Capítulo 8 - Momo

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O dia começou cedo para o time 7 e Fuu. Após uma noite tranquila ao redor da fogueira, eles se despediram da família do construtor e dos aldeões. Com o cenário das folhas da primavera verdes e exuberantes, eles seguiram uma viagem agradável.

O silêncio predominava enquanto corriam entre as árvores, o som suave do vento passando por eles. Não havia ânimo para conversas, a manhã ainda estava fresca, e a jornada longa.

Eles pararam às margens de um rio para almoçar. As marmitas feitas por Tsunami estavam deliciosas, e a refeição trouxe consigo o retorno das vozes. Naruto e Fuu começaram a puxar conversa, provocando risos e comentários, envolvendo todos no grupo. O que quer que estivesse acontecendo entre Sasuke e Harumi parecia momentaneamente esquecido – ou, pelo menos, eles fingiam bem.

Ao cair da noite, decidiram não acampar, e seguiram viagem. Os Shinobis estavam acostumados com pouco sono, a ideia de continuar parecia natural para eles.

Quando o sol começou a nascer, pintando o céu com tons de laranja e azul, eles chegaram finalmente à aldeia. A cidade ainda dormia, exceto pelos shinobis já em seus postos, e pelos trabalhadores noturnos, que procuravam um lugar para tomar café da manhã antes de ir para casa descansar.

O esquadrão atravessou as ruas até chegar ao escritório do Hokage. A secretária os encarou com leve sorriso, e os permitiu entrar.

A grande mesa estava desordenada, papéis e pergaminhos espalhados de forma caótica. Minato, já estava ali, revendo missões. Ele levantou os olhos com um sorriso genuíno ao ver o time 7 entrar.

— Bem-vindos de volta — saudou com voz calorosa. — Esperava vocês somente daqui a dois dias. A missão correu bem?

Seu olhar encontrou Fuu, e sua expressão suavizou em reconhecimento. Fuu que estava nervosa, deu um passo atrás, meio escondida atrás de Naruto e Harumi, como se temesse não ser aceita na aldeia, mesmo com a garantia de Harumi que o Yondaime tinha estendido a oferta.

Kakashi avançou, assumindo uma postura profissional.

— Nenhum imprevisto dessa vez, — Ele entregou o pergaminho com o relatório detalhado do que encontraram no País da Onda. — O País das Ondas próspera, e Kiri está honrando o acordo. O País mostrou interesse em refazer o acordo quando os cinco anos terminar.

Minato ouviu atentamente, absorvendo cada palavra com seriedade. Quando Kakashi terminou, Harumi se adiantou para falar:

— Fuu deseja se unir a Konoha, Takigakure perdeu o direito ao tê-la quando a vendeu para a Akatsuki. Agora que a organização foi desmantelada, ela está livre.

O Hokage a observou em silêncio por alguns instantes. Takigakure, sendo um país pequeno e com uma força shinobi limitada, dificilmente seria uma ameaça.

Ele acenou.

— Fuu-san, você é bem-vinda em Konoha — declarou, com tom firme. — Contudo, há formalidades. Primeiro, você será submetida a uma análise e interrogatório e nosso mestre de Fuuinjutsu avalia que o seu selo é seguro. Precisará aprender sobre nossas regras. Uma avaliação de combate será feita, e o conselho decidirá sua integração à aldeia.

Fuu sorriu amplamente e assentiu.

— Entendido, Hokage-sama!

— Gostaria de poder oferecer uma vida civil, mas como Jinchuuriki, isso é praticamente impossível — ele continuou a explicar.

— Eu compreendo! — respondeu Fuu, sem hesitar. Seu sonho de ter amigos e uma casa ainda era vivo em seu coração. Sabia que nem todos a aceitariam facilmente, mas já podia contar com a amizade time 7 e aceitação do Hokage.

A garota do time 7 - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora