A aliança

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Martina  pegou  um  pedaço  de  papel  e  uma  caneta  que  havia  encontrado  na  cabana  e  começou  a  escrever.  Seu  plano  era  simples,  mas  arriscado. 

Martina precisava encontrar uma maneira de se comunicar com Erick, e convencê-lo de que ela não era uma ameaça, mas uma aliada. Ela precisava da força da família Michel para derrotar Edgar Romanov e vingar a morte de Dominic.

Ela sabia que Erick era um homem orgulhoso,  acostumado a comandar,  e não  facilmente  convencido.  Mas  ela  tinha  uma  carta na manga:  uma  rebelião  silenciosa  que  estava  crescendo  dentro  das  próprias  fileiras  da  família  Romanov.

Martina  escreveu  uma  mensagem  para  Erick,  explicando  sua  situação  e  propondo  uma  aliança.  Ela  sabia  que  ele  não  acreditaria  facilmente  em  suas  palavras,  então  incluiu  um  detalhe  crucial:  o  nome  de  um  traidor  dentro  da  família  Romanov  que  estava  pronto  para  ajudá-la.

Ela  tinha  conseguido  infiltrar  um  agente  da  família  italiana  no  castelo  dos  Romanov,  e  este  havia  conseguido  adquirir  informações  valiosas  sobre  os  planos  de  Edgar.  Este  agente  era  a  sua  chave  para  a  liberdade  e  para  a  vingança.

Martina  dobrou  o  papel  com  cuidado  e  o  guardou  em  seu  bolso.  Ela  sabia  que  tinha  que  encontrar  uma  maneira  de  entregar  a  mensagem  para  Erick.  Mas  como?

Ela  se  levantou  e  olhou  pela  janela  da  cabana.  A  floresta  era  densa  e  escura,  e  ela  não  sabia  para  onde  ir.  Ela  precisava  de  um  plano,  precisava  de  ajuda.

Ela  pensou  em  Dominic,  e  uma  lágrima  escorreu  pelo  seu  rosto.  Ele  sempre  a  protegia,  sempre  a  ajudava.  Ela  sentiu  sua  falta  de  maneira  insuportável.  Mas  ela  não  poderia  se  deixar  abater  pela  tristeza.  Ela  tinha  que  ser  forte,  tinha  que  continuar  lutando.

Ela  se  lembrou  de  uma  lenda  que  havia  ouvido  na  infância,  uma  lenda  sobre  uma  mulher  que  tinha  conseguido  escapar  das  garras  de  um  monstro  horrível.  Esta  mulher  havia  utilizado  a  sua  inteligência  e  a  sua  coragem  para  vencer  o  monstro.

Martina respirou fundo, limpando a lágrima que teimava em cair. Ela não podia se dar ao luxo de sucumbir à tristeza, precisava agir. A lenda da mulher corajosa lhe deu uma nova perspectiva. Ela precisava ser inteligente, astuta, e usar a sua própria força para vencer Romanov.

A lembrança da lenda a levou a um novo plano. Se ela não podia entregar a mensagem diretamente a Erick, talvez pudesse usar a própria família Michel como ponte. Ela precisava de alguém que tivesse acesso a Erick, alguém que estivesse disposto a ajudar.

No momento em que essa ideia se formou em sua mente, Martina lembrou de alguém. Pierre, o caçula da família Michel, sempre fora gentil e disposto a ajudar. Ela não o conhecia profundamente, mas sabia que ele era leal e valente, características que poderiam ser valiosas naquele momento.

Ela precisava encontrar uma forma de se comunicar com ele, de convencê-lo de que não era uma ameaça. Mas como? Ela não podia arriscar enviar uma carta, pois não sabia se Edgar Romanov tinha espiões em todos os cantos.

Então, Martina teve uma ideia. Pierre era conhecido por frequentar um pub na cidade, um local que costumava ser um ponto de encontro para a família Michel. Se ela pudesse chegar até lá, poderia tentar encontrá-lo.

Com essa ideia em mente, Martina saiu da cabana. A floresta era um labirinto de sombras e silêncios, mas ela se movia com cuidado, procurando um caminho que a levasse para a cidade.

You Don't Own Me (Você não me possui)Onde histórias criam vida. Descubra agora