(09) «Psicodélico», de Keithrichards

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Explosão de cores vivas

Esvazie sua mente sã e apreensiva

O renuncio a todos os pensamentos

Deixados a navegar rio abaixo.


Miragem na parede, nada está lá

Distúrbio num plano curvo,

Contornos indefinidos no espelho turvo

Pedras atiradas ao lago distorcem o tom do reflexo

Nada é imutável do simples ao complexo.


Segue o vento além das colinas no fluxo das ilusões

Voo alto rasante, até o pico das sensações

Escapa o grito, expande o eco ressoante

Atingindo superfícies de faces pálidas, aflitas

Trazendo-lhes conforto saciante.


Salto em confusão corpo caindo

Na direção do mar vítreo

Sobre os reflexos do sol de aço

Tente suportar o calor desse abraço.


Liberdade completa do pensamento a ação

Valores não compreendidos, desconhecidos

Traçados em linhas de poemas líricos, desinibidos

Adornados nos contornos de um rosto angélico,

Ritmado ao gosto de um som psicodélico.

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