CAPÍTULO DOIS

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tô postando os capítulos que eu já tenho guardados 💭💭

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O carro do Chapeleiro Maluco parou diante dos enormes portões dourados de entrada Auradon Prep. A viagem havia sido tranquila, mas agora, ao chegar à entrada, a atmosfera mudou completamente. Dois guardas estavam parados ali, de braços cruzados, olhando com desconfiança para o veículo excêntrico que carregava a princesa. Ela engoliu em seco, sentindo a estranheza no ar.

— É aqui que eu a deixo, minha querida — disse o Chapeleiro, tentando manter seu tom animado. — Parece que não sou muito bem-vindo por aqui...

Antes que Queenie pudesse responder, um dos guardas se aproximou e abriu a porta do carro. Ele fez uma leve reverência, mas sem qualquer calor em seus olhos.

— Nós cuidaremos das suas coisas, princesa White. O rei Ben está esperando por você na escola. Posso acompanhá-la até lá.

Queenie desceu do carro, tentando manter a compostura, mas o nervosismo era evidente em suas mãos, que tremiam levemente. Ao olhar para o Chapeleiro, percebeu que ele também notava a tensão no ar. O sorriso dele, normalmente brilhante e maluco, estava apagado.

— Então, é aqui que nos despedimos, pelo menos, por enquanto. — disse ele, com uma tentativa forçada de alegria. — O País das Maravilhas sempre estará em você.

Queenie forçou um sorriso e o abraçou rapidamente. A despedida parecia urgente, quase como se ela estivesse sendo empurrada para longe dele e do único pedaço de lar que tinha.

— Obrigada por tudo, padrinho. — sussurrou, sentindo o coração apertar.

Ele acenou com o chapéu exageradamente, mas os guardas já estavam retirando suas malas do porta-malas e gesticulando para que ela os acompanhasse. Queenie seguiu o guarda que a guiaria até a escola, sentindo os olhos de todos ao redor pesando sobre ela. O Chapeleiro entrou de volta no carro e, com um último olhar, acelerou, desaparecendo no horizonte.

Enquanto caminhava com os guardas, Queenie sentiu um frio na espinha. Eles não deixaram o Chapeleiro entrar. Ela sabia que isso tinha algo a ver com sua tia, a Rainha de Copas, que havia recusado qualquer aliança com Auradon no passado. O País das Maravilhas não era exatamente confiável aos olhos de muitos, e agora Queenie sentia isso mais do que nunca.

Cada passo que dava em direção à Auradon Prep parecia mais pesado que o anterior. O que ela estava fazendo ali? Será que realmente pertencia àquele lugar? E se eles descobrissem sobre sua maldição? E se algum dia ela tivesse uma crise, uma daquelas terríveis alucinações e ataques de loucura? E se vissem a insanidade que crescia dentro dela, como poderiam aceitar alguém como ela?

O medo apertava seu peito, mas Queenie ergueu o queixo e seguiu em frente. Ela não podia mostrar fraqueza. Não agora. Não na frente deles.

Queenie sentiu o coração acelerar quando o castelo da Auradon Prep apareceu diante dela. Seus olhos se arregalaram ao ver a multidão que a aguardava. Dezenas, talvez centenas de alunos, estavam alinhados dos dois lados da entrada, suas vozes ecoando em uma canção animada de boas-vindas que parecia ensaiada até demais.

Os sorrisos dos estudantes eram amplos, alguns um pouco forçados, outros genuínos. Bandeiras coloridas tremulavam ao vento, e tudo ao redor parecia vibrar com uma energia exagerada e quase surreal, como se estivesse em um espetáculo teatral cuidadosamente coreografado. Queenie não sabia se deveria se sentir encantada ou intimidada. Era como estar em um sonho — um sonho muito estranho e calculado, mas ainda assim um sonho.

𝗧𝗛𝗘 𝗪𝗛𝗜𝗧𝗘 𝗣𝗥𝗜𝗡𝗖𝗘𝗦𝗦,  harry hook.Onde histórias criam vida. Descubra agora