A cor ímpar do par que dança
Melancólica como o fado vadio
Desfolhada qual seda ao vento
Sobressai nos olhos da criança
Que nessa tenra idade se iludiu
Que nessa tenra idade ao vento
O negro ímpar do par que odeia
E se faz grande entre sua gente
Como tribo tatuada pela guerra
Abraça-se de medos na sua teia
Que sem dó consome indiferente
Que sem dó consome tanta terra
O homem par de ser simples ímpar
Desvanece seu corpo na fina neblina
E grita mudo e cala surdo seu mundo
E pede a ti que ensines o que é amar
A ti e aos teus olhos cor de menina
A ti e a esse teu olhar tão profundo
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OLHAR CEGO
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