  penetrando  os  dela  com  um  brilho  doentio.

"Você  será  minha  rainha",  disse  ele,  sua  voz  cheia  de  convicção.  "E  você  me  obedecerá."

Martina  cerrou  os  punhos,  reprimindo  o  desejo  de  cuspir  em  seu  rosto.  Ela  se  recusava  a  ceder  à  sua  vontade.  Ela  não  o  deixaria  controlá-la.  Ela  teria  que  encontrar  uma  maneira  de  escapar.

A cerimônia começou.  Os  sacerdotes  cantaram  hinos  em  línguas  antigas,  e  os  guardas  se  posicionaram  em  formação,  prontos  para  impedir  qualquer  interferência.  Mas  Martina  não  se  deixou  levar  pela  atmosfera  cerimoniosa.  Ela  mantinha  seus  pensamentos  fixos  em  sua  fuga.

Romanov,  entretanto,  se  deleitava  com  a  cerimônia.  Ele  se  sentia  poderoso,  invicto.  Ele  havia  conquistado  Martina.  Ele  a  teria  para  sempre.

O  sacerdote  ergueu  sua  mão,  pronunciando  as  palavras  finais  do  casamento.

"Eu  os  declaro  marido  e  mulher",  disse  o  sacerdote,  sua  voz  reverberando  pela  sala.  "Que  Deus  os  abençoe."

Romanov  se  inclinou  para  perto  de  Martina  e  sussurrou  em  seu  ouvido:  "Agora  você  é  minha."

Martina  se  recusou  a  olhá-lo.  Ela  se  recusou  a  falar.  Mas  em  seu  coração,  ela  sabia  que  ele  não  tinha  ganho.  Ela  não  era  sua.  Ela  nunca  seria  sua.  Ela  estava  aprisionada,  mas  não  quebrada.  Ela  estava  ferida,  mas  não  derrotada.  Ela  ainda  tinha  esperança.  Ela  ainda  tinha  um  plano.

A  festa  de  casamento  começou.  Os  convidados  bebiam  e  dançavam,  celebrando  o  casamento  de  Romanov  e  Martina.  Mas  Martina  não  participou  da  festa.  Ela  se  mantinha  isolada,  observando  tudo  com  atenção.  Ela  estava  procurando  uma  oportunidade.  Ela  estava  procurando  uma  maneira  de  escapar.