A fúria do dragão

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O sol da manhã, gélido e cruel, se espreitava pelas frestas da fortaleza. Erick, em sua humilde cabana, se levantava com um aperto no coração.  O cheiro da madeira queimada e da terra úmida o trazia de volta à realidade - a realidade de uma vida sem Martina.

Ele revivia em sua mente as lembranças dela: seus olhos brilhantes, seu riso melodioso, a maciez de seus cabelos.  Erick sentia um vazio imenso em seu peito, como se um pedaço dele tivesse sido arrancado.

Ele se lembrava da última vez que a viu, seu olhar desesperado, o medo em seus olhos.  Um  medo  que  o  invadia  a  cada  momento.  Erick  sabia  que  Romanov  a  tinha  levado,  que  Martina  estava  em  perigo.  A  raiva  fervia  em  seu  sangue,  a  vontade  de  vingança  o  consumindo.

Ele  não  sabia  como  salvá-la,  mas  sabia  que  não  poderia  simplesmente  ficar  parado,  esperando  que  o  destino  a  salvasse.  Ele  tinha  que  fazer  algo.

Erick  pegou  sua  espada,  sua  arma  fiel,  e  saiu  de  sua  cabaninha  em  direção  à  floresta,  determinado  a  encontrar  a  fortaleza  de  Romanov.  Ele  sabia  que  a  busca  seria  perigosa,  mas  ele  não  desistiria  de  Martina.

Enquanto isso, no escritório de Romanov, o ar carregado de poder e luxúria, ele se entregava aos seus prazeres.  Seus dedos,  rápidos  e  habituais,  traçavam  trajetórias  sobre  seu  corpo.  A  imagem  de  Martina  o  invadia,  sua  pele  alva,  a  curvatura  de  seu  corpo.  Ele  se  deleitava  com  o  pensamento  de  sua  derrota,  sua  submissão.

De  repente,  a  porta  se  abriu  sem  batidas.  Martina  entrou  no  escritório,  seus  olhos  frios  e  fixos  em  Romanov.  Ela  o  observava  com  desdém,  uma  fúria  silenciosa  emanando  de  seu  corpo.  Romanov  a  olhou  com  raiva,  surpreso  por  sua  audácia.

Martina  deu  um  passo  em  direção  a  ele,  sua  presença  impondo  uma  força  que  o  assustava.  Ela  não  mostrava  medo,  não  mostrava  fraqueza.  Era  como  se  ela  tivesse  se  transformado  em  algo  novo,  algo  que  ele  não  reconhecia.

A  calma  de  Martina  o  irritou.  Ele  se  levantou,  sua  voz  rouca  e  ameaçadora.  "O  que  está  fazendo  aqui,  Martina?",  ele  questionou,  sua  mão  se  movendo  em  direção  à  sua  espada.

Martina  sorriu,  um  sorriso  frio  e  cruel.  "Vim  ver  o  que  você  está  fazendo,  Romanov",  ela  respondeu,  seus  olhos  brilhando  com  uma  luz  de  vendetta.

Ele  a  agarrou  com  força,  a  empurrando  contra  a  parede  fria.  "Você  está  querendo  morrer?",  ele  perguntou,  sua  voz  carregada  de  raiva.

Martina  riu,  um  som  estridente  e  cruel.  "Talvez",  ela  respondeu,  seus  olhos  fixos  nos  dele.

Romanov a penetrou com uma ferocidade que a deixou sem ar.  A dor se misturou ao medo,  mas  algo  a  mais  começou  a  se  manifestar  em  Martina.  Um  brilho  malicioso  a  invadiu  os  olhos,  um  sorriso  malicioso  se  espalhou  por  seus  lábios.  Ela  não  estava  mais  a  mulher  a  medrosa  que  ele  havia  capturado.

Romanov  a  dominava  com  força,  mas  ela  se  rendia  ao  seu  toque  de  maneira  peculiar.  Em  vez  de  se  contorcer  de  dor,  Martina  começou  a  se  mover  em  sintonia  com  ele,  seus  gemidos  se  tornando  cada  vez  mais  intensos,  cada  vez  mais  prazerosos.

Ele  a  acariciava  com  ferocidade,  e  ela  respondia  com  uma  paixão  desenfreada.  O  que  era  para  ser  uma  demonstração  de  poder,  uma  humilhação,  se  transformou  em  um  jogo  perigoso.  Um  jogo  em  que  Martina  estava  começando  a  ter  o  controle.

O  corpo  de  Martina  respondia  com  uma  intensidade  que  a  própria  Martina  não  compreendia.  Ela  se  sentia  uma  fera  ferida,  caindo  em  uma  traição  voluntária.  Cada  toque  de  Romanov  a  enchia  de  nojo,  mas  ao  mesmo  tempo  a  acendendo  com  uma  fúria  quente.

"Você  gosta?",  Romanov  sussurrou  em  seu  ouvido,  seu  hálito  quente  em  sua  pele.  "Você  gosta  de  ser  minha?"

Martina  o  olhou  com  uma  fúria  que  o  deixou  chocado.  "Você  não  compreende,  Romanov",  ela  respondeu,  sua  voz  rouca  e  sexy.  "Eu  não  gosto  de  você.  Eu  odeio  você.  Mas  eu  gosto  do  que  você  faz  comigo."

Ela  acariciou  o  rosto  dele  com  uma  delicadeza  que  a  contrariava.  Seus  dedos  traçavam  linhas  em  sua  pele  áspera,  uma  carícia  cruel  e  seduzente.

Romanov  a  olhou  com  incredulidade.  Ele  não  conseguia  entender  o  que  estava  acontecendo.  Ele  havia  conquistado  Martina,  a  quebrado,  a  feito  sua.  Mas  por  que  ela  se  comportava  desse  jeito?  Por  que  ela  o  olhava  com  aquela  fúria  que  o  atraía?

Martina  se  aproximou  dele,  sua  boca  próxima  a  sua  orelha.  "Eu  vou  te  destruir,  Romanov",  ela  sussurrou,  sua  voz  como  uma  cobra  venenosa.  "Mas  antes  disso,  vou  te  usar.  Vou  te  fazer  sentir  tudo  o  que  você  me  fez  sentir."

Ela  o  beijou,  um  beijo  feroz  e  desesperado.  Ele  se  rendeu  à  sua  fúria,  à  sua  intensidade.  Ele  não  conseguia  se  livrar  dela.  Ele  se  deixava  levar  por  ela,  completamente  cego.

Martina o manipulava com habilidade, usando o próprio desejo dele contra ele. Ela sabia que ele não a deixaria escapar, mas  também sabia que ele não a deixaria simplesmente ir embora.

A porta do escritório de Romanov estava entreaberta,  e  os  guardas  de  fora  podiam  ouvir  os  gemidos  de  Martina,  os  resmungos  de  prazer  de  Romanov.  E  o  som  dos  seus  corpos  se  chocando  com  intensidade,  uma  música  macabra  de  dominação  e  desejo.

Os guardas trocavam olhares,  uma  mistura  de  curiosidade  e  desconforto  em  seus  rostos.  Eles  sabiam  que  a  mulher  de  Romanov  era  uma  presa,  uma  brinquedo  em  suas  mãos.  Mas  ouvir  os  sons  de  sua  submissão  era  algo  diferente.

Martina  o  beijava  com  paixão  e  crueldade.  Ela  o  acariciava,  o  dominava,  o  enchia  de  prazer  e  de  desespero.  Ela  o  fazia  sentir  que  ele  não  tinha  controle,  que  ele  era  apenas  um  brinquedo  em  suas  mãos.

Romanov  se  perdia  em  seus  braços,  em  seu  corpo,  em  seu  toque.  Ele  se  deixava  levar  por  ela,  completamente  cego  à  fúria  que  arde  em  seus  olhos.  Ele  não  percebia  que  estava  sendo  manipulado,  que  estava  caindo  em  uma  armadilha.

Martina  se  afastou  dele  com  uma  expressão  de  saciedade  e  crueldade.  Ela  o  olhou  com  desdém,  e  seus  lábios  se  curvaram  em  um  sorriso  venenoso.  "Você  é  meu,  Romanov",  ela  sussurrou,  sua  voz  carregada  de  uma  força  que  o  deixou  chocado.

Romanov  a  olhou  com  um  medo  que  ele  não  conseguia  explicar.  Ele  não  entendeu  como  estava  se  sentindo  naquele  momento.  Era  como  se  Martina  o  tivesse  enredado  em  uma  teia  de  seu  próprio  desejo,  fazendo  ele  se  sentir  preso  e  humilhado.

Ele  se  levantou,  sua  mão  tremendo  em  direção  à  sua  espada.  Mas  Martina  o  segurou  com  uma  força  surpreendente.  "Você  não  me  machucaria,  Romanov",  ela  disse,  sua  voz  tranquila  e  ameaçadora.

"Você  é  meu,  lembre-se  disso."

Romanov  se  encolheu  em  seus  braços,  completamente  subjugado.  Ele  não  sabia  o  que  estava  acontecendo,  mas  ele  sabia  que  Martina  era  mais  perigosa  do  que  ele  jamais  havia  imaginado.  Ele  havia  caído  em  uma  armadilha  de  sua  própria  criação.

Martina  o  deixou  ali,  deitado  no  chão  de  seu  escritório,  completamente  desamparado.  Martina saiu do quarto com um sorriso de triunfo, sua mente já planejando o próximo passo de seu jogo. Ela sabia que Romanov não a deixaria escapar, mas ela também sabia que ele não a dominaria completamente. Ela o havia  enredado  em  uma  teia  de  seu  próprio  desejo,  e  agora  ele  era  dela.

Ela  caminhou  pelos  corredores  do  castelo,  sua  presença  impondo  respeito  e  medo.  Os  guardas  a  observavam  com  atenção,  sua  fúria  se  misturando  com  a  curiosidade.  Eles  não  compreendiam  o  que  estava  acontecendo.

Martina se dirigiu ao jardim,  um lugar que ela havia começado a conhecer com intimidade  durante  seus  dias  de  prisioneira.  O  jardim  era  uma  ilha  de  paz  em  meio  à  fortaleza  de  Romanov,  um  refúgio  de  cores  e  aromas  que  a  faziam  se  sentir  mais  próxima  da  natureza  do  que  da  crueldade  do  homem.

Ela  se  sentou  em  um  banco  de  pedra,  sob  a  sombra  de  uma  árvore  gigantesca.  O  sol  da  manhã  a  aquecia  levemente,  e  o  ar  fresco  a  acalmava.  Ela  fechou  os  olhos  e  respirou  profundamente,  tentando  acalmar  seu  corpo  e  sua  mente.

Mas  a  calma  era  ilusória.  Ela  sabia  que  Romanov  não  a  deixaria  em  paz.  Ela  havia  se  metido  em  seus  planos,  e  ele  não  perdoaria  uma  traição.

Ela  abriu  os  olhos  e  olhou  para  o  céu.  O  sol  brilhava  forte,  e  as  nuvens  se  moviam  vagarosamente,  como  se  estivessem  observando  o  mundo  de  cima.  Martina  sentiu  uma  pontada  de  esperança.  Ela  não  estava  sozinha.  Ela  tinha  força,  ela  tinha  determinação,  ela  tinha  a  memória  de  Erick  para  a  impulsionar.

Ela  se  levantou  do  banco  e  começou  a  andar  pelo  jardim.  Ela  observava  cada  árvore,  cada  flor,  cada  pedra.  Ela  procurava  um  sinal,  uma  pista  que  a  levasse  à  saída.

Ela  percebeu  que  o  jardim  era  maior  do  que  ela  pensava.  Ele  se  estendia  por  um  vale  escondido,  cercado  por  paredes  altas  e  cobertas  de  trepadeiras.

Martina  se  aproximou  de  uma  parede  alta  e  coberta  de  trepadeiras.  Ela  tocou  na  pedra  fria  com  seus  dedos,  e  sentiu  uma  leve  vibração.  Ela  percebeu  que  a  parede  não  era  sólida.  Ela  tinha  uma  porta  escondida.

Ela  começou  a  procurar  a  porta  escondida.  Ela  tocou  na  pedra  com  seus  dedos,  sentindo  a  textura  áspera  e  irregular.  Ela  procurou  por  uma  fenda,  uma  rachadura,  um  detalhe  que  a  levasse  à  porta.

E  ela  encontrou.

Ela encontrou uma pequena fenda na parede, quase imperceptível. Ela colocou o dedo na fenda e a pressionou levemente. A pedra se moveu com um clique suave. Ela  sentiu  uma  corrente  de  frio  a  percorrer  o  corpo,  um  frio  que  não  era  da  pedra,  mas  da  esperança  que  a  invadia.

Ela  abriu  a  fenda  com  cuidado,  revelando  uma  pequena  abertura  na  parede.  Ela  a  olhou  com  atenção,  seu  coração  batendo  com  força  no  peito.  Ela  sabia  que  aquela  porta  escondida  era  sua  chance  de  escapar.

Mas  era  tarde  demais.  Um  dos  guardas  de  Romanov  se  aproximou  dela,  seu  rosto  grosso  e  sem  expressão.  Ele  a  observava  com  atenção,  seus  olhos  penetrantes  a  fazendo  se  sentir  presa.

"O  que  você  está  fazendo  aqui?",  perguntou  o  guarda,  sua  voz  grossa  e  ameaçadora.  "Você  não  pode  andar  sozinha  pelo  jardim."

Martina  se  virou  para  o  guarda,  seu  sorriso  frouxo  e  malicioso.  "Eu  estava  apenas  admirando  as  flores",  ela  respondeu,  sua  voz  suave  e  seduzente.

"Você  não  pode  se  afastar  do  castelo",  disse  o  guarda,  sua  mão  se  movendo  em  direção  à  sua  espada.  "Romanov  não  gosta  que  sua  esposa  seja  desobediente."

Martina  se  encolheu,  fingindo  medo.  "Eu  não  queria  desobedecer",  disse  ela,  sua  voz  trêmula.  "Eu  só  queria  um  pouco  de  ar  fresco."

O  guarda  a  olhou  com  desconfiança.  Ele  sabia  que  Martina  era  perigosa.  Ele  tinha  ouvido  os  sons  que  vinham  do  escritório  de  Romanov  na  noite  anterior.  Ele  tinha  visto  o  medo  em  seus  olhos,  a  fúria  em  seu  corpo.

Mas  ele  não  sabia  o  que  ela  estava  planejando.  Ele  não  sabia  que  ela  estava  tentando  escapar.  Ele  não  sabia  que  ela  estava  procurando  uma  porta  escondida.

Ele  se  aproximou  dela,  sua  mão  forte  e  rude  em  seu  braço.  "Vamos",  disse  ele,  sua  voz  grave  e  ameaçadora.  "Romanov  quer  ver  você."

Martina  se   deixou  levar  pelo  guarda,  seu  coração  batendo  com  força  no  peito.  Ela  sabia  que  ele  não  a  deixaria  escapar.  Ela  sabia  que  Romanov  a  estava  esperando.

Ela  sabia  que  a  batalha  ainda  não  havia  acabado.

You Don't Own Me (Você não me possui)Onde histórias criam vida. Descubra agora