(14) «O amor nos olhos da tarde», de Abissal

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O amor nos olhos da tarde

Ia-se pondo

Naquele anoitecer,

Sem saber dos rios

Cegos da noite,


Que ficavam!


Seguiam-se as perícias

De um corpo,...

Inanimado

De quem ninguém sabe o nome.


Mas os golpes

Os golpes eram certeiros

E baixos

Como se as poeiras

Ao encobrirem o que

A tarde nos deixou

Pela nostalgia da paisagem.


Despertassem os meus olhos

Em bando

Por entre as lágrimas e o pó.

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