(07) «Par ou Ímpar», de Alemtagus

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A cor ímpar do par que dança

Melancólica como o fado vadio

Desfolhada qual seda ao vento

Sobressai nos olhos da criança

Que nessa tenra idade se iludiu

Que nessa tenra idade ao vento


O negro ímpar do par que odeia

E se faz grande entre sua gente

Como tribo tatuada pela guerra

Abraça-se de medos na sua teia

Que sem dó consome indiferente

Que sem dó consome tanta terra


O homem par de ser simples ímpar

Desvanece seu corpo na fina neblina

E grita mudo e cala surdo seu mundo

E pede a ti que ensines o que é amar

A ti e aos teus olhos cor de menina

A ti e a esse teu olhar tão profundo

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